Céu e inferno estão dentro de nós , e todos os deuses estão dentro de nós.
Joseph Campbell
Não é preciso
Transcendentalidade
Para existir
Anjos e demônios.
Existem anjos e
Demônios
De carne e osso,
Com alma e
Sem alma.
E também
Muralhas medievais
Neste mundo-real.
Coisas de gaveta é um blog de textos de minha autoria.Tem de tudo um pouco:contos,crônicas,artigos acadêmicos,etc;principalmente poemas por ter escrito mais do que outros textos.Escrevo porque penso e logo reflito.Existo?Creio que sim.Há quem duvide,mas ter dúvidas é bom para a saúde intelectual.Certezas demais detona(ra)m o mundo.Vivo entre as fronteiras das ficções e das realidades e pensados sobre elas.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Epígrafe geral:
E quanto mais leio e vivo e medito, mais perplexo a vida, a leitura e a meditação me põem. Tudo é mistério.A vida é só mistério, tudo é e não é.Ou: ás vezes é, ás vezes não é.
Guimarães Rosa
Guimarães Rosa
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Conflito II
Como Iago
Sendo e não sendo
Bento Santiago
Ego de Otelo
É elo
Entre o seu real
E a sua neurose.
Que seu olhar
Nos guia
Sem volta.
Capitu é ou
Não é Desdemona?
É e não é ?
Cem anos
De mistério.
Hoje e sempre ?
11/11/02.
Sendo e não sendo
Bento Santiago
Ego de Otelo
É elo
Entre o seu real
E a sua neurose.
Que seu olhar
Nos guia
Sem volta.
Capitu é ou
Não é Desdemona?
É e não é ?
Cem anos
De mistério.
Hoje e sempre ?
11/11/02.
Enigma XV
Olhos de Minotauro:
Labirinto.
Segredos das
Perversidades
Que sacrifica
A inocência
De outros
Que não
Tem nada
Haver com
A história.
__/11/02.
07/11/02.
11/11/02.
Labirinto.
Segredos das
Perversidades
Que sacrifica
A inocência
De outros
Que não
Tem nada
Haver com
A história.
__/11/02.
07/11/02.
11/11/02.
Surreal IX
Sobrenatural
Benção ou
Maldição ?
Aquele que
Não tem
Olhos
Vê
Aquilo
Que os que
Tem olhos
Não sabem
Ver.
07/11/02.
11/11/02.
Benção ou
Maldição ?
Aquele que
Não tem
Olhos
Vê
Aquilo
Que os que
Tem olhos
Não sabem
Ver.
07/11/02.
11/11/02.
Enigma XVI
O olhar de Esfinge
Trans-finge ou
Restringe a dúvida ?
Mistérios
Do dito sem dizer.
Nem por isso
Diante do olhar
Ou por isso
Diante do olhar?
01/11/02.
11/11/02.
Trans-finge ou
Restringe a dúvida ?
Mistérios
Do dito sem dizer.
Nem por isso
Diante do olhar
Ou por isso
Diante do olhar?
01/11/02.
11/11/02.
Enigma XIII
A coruja
O mistério do dia
A sabedoria da noite
Em olhos
Que escondem
Segredos?
01/11/02.
O mistério do dia
A sabedoria da noite
Em olhos
Que escondem
Segredos?
01/11/02.
Complexo de inferioridade
Nos vermos
Com o olhos
Que os outros
Nos deram
Para nos
Ver.
E não sabemos
Mais nos ver
Com nossos
Próprios olhos.
Dizemos com
Os olhos-outros,
Olhos-de-fora,
O que (não) pensamos
De nos mesmos
Com desprezo.
Sem sabermos mais
Nos ver por nós
Mesmos
Construímos
Nossa identidade
Sem entendimento
Interno.
01/11/02.
04/11/02.
13/02/11.
Com o olhos
Que os outros
Nos deram
Para nos
Ver.
E não sabemos
Mais nos ver
Com nossos
Próprios olhos.
Dizemos com
Os olhos-outros,
Olhos-de-fora,
O que (não) pensamos
De nos mesmos
Com desprezo.
Sem sabermos mais
Nos ver por nós
Mesmos
Construímos
Nossa identidade
Sem entendimento
Interno.
01/11/02.
04/11/02.
13/02/11.
Surreal VIII
Vendo através
Dos olhos
Que desejam
Vingança
O cavaleiro
Sem cabeça
Age sem
Ver.
Se visse
Agiria
Também
Por gostar
Do que faz.
01/11/02.
Dos olhos
Que desejam
Vingança
O cavaleiro
Sem cabeça
Age sem
Ver.
Se visse
Agiria
Também
Por gostar
Do que faz.
01/11/02.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Suícidio II
Olhos de Ícaro
O mundo
Que cai.
A asas
Sem o condor:
Apenas sonho.
Desfolhadas
Penas como
Dentes-de-leão.
__/__/02.
11/11/02.
05/02/05.
O mundo
Que cai.
A asas
Sem o condor:
Apenas sonho.
Desfolhadas
Penas como
Dentes-de-leão.
__/__/02.
11/11/02.
05/02/05.
Suícidio *
Um mergulho
Nos olhos de
Narciso.
31/10/02.
*Poema classificado no concurso Talentos de Um Novo Tempo da Litteris Editora.
Nos olhos de
Narciso.
31/10/02.
*Poema classificado no concurso Talentos de Um Novo Tempo da Litteris Editora.
ponte XII
Eros viu
Psique
Mas não
Quis ser
Visto.
Ela amou
Entre trevas
Sem saber
A quem
Amava.
E na luz
Perdeu-o
Para depois
Reencontrá-lo.
01/11/02.
11/11/02.
Psique
Mas não
Quis ser
Visto.
Ela amou
Entre trevas
Sem saber
A quem
Amava.
E na luz
Perdeu-o
Para depois
Reencontrá-lo.
01/11/02.
11/11/02.
Na frente do tempo
Olhos que veem
Além do alcance
Do seu tempo
Sofrem
Com a cegueira
Dos outros que
Além de não saberem,
Não quererem saber
Zombam por se
Julgarem melhores
Quando na verdade
São piores
Perdidos em sua
Cegueira.
Além do alcance
Do seu tempo
Sofrem
Com a cegueira
Dos outros que
Além de não saberem,
Não quererem saber
Zombam por se
Julgarem melhores
Quando na verdade
São piores
Perdidos em sua
Cegueira.
Surreal VII
Olhos abrem-se
No céu vermelho.
Uma bailarina
Dança no alto
Da torre.
De repente
Nuvens
Negras e rosas
Surgem
Cavalgando.
Vozes de cristal
Unem-se aos olhos.
Um mergulho
No abismo.
No céu vermelho.
Uma bailarina
Dança no alto
Da torre.
De repente
Nuvens
Negras e rosas
Surgem
Cavalgando.
Vozes de cristal
Unem-se aos olhos.
Um mergulho
No abismo.
Mobilidade
Tem olheiros
Do grande irmão
Por aí.
Em busca
Dos novos personagens
Da "novela"
Da vida "real".
Do grande irmão
Por aí.
Em busca
Dos novos personagens
Da "novela"
Da vida "real".
Surreal V
Num tempo de trevas o olho começa a enxergar.
Roethke
Em nome da
Segurança:
Olhos eletrônicos
Nas lojas, casas, bancos ,ruas e
No céu.
Em nome do
Voyerismo e
Exibicionismo:
Olhos eletrônicos
Para bisbilhotar
Os anônimos e os famosos
Em caixas lacradas.
Em nome da lei:
Escutas eletrônicas
Para descobrir a
Superioridade
Bélico-militar
Dos bandidos.
Em nome da idiotização
Do povo:
Atenção dobrada e
Redobrada na vida
Dos artistas.
Roethke
Em nome da
Segurança:
Olhos eletrônicos
Nas lojas, casas, bancos ,ruas e
No céu.
Em nome do
Voyerismo e
Exibicionismo:
Olhos eletrônicos
Para bisbilhotar
Os anônimos e os famosos
Em caixas lacradas.
Em nome da lei:
Escutas eletrônicas
Para descobrir a
Superioridade
Bélico-militar
Dos bandidos.
Em nome da idiotização
Do povo:
Atenção dobrada e
Redobrada na vida
Dos artistas.
Sala de aula
Crianças matam
Outras crianças
Que não são
Inimigas,
Mas agem como
Fossem.
Vemos sem saber
O que dizer,
O que fazer
Para acabar.
O mito da bondade
Infantil
Arranhado.
O pacto civilizatório
Esfacelando,
Esfacelado.
Outras crianças
Que não são
Inimigas,
Mas agem como
Fossem.
Vemos sem saber
O que dizer,
O que fazer
Para acabar.
O mito da bondade
Infantil
Arranhado.
O pacto civilizatório
Esfacelando,
Esfacelado.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Musas ?
Mulheres
Sem carne e osso
Despertam
Paixões
Por serem
Belas não-reais.
O que está
Acontecendo:
Invasão virtual ,
Nova/velha
Febre da moda ?
Mulheres imagem.
Neo-musas.
Imagem.
Apenas imagens
Idealizadas.
10/10/02.
11/02/11.
Sem carne e osso
Despertam
Paixões
Por serem
Belas não-reais.
O que está
Acontecendo:
Invasão virtual ,
Nova/velha
Febre da moda ?
Mulheres imagem.
Neo-musas.
Imagem.
Apenas imagens
Idealizadas.
10/10/02.
11/02/11.
Bonecos(as) eletrônicos(as)
Os olhos do grande irmão
Mania nacional e
Internacional.
Closes em
Peitos e bundas.
O resto do corpo:
Mero enfeite.
Põe pimenta nas
Brigas e romances,
Descobre segredos e
Manias,
Lança modas e
Gírias.
10/10/02.
11/02/11.
Mania nacional e
Internacional.
Closes em
Peitos e bundas.
O resto do corpo:
Mero enfeite.
Põe pimenta nas
Brigas e romances,
Descobre segredos e
Manias,
Lança modas e
Gírias.
10/10/02.
11/02/11.
Fetiche II
Que tem na tv
Depois da
Mulher-cerveja
Ou cerveja-mulher ?
Apareceram
A mulher-desodorante,
A mulher-tinta,
A mulher- internet, etc.
Objetos de consumo
Masculino.
Mulheres objeto ou
Objeto mulheres ou
Menos que objeto?
Imagem-objeto?
Imagem de objeto?
08/10/02.
10/02/11.
11/02/11.
Depois da
Mulher-cerveja
Ou cerveja-mulher ?
Apareceram
A mulher-desodorante,
A mulher-tinta,
A mulher- internet, etc.
Objetos de consumo
Masculino.
Mulheres objeto ou
Objeto mulheres ou
Menos que objeto?
Imagem-objeto?
Imagem de objeto?
08/10/02.
10/02/11.
11/02/11.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Enigma XII
Seu olhar
De bela
Me revela
A fera.
Terna e
Terrível
Que se revela
No ritmo
Dos mares.
Transformar-se
Em anjo e
Em demônio
Conforme
Agem os outros.
04/10/02.
De bela
Me revela
A fera.
Terna e
Terrível
Que se revela
No ritmo
Dos mares.
Transformar-se
Em anjo e
Em demônio
Conforme
Agem os outros.
04/10/02.
Neo-behaviorismo
Olhos que olham
E não pensam
Sobre o que
Passou
Como está
Deixa ficar.
Nem além e
Nem aquém.
Apenas olham.
Não pensar:
Deixar que outros
Pensem por eles.
01/09/02.
E não pensam
Sobre o que
Passou
Como está
Deixa ficar.
Nem além e
Nem aquém.
Apenas olham.
Não pensar:
Deixar que outros
Pensem por eles.
01/09/02.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Fetiche
Na tv
A mulher
Vira cerveja.
Loura
Líquido
Engulível.
Sexo
Pra fazer
Com a garrafa ?
Cada gole é
Um orgasmo ?
Cada cerveja
É a mesma
Loira?
Serva serve-se
Cerveja.
A mulher é a cerveja
E a cerveja é a mulher.
Mulher-cerveja.
18/08/02.
A mulher
Vira cerveja.
Loura
Líquido
Engulível.
Sexo
Pra fazer
Com a garrafa ?
Cada gole é
Um orgasmo ?
Cada cerveja
É a mesma
Loira?
Serva serve-se
Cerveja.
A mulher é a cerveja
E a cerveja é a mulher.
Mulher-cerveja.
18/08/02.
Surreal VI
Se levanto os olhos do livro para olhar a vela, em vez de estudar ,sonho.
Gaston Bachelard
Seu olhar
Perdido no infinito.
E nisto
Nasce o desejo
De encontrar-se.
Onde está?
Perdido por
Perder-se?
Perdido pedindo
Ajuda?
Laça o meu olhar
E por um momento
São um olhar.
Mas seu olhar
Continua
Perdido...
Por quê ?
Gaston Bachelard
Seu olhar
Perdido no infinito.
E nisto
Nasce o desejo
De encontrar-se.
Onde está?
Perdido por
Perder-se?
Perdido pedindo
Ajuda?
Laça o meu olhar
E por um momento
São um olhar.
Mas seu olhar
Continua
Perdido...
Por quê ?
Visão dominante
(...)Como deviam brilhar de malícia os olhos dos bons selvagens quando contavam ao ingênuo missionário essa comédia sobre a origem floral do fogo!
Gaston Bachelard
Aquele que não vê
Tem visão
De alcance limitado.
E aquele que vê
Recusa ver além.
No duelo de visões
A não-visão
Vence aquele que
Vê pela força bruta.
Que busca compreender
A incompreenção.
Gaston Bachelard
Aquele que não vê
Tem visão
De alcance limitado.
E aquele que vê
Recusa ver além.
No duelo de visões
A não-visão
Vence aquele que
Vê pela força bruta.
Que busca compreender
A incompreenção.
Mani-pulação-queísta
Olhando o mundo
Lá fora de fora
Vendo cada vez
Mais fora
O que está dentro
Do eixo das visões:
Palavras (dis)torcidas
Torcendo o que
Foi denominado
Realidade.
Realidade?
Lá fora de fora
Vendo cada vez
Mais fora
O que está dentro
Do eixo das visões:
Palavras (dis)torcidas
Torcendo o que
Foi denominado
Realidade.
Realidade?
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Ponte XI
Os olhos
Me dizem
O que você
Não quer
Dizer com
A boca.
Os seus olhos
Dizem tudo.
Enquanto
A boca não
Quer dizer
Nada.
Entre o
Tudo e o nada
A certeza de algo.
E o algo
Uma dúvida?
30/07/02.
Me dizem
O que você
Não quer
Dizer com
A boca.
Os seus olhos
Dizem tudo.
Enquanto
A boca não
Quer dizer
Nada.
Entre o
Tudo e o nada
A certeza de algo.
E o algo
Uma dúvida?
30/07/02.
Sindrome Tanatos
O mundo visto
Via tv
De pernas para
O ar.
Todo mundo louco
Procurando o inimigo
"Invisível"
Que não foi encontrado.
A guerra quente
Dá o ar da sua (des)graça.
Resolveu-se que o
Mundo árabe
É o inimigo
Por causa de um homem.
Alguém tem que
Ser o bandido da
"História".
Qual história ?
A insegurança
É a única certeza.
Via tv
De pernas para
O ar.
Todo mundo louco
Procurando o inimigo
"Invisível"
Que não foi encontrado.
A guerra quente
Dá o ar da sua (des)graça.
Resolveu-se que o
Mundo árabe
É o inimigo
Por causa de um homem.
Alguém tem que
Ser o bandido da
"História".
Qual história ?
A insegurança
É a única certeza.
Cavaletes
Olha o Shumaker.
Olha a Ferrari.
Olha a trapaça.
Olha a sabotagem
Escancarada.
O carro do colega
Nem andou.
Em cima do cavalete.
Olha!
Era uma Ferrari
Ou um carro qualquer?
O esporte, se é esporte,
Tem muito que lamentar.
É só um jogo de cartas
Marcadas.
21/07/02.
30/12/09.
07/02/11.
Olha a Ferrari.
Olha a trapaça.
Olha a sabotagem
Escancarada.
O carro do colega
Nem andou.
Em cima do cavalete.
Olha!
Era uma Ferrari
Ou um carro qualquer?
O esporte, se é esporte,
Tem muito que lamentar.
É só um jogo de cartas
Marcadas.
21/07/02.
30/12/09.
07/02/11.
Consenso persuasão
Ver.
Ver-
dade.
Verdade.
Verdade!
Verdade?
Verdade
Dada.
Sem ver
Se é
Verdade.
Verdade é
Palavra
Perigosa.
19/07/02.
Ver-
dade.
Verdade.
Verdade!
Verdade?
Verdade
Dada.
Sem ver
Se é
Verdade.
Verdade é
Palavra
Perigosa.
19/07/02.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Viu na tv ?
A menina nasceu
Com câncer no
Olho
E depois apareceu
No outro olho.
CPMF cobrada
Religiosamente
De cada cidadão:
Para melhorar
A saúde pública,
Mas não cobre
Esse tipo de
Tratamento.
Qual é a desculpa ?
Por qual ralo
Desceu o dinheiro ?
18/07/02.
Com câncer no
Olho
E depois apareceu
No outro olho.
CPMF cobrada
Religiosamente
De cada cidadão:
Para melhorar
A saúde pública,
Mas não cobre
Esse tipo de
Tratamento.
Qual é a desculpa ?
Por qual ralo
Desceu o dinheiro ?
18/07/02.
Luz/Sombra
No duelo
O que via
Não queria
Enxergar.
O outro
Cego
Não via,
Mas enxergava:
A verdade.
Uma porta
Para a destruição
Em vez da salvação.
Falar não adiantou
Aquele que via
Não ouviu
O aviso daquele
Que não via e
Sabia
O segredo que
A verdade trazia.
O que via
Não queria
Enxergar.
O outro
Cego
Não via,
Mas enxergava:
A verdade.
Uma porta
Para a destruição
Em vez da salvação.
Falar não adiantou
Aquele que via
Não ouviu
O aviso daquele
Que não via e
Sabia
O segredo que
A verdade trazia.
Além do abismo
Num mundo
Sem olhos
Existe vida.
Nas profundezas
Das trevas
Marinhas
Seres vivos
Entre o calor
Das torres.
Seres sem céu
Que veem
Sem luz.
E mesmo
Sem luz
Iluminam.
15/07/02.
06/02/11.
Sem olhos
Existe vida.
Nas profundezas
Das trevas
Marinhas
Seres vivos
Entre o calor
Das torres.
Seres sem céu
Que veem
Sem luz.
E mesmo
Sem luz
Iluminam.
15/07/02.
06/02/11.
Ponte X
Nos olhos de quem
Chega
A alegria do retorno,
Da novidade
E por um momento
O cheiro da realização.
13/07/02.
Chega
A alegria do retorno,
Da novidade
E por um momento
O cheiro da realização.
13/07/02.
Esperança ?
Vejo
O verde
Verso
Brotando
De repente.
Que cresce
Na folha
E cresce
A cada
Momento.
Cresce
Verde.
12/07/02.
O verde
Verso
Brotando
De repente.
Que cresce
Na folha
E cresce
A cada
Momento.
Cresce
Verde.
12/07/02.
Surreal IV
De olhos fechados
Ver outro mundo
E outros mundos
Em constante
Mudança.
Mutantes.
Mudos ?
10/07/02.
Ver outro mundo
E outros mundos
Em constante
Mudança.
Mutantes.
Mudos ?
10/07/02.
Surreal III
No olho d'água
Uma lágrima
Um espelho
Uma confissão.
No olho d'água
Um sentimento
Um reflexo
Uma descoberta.
No olho
A água que
Não pára,
Jorra.
Uma lágrima
Um espelho
Uma confissão.
No olho d'água
Um sentimento
Um reflexo
Uma descoberta.
No olho
A água que
Não pára,
Jorra.
Ponte IX
Um olho
A lua brilha:
Arco-íris.
Quando cheia:
Prata.
Sombras
(I)luminadas.
O tudo e o além.
04/07/02.
A lua brilha:
Arco-íris.
Quando cheia:
Prata.
Sombras
(I)luminadas.
O tudo e o além.
04/07/02.
Realização I
Os olhos-vitória
São os sorridentes
Olhos de criança:
Sem limites
Para alegria.
01/07/02.
São os sorridentes
Olhos de criança:
Sem limites
Para alegria.
01/07/02.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Meia-noite
Ela me olha
Com olhar
De vampira
Louca por
Sangue.
Me pergunto
Se estou delirando ou
Se vi realmente.
29/06/02.
Com olhar
De vampira
Louca por
Sangue.
Me pergunto
Se estou delirando ou
Se vi realmente.
29/06/02.
O(a) seduzido(a)
O inocente-olhar
Não vê
O perigo
Diante de si
Mesmo perto,
Pois não sabe
Ler os sinais.
Quer ser enganado(a)
Se deixa levar.
Não adianta
Avisar.
Não vê
O perigo
Diante de si
Mesmo perto,
Pois não sabe
Ler os sinais.
Quer ser enganado(a)
Se deixa levar.
Não adianta
Avisar.
O sedutor
Olhos de um
Sádico
Tem o brilho
Vitreo
De uma alegria
Morbida,
De uma serpente
Que quer encantar
Para depois engolir.
Num silêncio
De dizer
Não diz o que
Realmente
Queria.
Deixa para
O momento que a presa
Não pode mais
Fugir.
Sádico
Tem o brilho
Vitreo
De uma alegria
Morbida,
De uma serpente
Que quer encantar
Para depois engolir.
Num silêncio
De dizer
Não diz o que
Realmente
Queria.
Deixa para
O momento que a presa
Não pode mais
Fugir.
Ponte VIII
Existem outros
Modos de ver
Para quem
Não enxerga.
É preciso
Buscar outra
Alternativa.
E
Há quem tem
Olhos e não
Enxerga
Porque não
Quer ver
O que diante
Dos seus olhos
Está.
26/06/02.
27/06/02.
__/10/02.
Modos de ver
Para quem
Não enxerga.
É preciso
Buscar outra
Alternativa.
E
Há quem tem
Olhos e não
Enxerga
Porque não
Quer ver
O que diante
Dos seus olhos
Está.
26/06/02.
27/06/02.
__/10/02.
Inconsequência
Ver
Verde
Verdor
Virar cinzas,
Dor e vazio.
Sem vida
E sem rima.
Línguas de fogo
Devoram.
E depois cinzas.
Verde
Verdor
Virar cinzas,
Dor e vazio.
Sem vida
E sem rima.
Línguas de fogo
Devoram.
E depois cinzas.
Ponto
O olhar do crítico
É aquele que
Tanto destroe
Como constroe
Um conceito.
Depende do seu
Julgamento.
É aquele que
Tanto destroe
Como constroe
Um conceito.
Depende do seu
Julgamento.
Espíritos
O duelo entre
O toureiro e
O touro
Começa com o
Olhar.
Depois o combate
Na arena.
26/06/02.
O toureiro e
O touro
Começa com o
Olhar.
Depois o combate
Na arena.
26/06/02.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Observados
Os olhos do novo
Grande irmão
Veem tudo
Em todos os
Ângulos.
Privacidade é
Coisa do passado?
Nada é segredo.
E o segredo é
Quem é o grande
Irmão, agora?
Tão longe e tão perto
Não é controlado
Pelo olhar ?
Grande irmão
Veem tudo
Em todos os
Ângulos.
Privacidade é
Coisa do passado?
Nada é segredo.
E o segredo é
Quem é o grande
Irmão, agora?
Tão longe e tão perto
Não é controlado
Pelo olhar ?
Enigma X
A vida é uma criação da mente.
Buda
O criador
Apaixonado
Por sua
Criatura.
Olha com amor
De pai
Pelo filho.
E mais do que
Isso.
Olha como
O amante
Que corteja
Sua amada.
Olha e
Deseja que sempre
Esteja diante
Dos seus olhos.
Buda
O criador
Apaixonado
Por sua
Criatura.
Olha com amor
De pai
Pelo filho.
E mais do que
Isso.
Olha como
O amante
Que corteja
Sua amada.
Olha e
Deseja que sempre
Esteja diante
Dos seus olhos.
Mensageiro
Corvo.
O olhar da morte
Na noite
Sem estrelas
Carrega
Tristes trevas
Dos que buscam
A vingança.
O olhar da morte
Na noite
Sem estrelas
Carrega
Tristes trevas
Dos que buscam
A vingança.
Enigma IX
Sim , a vela e o gato olhavam o poeta com o olhar cheio de fogo.
Gaston Bachelard
Ás vezes
O olhar
Tenta dizer
O que as
Palavras
Não podem dizer.
Em alguns
Momentos
Consegue e
Noutros não.
Cada momento
É um mo-men-to.
Gaston Bachelard
Ás vezes
O olhar
Tenta dizer
O que as
Palavras
Não podem dizer.
Em alguns
Momentos
Consegue e
Noutros não.
Cada momento
É um mo-men-to.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Conflito
O seu olhar-
Desespero
Reflete a
Situação
De não
Poder tocar
Nem mesmo
Com os olhos
Seu amado.
A barreira
Construída é
Muito forte.
Solidificada
Pelo preconceito
Dos que o amam
De outro modo
E não compreendem
O seu modo.
Seu amado
Como você
Não sabe
O que fazer.
Além de
Morrer sufocado.
Desespero
Reflete a
Situação
De não
Poder tocar
Nem mesmo
Com os olhos
Seu amado.
A barreira
Construída é
Muito forte.
Solidificada
Pelo preconceito
Dos que o amam
De outro modo
E não compreendem
O seu modo.
Seu amado
Como você
Não sabe
O que fazer.
Além de
Morrer sufocado.
Alma amiga
Quando seus
Olhas alegram-se
Me alegro.
Por um momento
Somos eternamente
Felizes.
E quando chora
Choro com sua
Tristeza.
Olhas alegram-se
Me alegro.
Por um momento
Somos eternamente
Felizes.
E quando chora
Choro com sua
Tristeza.
Enigma VIII
Nos seus olhos
Verdes
O pântano
De tanto
Mistério.
Seus olhos
Veem além ?
Ou os meus
Apenas
Veem?
Verdes
O pântano
De tanto
Mistério.
Seus olhos
Veem além ?
Ou os meus
Apenas
Veem?
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Incertezas
Busco no
Olhar de outro
Um pouco
De paz, alegria
E amor.
Nada de jogo
Ou armadilha.
Busco que de
Tão simples
Virou complicado
De achar.
Pouco há.
O que encontrar?
Olhar de outro
Um pouco
De paz, alegria
E amor.
Nada de jogo
Ou armadilha.
Busco que de
Tão simples
Virou complicado
De achar.
Pouco há.
O que encontrar?
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Enigma VI
A mentira quando inspira verdade vira.
Roberto de Castro
Não há um
Olhar de esperança
No meio da
Multidão.
Todos perderam
O brilho
Subitamente.
Roberto de Castro
Não há um
Olhar de esperança
No meio da
Multidão.
Todos perderam
O brilho
Subitamente.
A grande surpresa
Seu olhar
De desprezo
Me gelou
Pois pensei
Que fosse
Amigo
Mas não era.
E me olha
Como se eu fosse
O estorvo
Sendo que
Você revelou-se
Estorvo
Para mim.
De desprezo
Me gelou
Pois pensei
Que fosse
Amigo
Mas não era.
E me olha
Como se eu fosse
O estorvo
Sendo que
Você revelou-se
Estorvo
Para mim.
Olhares-censores
Os outros são
O inferno
Quando não
Te deixam
Em paz.
E acham que
O certo
É incomodar
Pondo limites
Onde não
Deveriam ter.
O inferno
Quando não
Te deixam
Em paz.
E acham que
O certo
É incomodar
Pondo limites
Onde não
Deveriam ter.
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