Por
outro lado,a pesquisa constatou que os alunos
leem!Talvez não aquilo que seus professores gostariam,mas o que lhes interessa: livros de
aventura,cheios de ação,que dão
origem a seriados, filmes e videogames e livros românticos, que as meninas devoraam rapidamente.Essa “literatura
de entretenimento” fica fora da
sala de aula, sem
direito a discussão ou reflexão.
Gabriela Rodelha(A literatura não tem de
partir dos clássicos:
revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/07/literatura/não-tem-de-partir-dos-classicos.html)
Com relação ao tema posso falar ou escrever
com um pingo de experiência pessoal do meu tempo de
universitária, que não é
muito tempo assim,mas que já passou
e vendo de fora
parece que pouco mudou.
O
direcionamento ideologico da maioria dos
professores universitários era
ou ainda é de
tempos da Guerra Fria, ódio
e/ou desprezo a tudo que é
taxado como coisa
de burguês ou objeto para
alienação.E estes preconceitos
ideologicos que não estão totalmente ultrapassados mesclados mesclados ao que foi consagrado como “alta literatura”, como só
o que realmente digno de ser lido
são os clássicos e nunca
os best-sellers.E o conceito de
valor dos clássicos
como conflito de gerações que
despreza o interesse dos
públicos leitores jovens.
Unido a
tudo isso ainda há o
adultocentrismo o qual vê as coisas dos
jovens como algo
fora do seu mundo, da sua compreenção e
sem valor,mas joga com o
conceito “eu sei o que é
melhor para você” que transforma o
exercício da leitura de clássicos em
tortura em vez de prazer.
Os
avanços científicos e a
racionalidade não mataram a fome
dos seres humanos
por fantasia,aventura,
romance,etc.Algumas histórias podem ser
fuga da realidade,mas não todas.Porém através da aparente fuga da realidadde valores podem ser transmitidos
e assimilados como comprovou uma pesquisa sobre a leitura
de Harry Potter deixar os leitores
mais tolerantes com relação as minorias
e o caso de ter ajudado a
garota Cassidy Stay a superar
o trauma da sua
trajedia pessoal.
Jovens
gostam de ler,mas leituras adequadas a suas idades e aos seus
gostos, fatores ainda desprezados pelo ensino formal.Muitos clássicos tradicionalistas são melhor lidos
e apressiados quando os leitores são ou forem
adultos.E mesmo os adultos tem
fome de fantasias,
magia,aventuras,etc.Algumas editoras
perceberam isso e tem selos
especificos para os
públicos especificos.Se esta fome
não estivess presente e latente
nos adultos,os livros de
Paulo Coelho jamais teriam
se tornado sucesso de público, outro exemplo são
os vampiros de André Vianco,idem.
As
camadas de valores estabelecidos
como os grandes valores para a escrita despezam aquilo que não compreende e nem
quer compreender: fenomênos de
natureza humana e desejos
humanos, por mera questão de programação da tradição.
Críticas há determinados tipo de obra sem
um estudo apurado são opiniões,ás vezes
preconceituosas, com capa
de autoridade do gosto
pessoal camuflado direcionando a
apreciação de determinado tipo de
literatura em detrimento de outros tipos
de literatura.
A “ literatura de entretenimento” intuitivamente, ou não, segue a
máxima de Miguel de
Cervantes sobre divertir e ensinar. Como os autores
juvenis estão vivos e publicando
suas obras admiradas por seus
públicos vão receber mais
críticas do que elogios,mas pesquisas como a que
foi feita recentimente
com Harry Potter mostra que
a obra tem mais valor
do que se poderia
imaginar.
08/08/14.
09/08/14.
30/08/14.