A
culpa é do povo? Pode
ser,mas que é povo? Em análise política
não se trabalha com o
ator genético _a categoria
povo expressa diversos segmentos sociais.Veja, setores da sociedade civil, de origem popular, foram responsáveis pela Lei da Ficha
Limpa que resultaria em mudanças, todavia políticos com
apoio de juízes tornaram-na
inócua! Isso pode ser um exemplo de como
os aparelhos de Estado no Brasil foram moldados para
atender a interesses particulares,com elementos infiltrados na
burocracia, em acessórias, em governos, no Poder Legislativo e mesmo no
Judiciário .A “lei do terço”, que não tem nada de religiosidade, é mais obedecida em contratos e licitações do
que outros regulamentos.E pelos ralos da República escoam riquezas nacionais e recursos públicos!
Itami Campos,O Popular: pg 9,4/12/11.
Não há
qualquer conexão entre duas
coisas.Ricos não são necessariamente sábios, tampouco pobres são obrigatoriamente
tolos.Os pobres podem estar na base da
pirâmide econômica.Podem estar no topo da pirâmide ética, de valores, assim como do conhecimento e das
inovações.
Anil Gupta
Diante de
qualquer crise “moral” ,energética ,econômica, de corrupção
,etc a primeira coisa que os
governantes da ocasião fazem
é culpar a oposição(mesmo que fictícia) e/ou o povo.Nunca a própria
atuação, a culpa é sempre de um
outro ou dos outros.Ironicamente
tudo em termos de política e manutenção de poder ou
privilégios é (ou era)feito
inventando mecanismos para afastar o povo das grandes
decisões políticas, como as próprias
definições de povo: a plebe, a massa, os oprimidos, os cidadãos comuns, as minorias, o gado( sentido de metáfora
social político-econômica ),
a manada(idem), etc.O mundo “do de cima que
olha para baixo” . O povo também é
visto como uma abstração ou
incógnita por quem se considera
superior por qualquer motivo
como por exemplo partidário ,intelectual e/ou financeiro; no melhor
estilo Odete Roitman, personagem da novela
Vale Tudo.
Ao longo da História
do Brasil as decisões políticas sempre foram feitas em gabinetes fechados assim
como as constituições. A
única exceção é a
Constituição de 1988 na qual
realmente teve participação popular na
elaboração das leis,por isso ela é também conhecida como
constituição cidadã.
As leis são lindas em sua maioria,mas o fato de estarem escritas no papel não quer dizer que
serão cumpridas se não houver
interesse político e/ou pressão
popular.Um entre os problemas políticos
no Brasil é que tem lei que
sai do papel e as que ficam só
no papel.Leis que beneficiam a
população nem sempre são acompanhadas de
infraestrutura e verbas para que
sejam cumpridas efetivamente.
O povo não tinha vez ou voz,pois o mundo
antes da popularização da
internet era dividido entre
comandantes e comandados que obedecem ou são forçados a
obedecer.Em muitas partes do mundo
ainda é assim.A lei do mais
forte.Mas com os avanços da
comunicação isso mudou um pouco
em termos de participação popular, mobilização por causas globais.O que
diminui um pouco o sentimento de impotência
diante do caos político.O povo tem voz via
internet.
Através das redes sociais movimentos pró
ou contra alguma causa podem surgir espontaneamente para
o bem ou para o mal.Nem tudo são rosas,tem os
espinhos.Abaixo-assinados podem pipocar
criando regras novas para um “mundo
novo”, para protestar, derrubar leis abusivas, mostrar insatisfação,etc.Culpar o povo
sempre foi fácil ,fugir da causa-raiz
dos problemas é sempre
fácil,mas no agora aguentar a opinião das diferentes
vozes dentro do povo, o povo
mobilizado virtualmente é outra história.O
povo indo para as ruas protestar é uma nova
história.
Infelizmente tem os
vândalos e bagunceiros,etc, e
é inevitável não
surgirem em determinados tipos
de manifestações.
O que vai acontecer ? Se valeu apena ou
não?Só os historiadores do futuro definirão.
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