sábado, 31 de dezembro de 2011

Gaiola sem grades

Não me surpreendo mais
Com mulheres que
Cavam a própria cova
Investindo em sonhos
Que viraram pesadelo.
A eterna espera
Do príncipe  encantado
Que nunca vem.
A própria morte
Anunciada para quem
Não quer ver.
Por  sua vez o Governo
Faz corpo mole diante
Do extermínio de mulheres.
Acuadas por todos os lados
As poucas que tem forças
Para fugir enfrentam
O descaso das autoridades,
O descrédito da comunidade,
A violência velada da coletividade,
 Falta de apoio moral e falta de tudo.
Num mundo,este mundo
Onde as aparências
Valem mais do que
Tudo.
Os carrascos e assassinos
Só precisam fazer cara
De santo ofendido em
Sua pseudo-honra até o
Momento de consumar
O crime. E depois.
Todos só acreditam
No fato de fato
Depois que o crime
Acontece e é comprovado.
                                             21/08/05.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Peça de quebra-cabeças VIII

A atualidade é socialmente
Mundos de guetos,
Até dentro das escolas,
Muros das vergonhas dos
Sem vergonha na cara,
Alienações até de si
Mesmo(a) perante
Si mesmo(a).
Tudo dividido
Separado militarmente
Planejado
Enquanto o Mundo
Planeta Terra
Acaba aos pouquinhos
Sem espetáculos
Pirotécnicos  ou
Explosões faraônicas.
E depois para livrar
A consciência de
Qualquer culpa
Culpa-se apenas a violência
Da tv, na tv que
Não é o fim
Mas um meio
Entre  tantos
Outros jogos de
Sistemas de guerra.
Violentados todos os dias
Por ideologias nada ideais.
Pessoas desavisadas
Pensam que violência
Que é violência
É apenas a física.
Esquecem que a psíquica
É violência  que deixa
Marcas na alma,
Talvez, para sempre.
E há quem sabe disso
É usa para destruir
Futuros alheios porque
A ideia de ser superado(a) é
Extremamente torturante
Para quem se coloca
No alto do pedestal.
Destruir potenciais e
Qualquer mudança
Para melhor
Por menor que seja: é
A regra.
                                     19/08/05.



quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Peça de quebra-cabeça VII

Na prática a teoria
É  outra, pois o abismo
Entre teoria e prática
Não foi transposta.
Entre o falar e o fazer
Outras qualidades de
Abismos.
Oralmente modernos(as)
Atualmente antiguados(as)
Os casos entre casais e
Ninguém encontra
Satisfação,poias as ditaduras
Vem de todos os lados:
Como a ditadura do prazer.
As pressões  de cada
Ditadura levam ao
Cansaço mental
Quando não alcança
A loucura.
E se alcança a loucura
Passa ao extremo
Da falta de limites.
O abrigo  para não
Enfrentar  o presente
Como está diante dos
Olhos e dos olhos dos outros
É dizer "como as coisas
Eram boas antigamente"
Ou "no meu tempo
Não era ou era assim".
Outro abismo
Tempo e espaço
Separados para evitar
O confronto,
De  encarar de frente
O presente do hoje
Como ele é com todos
Os conflitos, contrastes,
Abismos e tudo mais:
Evitar a dialética e o dialógo
Para evitar até a si mesmo(a).
Tentando evitar sofrer,
Porém sofrendo o remoimento
Dos movimentos interiores.
                                               18/08/05.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Estrangeiros(as) de si mesmos(as)

Alienação de tantas coisas!
De si  mesmo(a) como ser
Humano(a),
Do parceiro(a) com a
Pessoa que diz amar,
Do senso de coletividade,
Do(a) outro(a) como (ini)amigo(a)
Desconhecendo sempre
O (a) verdadeiro(a) inimigo(a),
Da ecologia  até do quintal,
Do senso político que a
Ditadura tentou assassinar
Assassinando pessoas:
Adormecido elo de conexões
Que ás vezes desperta e dorme,
Entre outros.
Cada vez mais estranhos(as)
Num mundo estranho
Cada vez mais estrangeiros(as)
Na própria terra e Terra.
Dentro de si. Dentro da mente.
                                                    05/08/05.
                                                    20/08/05.  

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Objetos moldados II

Sob o signo da
Burca ao avesso
Burca in-visível
Que não esconde o corpo.
Mostra os corpos,
Mas só um tipo de
Corpo é valido, valorizado,
Respeitado, desejado, etc.
A sutileza da prisão
Que conclama-se
Liberdade: campo de concentração
Dentro das mentes.
Liberdade que também
Virou palavra esvaziada
Ou desvirtuada de
Sentido ou significado.
Liberdade igual a prisão
Dominação, humilhação, etc.
Hitler está vivo e manda
Notícias  na sutileza
Do cotidiano programado :
Dietas que levarão a morte.
                                            18/07/05.
                                            20/08/05.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Artimanhas públicas

Publicidade adapta-se
Adaptada
Pelo senso in-comum
Que  dita as regras
E rega os rumos
Do jogo desigual:
Vira senso comum.
Reduções da rede
Visual: cultura para a massa.
Imagens de um imaginário
Que vira imaginário popular
Mas que não era nada popular.
Do pouco que mudou
Adaptações estéticas :
Valorização da beleza artificial,
Fazem o show
Da capa em espada.
A burca ao avesso
Implantada
Dentro da mente
Mulher enquanto corpo
E só um tipo de corpo:
Jovem. belo e magro-
Anorexico, bulimico
Exibido como forma
De liberdade, sucesso, poder.
Liberdade que é prisão
Aprisiona sem paredes:
Leva(ndo) aos abatedouros,
Quando não apenas adoece
As divas e as mortais.
                                    15/08/05.
                                    17/08/05.
                                    23/08/05.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Outras cenas cotidianas

O pai e a mãe ensinam
Com "naturalidade"
Que  homem não chora.
O menino ouve e aprende
Que é feio chorar.
Não é feio arrancar sangue
De quem brigar com ele ou o
Destratar. O assédio moral constante.
Nos perdemos entre
Monstros de nossa
Própria criação.
Homem que não chora
Reverte em agressividade.
Coração espetado com
Mil agulhas
E mente afiada por
Mil  espadas.
Não há espaço para
Reflexão. Auto-conhecimento.
Só para a ação.
Depois só a violência
Na midia
É  a culpada por tudo
De ruim quando
"Loucuras" são cometidas
Pelos homens violentos.
Diante do "choque"
Ocorre um esquecimento
Coletivo do conselho
Desaconselhável  que a
Mãe e/ou pai dava ao filho
De que homem que é
Homem lava sua
Honra com sangue.
Ainda dá com  sutilezas
Quando o mundo além
Dele também dá de muitos
Outros modos:
Traição feminina é crime.
Traição masculina é marca
De virilidade no consciente
Coletivo.
Coletivo que não aceita
Questionamento:
A maior violência que
Os desenhos japoneses cometem
Contra este estado de comportamento
É mostrar os heróis e/ou vilões
Chorando por vários motivos.
Os fortes choram e uma parcela
Do público não aceita.
Não diz por que sente-se ofendido.
                                                         17/08/05.
                                                         18/08/05.
                                                         20/08/05.
                                                         23/08/05.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Casca em decomposição

O amor?
O que virou o amor?
A mais bela
Palavra esvaziada
De sentido, de sentimento,
De tantas outras coisas.
Vazios preenchidos
Com sexo.Sexo pelo sexo.
Preencher... Vazio...
Rechear para não enlouquecer
De uma vez.
É permitido enlouquecer
Aos pouquinhos
Enquanto finje de normal.
Normal nada normal.
De perto ninguém
É normal.
Normal?
O que é ser normal ?
Normalidade é o caos
Das inversões
Nos mundos
Cada vez mais insanos.
Ou sempre foi insano
E a gente
Que não percebia.
Sem comunicação presencial
No mundo da
Comunicação global.
Calamidades no silêncio
Da alcova
AIDS galopando pelo
Mundo físico como o
Cavaleiro do Apocalipse.
Falta de lealdade ou ilusão de ...
Com a parceira  e a
Busca constante  de mais
Parceiras parciais com falta
De cuidado ou qualquer
Outra coisa
Transformaram Eros
Na amalgama de Thanatos.
Com Thanatos é Eros.
Armadilha do pensamento
Mágico: só acontece com
Os outros, nunca comigo.
                                        20/08/05.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Peça de quebra-cabeça IV

Crime passional:
Lorota de um jogo
Avesso e "direito"
Se misturado a
Pleno coquetel molotov.
O criminoso com
Direitos demais
E a vítima com
Poucos direitos
Fica sem direito
Sobre a própria vida.
Matar é a solução final
Para quem odeia o outro
Como inimigo mais do
Que mortal.
Quem ama cuida
E quer ver o outro
Aliado a vida,
Feliz mesmo entre
Altos e baixos que
Os desafios oferecem.
O passional vê parcial.
Parcialmente fala,
Parcialmente pensa.
O outro é um outro eu
Que não está colado.
Parcialmente percebe
Outras vozes,
Pois só ouve o que lhe
Interessa.
Crime é crime.
Passional é parte
Do grande egoísmo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Capas de casca

Na França
Marie Trintignant
Foi  morta pelo namorado
Bertrand Cantat.
Violência doméstica
Não é patrimônio
De um país, religião ou tecnocracia
É praga que ocorre
Em todos os países.
Em países pouco desenvolvidos
Ou em desenvolvimento
Econômico
É considerado coisa
Corriqueira.Sem importância.
Em países desenvolvidos
Choque, espanto, perplexidade
Pois se são evoluídos, ou se dizem,
Não deveria acontecer tal fato.
No país berço do Iluminismo
Mais absurda fica a situação
Pois não deveria, mas
Acontece.
Nos pequenos detalhes
Escondem-se gra(n)des
Ideológicas.
Cada ideológia tem
A sua modalidade
De violências.
                                             13/08/05.
                                             15/08/05.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Objetos modelados

A burca ao avesso:
Exposição exagerada e/ou
Desnecessária do corpo
Feminino
Para tudo em forma
De comércio:
Vender cerveja, tinta, balinha,
Regimes, estilo de vida, etc.
A burca que tem três pés:
Beleza, magreza e eterna
Juventude.
As fora do padrão
São cartas
Fora do baralho,
Só aceitas como consumidoras
E apenas como consumidoras
Das ilusões
Não feitas por elas.
Mas aceitas sem questionar.
A burca ao avesso
É um dever dado
Pelos homens  e mulheres presos
Ao espírito de corpo
Do corporativismo
Construído
E controlado(r).

Artimanhas do discusso político

Aparência tem mais
De um uso político,
Além do fetiche, além da
Discriminação.
Depois do 11 de setembro
Aparência também virou
Tema de comparação para
Dizer que machismo é
Coisa só de mulçumano
E a roupa(burca) é forma de opressão.
Mesmo nos E.U.A.  existe
Machismo, mas as atuações e
Nuances são outras:
Variando de acordo com
Cada cultura.
Olhar os erros dos outros
É fácil, mas no  próprio
Quintal nem é percebido:
 A falta de  roupa
Também é opressão.
                                            20/08/05.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Outro fio de esperança

"Amazonas modernas"
Não odeiam todos os homens,
Só alguns que merecem o ódio,
Aceitam a parceria com homens
E são aceitas por eles.
Cada caso é um caso.
Cada ficção é uma ficção.
E o real ...re-inventa...
O tempo é o agora.
Passado é passado
E passou.
O futuro ainda
Não chegou.
E o presente
Inventa!
E tenta fazer diferente:
Melhor,mas há quem
Prefere o pior.
Tentar  fazer melhor.
Tentar  escapar da
Prisão sem muros
Para seguir em frente
Mesmo no caminho
Da aspiral.
                                   20/08/05.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Egos masculinos atingidos

       Não é pela falta de capacidade que não se filosofa, mas pelo medo da descoberta de um mundo que, talvez, não seja aquele com que estamos acostumados e no qual  já nos acomodamos.
                                                              Gonçalo Armijos Palácios 


O herói da triologia Matrix
Foi "pisoteado" pelos críticos
De cinema:
Um  sentimento coletivo
De  ameaça no ar,
Até o interprete  não escapou
Porque não se enquadrou
No perfil de macho durão que
Resolve tudo sozinho.
Herói-humano-divino que sente
A angústia de ser o
Predestinado que não sabe
Ao certo se tem forças
Necessárias para destruir
Seu gigantesco oponente e
Preocupa-se com a coletividade.
Ele salva e é salvo por
Trinity.Amor suaviza e fortalece,
Transforma e equilibra.
O par que se complementa.
Como isto irrita os machões.
                                             __/__/__.
                                             21/08/05.                          

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sutileza nada sutil

As personagens de Matrix:
Trinity, Niobe e Persefone
Foram "elogiadas"  apenas
E enquanto
Corpo de suas interpretes
Por muitos comentaristas
Da imprensa
Embora  não estivessem
Na história só para enfeitar.
Um espírito de corpo
Que só vê o corpo e
Não aceita personagens
Femininas fortes e atuantes.
Uma irritação que quer
Diminuir a importância
Das personagens por
Serem mulheres ,pois
As meninas não
Devem vê-las como
Exemplo ou inspiração
Para o futuro:
Alimentar a coragem
De ir além dos limites
Estabelecidos, mesmo
Os já rachados limites.
                                             20/08/05.  

sábado, 10 de dezembro de 2011

Escesso de tintas

Heroínas, vilãs. anti-heroínas,
Bad girls:
Personagens belas e perigosas
Imaginadas por autores com
Pouca roupa, seminuas
E/ou quase nuas. Magras.
Idealizadas por homens
Fissurados no padrão de beleza atual,
Inatingível ,
Ou mulheres que aceitaram
O padrão da burca ao
Avesso?
Burca que mostra
Tudo ou quase tudo
Do corpo idealizado.
Personagens  vistas apenas
Como corpo e pelo corpo
Elogiadas enquanto corpo.
Poucas são colocadas
Usando armadura
Mesmo que enfrentem
Situações de combate.
Precisam esbanjar sensualidade
No meio da incoerência
Situacional.
Alguns poucos
Espertadores e leitores
Percebem.
Algumas personagens
Amazonas são utilizadas
Para idealizar o corpo
Da mulher-objeto.
Umas mulheres que
São indomáveis
Como leoas selvagens
No combate,
Mas  nas fantasias
Masculinas miam como
Gatinhas.Fetiche sexual.
"Poder" que só existe
Na fantasia dos fabricantes
Entre fabricantes de
Fantasias e/ou fantasmas.
                                          19/08/05.

Cena do cotidiano

Ofensas em ação :
Palavrões e esteriótipos!
Coisas fora do lugar.
Que lugar?
A camisa-de-força
Do não-pensar
Entre outras
Camisas-de-força
De mitos rachados.
A feminista chamada
De lésbica (como se fosse ofensa)
A lésbica chamada
De mulher-macho
E uma coisa puxa a outra.
Quem se diz "normal"
Adora ofender as pessoas
"Fora dos padrões"
Desbocadamente.
Para camuflar a insegurança
Em pseudo-segurança
Violentando os diferentes
Por não ter a coragem de se
Assumir como diferente.
                                            19/08/05.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Passando tinta demais

Em ficções científicas
As amazonas são sempre,
Com raríssimas excessões,
Uma comunidade belicosa
De guerreiras belas e
Fortes que dominam e/ou
Escravizam os homens.
E no final da história
Depois da intervenção
De algum herói ou heroína
Ou grupo misto
Ocorre a libertação e a declaração
(Ou  fica implícito)
Que homem e mulher
Devem viver lado a lado
E não como antes.
A dominação de ordem
Sexual só é mostrada
Quando a mulher está
No topo da hierarquia
E o homem é a "a pobre vítima"
Da situação. Do sistema.
Renaturalizando o oposto
Sem dispor de discussão
Séria sobre o assunto.
A hierarquia sexual
Só é colocada como
Pavorosa nesta situação
Ficcional.
Normalizada no reino
Das ficções
Quando os homens governam.
Há muita coisa podre
No reinado das ideias.
                                                            __/__/__.
                                                            19/08/05.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Peça de quebra-cabeça V

A mera ideia
De  dividir espaços e poderes
Entre outras coisas
É uma afronta
A quem está
Acostumado
A ter  tudo e não
Divide nada com
Ninguém.
Entre distorções e calúnias
Os esteriótipos fazem
A sua parte e partem
Repartem "equipes".
Feminista esteriótipada :
Mulher que odeia homens
Aproximada  da figura
Da amazona grega.
Há feministas e feministas
E só as mais extremistas
Chegam a equiparar ao
Esteriótipo, mas o terror
Atavico da perda de poder
Diz que todas são iguais.
A  ficção é usada como
Legitimadora  de uma
Versão da realidade
De determinadas intenções:
Atuações. Interesses.
A ficção ratifica ideologias,
Mas também pode abalá-las.
A História é só recorte
Que pode ser re-cortada
Talvez para re-costurar
Por inteira depois.
                                  __ /__/__.
                                  11/08/05.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Alguém passou a borracha

Na Idade Média
Mulheres frequentaram
Universidades e apesar
Da participação na
Vida social e econômica
Prevaleceu a imagem
Romântica do
Cavaleiro andante e
Da mulher frágil,
Indolente, entretida
Entre bordados e bandolins
A qual esperava o cavaleiro.
Distorcida visão da castelã
Como distorcida foi a
"Caça as bruxas" :
Todas as mulheres, filhas
De Eva, amaldiçoada(s)
Pela queda de Adão(s)
Na mentalidade  religiosa
Formação e triunfo do tabu.
Corpo feminino como
Fonte de todos os malefícios
Justificou o genocidio
Pela manutenção de
Poder por parte daqueles
Homens da Igreja.
As mulheres do povo
Possuidoras  de conhecimentos
Que dariam espaço para atuação
Escapando do domínio
Masculino: ameaça
Intolerável.
Como intolerável
Ainda é a possibilidade
De divisão de poder.
Mesmo os discussos
Científicos  e os humanistas
Permanecem presos ao
Estigma religioso.
Cada época com a
Sua estratégia  de controle
E dominação.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Um fio de esperança

Revalorizar o ser humano
Nas relações interpessoais
Que viraram jogo de poder e
Hierarquia composição
De opressão
A identidade sexual
Masculina e feminina.
Corta ao meio para
Depois cortar cada vez mais.
Deixando de usar Deus e as leis
Para justificar a divisão-opressão.
Revalorizar para reconstruir
O que foi destruído
De dentro para fora.
Porém quem e quem
Teria a coragem necessária
Para reaprender...?
Reaprender exige
Coragem e humildade
De admitir que errou.
                                               19/08/05.

Peça de quebra-cabeças VI

Feminismo
Não é julgado como
Uma entre as faces
Do humanismo.
Visto sem ser conhecido,
Como palavrão.
Contraponto a
Feminilidade :
Passividade.
Há feminismos
Com processos em
Andamento: contradições,
Avanços e recuos,
Medos e alegrias.
Pois as formas de
Discriminação não atuão
Separadamente.
Um grande jogo
Corporativista que joga
Contra todos os jogadores
Sejam mulheres ou homens.
                                               10/08/05.
                                               19/08/05.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Laços fragmentados II

       Dividir para governar.
                   Maquiavel 


Alienação:
O enigma de ser e não ser
Ao mesmo tempo-
Momento.
Desprovido(a) de si mesmo(a)
O ser humano alienado(a)
Rompido(a) dentro do sistema
O qual vive como
Se não vivesse.
Mecanismo de separação
Dos seres humanos
Que observam os
Outros (as) como antagonistas:
Estranhos, independentes e
Irreconhecíveis .
Reinventando a solidão
Humana
Visão de sem-par perante
A própria espécie e
Dentro de si
Condenado(a) ao viver
Na busca obssecada
Do que não existe
Não terá por ser desde
O começo uma ilusão:
O(a)  par  perfeito(a).
Produto que desgarra-se
Do(a) produtor(a) e volta-se
Contra a humanidade.
Num ciclo sem meio(a)
Consciência que gera alienação
Que re-gera consciência
Re-gera alienação.
Não há como escapar?

domingo, 4 de dezembro de 2011

Peça de quebra-cabeça III

Mais conhecido pela
Definição de ficção:
A história é aquilo que
Aconteceu e a ficção é o
Que poderia ter acontecido.
Aristóteles não "viu" ou
Não quis ver a
Nova versão na prática:
História como ficção.
Versão parcial dos fatos
Oficializados e o que aconteceu
Apagado com sangue, terra e
Fogo.Uma das muitas
Versões para o mesmo fato.
Porém o " mulher não deve
Ser viril" foi aproveitada
Por santo Anselmo
(ou santo Agostinho?)que
Propagandeou no Cristianismo
O lugar da mulher
Como cidadã  de segunda
Categoria.A frase que virou
Máxima sem citar o autor.
Re-elaborada mil e uma vezes
"Em nome de Deus":
Dominação.
Reinventando deuses
Como demônios
Quando conveniente for
A dominação.
A base da básica
Discriminação em ações
Religiosas com raízes culturais
Aproveitadas de outras
Culturas quando conveniente.
O sexo ainda é pensado
Como o poder sobre os outros,
Principalmente eles e elas
Que não abrem mão de
Si mesmos(as) e não se
Adequam ao denominado
"Normal das coisas"
(Hipocrisias).
 

sábado, 3 de dezembro de 2011

Peça de quebra-cabeças II

Vi-ven-do
Na plenitude
Das ideológias e das alienações
Do tempo presente,
Além da auto-alienação.
Controle sobre o in-controlável .
A ordem forçada pelas armas
Em pleno caos.Catálogo.
Violência virtual
Combatida na camuflagem
Do controle do real.
Realidade desviada e maquiada
Entre ideológias e alienações
Que co-existem,
Juntam e separam-se
Ora degladiando,
Ora congladiando
Na guerra secreta
De cada ser humano
Em de-se-qui-li-brio.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cotidiano ao avesso II

O que ameaça
Mentes assombradas?
Se sentem mais
Perdidas quando
Alguém pensa
Em sintonia
Diferente e
Emana a sentença.
O dilema de quem
Se perde em Wendy
É questão de destruir
O brilho de Sininho
Por mais tênue que seja
Assim como foi-se
Destruindo.
Pois o brilho é luz
Que sinaliza, conduz
Para o que poderia
Ter sido diferente-
Melhor.
                              10/08/05.
                              19/08/05.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Re-te-ser

      A moral sexual tradicional estava baseada na ignorância, no medo, no sentimento de culpa, e no entanto no mundo moderno,a nova moral sexual se baseia no conhecimento, na liberdade e na responsabilidade.
                                                     Maria Helena Matarazzo


 Mitos são a força simbólica
Regem comportamentos
Humanos para tudo,
Motivos para  (in)conscientes.
Algumas pessoas buscam
Evoluir enquanto outras
Preferem voltar atrás
Ou imobilizarem-se
Tecendo reclamações
Sobre as mudanças
E vivendo a nostalgia
De que  tudo no passado
Era melhor do que
O hoje.
Medo do futuro
Faz o passado ser
Retratado melhor
Do que foi realmente.
Por sentirem-se traídas
E confusas ,principalmente
Quando há recusa em
Mudar.
Re-adaptar.