24.Forçando os conceitos para ser o que não são
(...) Já está comprovado em
pesquisas acadêmicas que conquistas de bens materiais não se traduz em
felicidade plena, e sim em uma satisfação momentânea, de curto prazo de
duração.São as experiências ,convivências e posturas diante da
vida que geram o verdadeiro
sentimento de felicidade.
Sâmia
Simurro
É da
natureza humana misturar
conceitos e/para forçar a
crença alheia a
acreditar em outra
forma de ver os fatos ou
o que se
acredita como conceito pessoal o qual deva ser propagado como
verdade coletiva.A forma de um formato para enformar os mais diferentes formatos.
A frase “dinheiro não traz felicidade” é uma conjunção de
dois conceitos concebidos no passado e
alardeados no presente,objetivo e subjetivo, que não estão necessariamente coligados na atualidade.Uma coisa é
dinheiro , e outra coisa é
felicidade.Ou felicidades .Na sociedade de
consumo, a qual pertencemos,
o dinheiro é ou foi
colocado dentro do
conceito de felicidade de
modo geral como sinônimo de felicidade .Dinheiro é importante é
necessário para a sobrevivência ,conforto, bem estar,etc,mas não é
necessariamente felicidade.A
menos ,é claro , que determinadas
pessoas estabeleçam o
dinheiro como sua
forma e foco de
felicidade.E há o ideário socialista
intelectual pega esta frase e a
reforça no sentido moral como se
dinheiro fosse algo mal e não o
que as
pessoas decidem que ele é para
elas.Qual é o sentido que o material e
emocional tem para determinadas pessoas?
Felicidade é
subjetiva.Felicidade é algo
pessoal, relativo, cultural,etc.Felicidade pessoal cada um escolhe a sua.Cada história é
uma história, cada caso é
um caso,mas as particularidades
são esquecidas e todo mundo é jogado no mesmo balaio, como
se a escolha de
uma parcela pudesse
valer para todo mundo.
São temas para serem debatidos em aula de
filosofia e sociologia,matemática
,etc,para depois virar
tema de debate de aula
de redação. Estas convergências e
divergências não são bem
percebidas quando se é adolescente
em época de
cursinho para vestibular,quando
filosofia e sociologia não tinham
voltado para o ensino médio.O
enfraquecimento do ensino público
e o
banimento destas matérias do antigo
ensino médio foram algumas
entre as estratégicas da Ditadura Militar utilizaram para
transformar a maioria do povo em
seres não-pensantes e controláveis.Outra longa História .O
debate acabou pendendo para o lado emocional e opinião
pessoal de cada aluno naquele
momento.A guerra fria das crenças pessoais virou um debate bem quente.
Sempre pró ou contra, não tem a
linha do meio e o meio é a
melhor escolha entre
dois extremos,mas sendo pró ou contra tem que
saber argumentar e defender o seu ponto vista
racionalmente.Ainda mais se tratando de redação para o vestibular.A turma
quase brigou pela defesa cada
qual do seu ponto de
vista, no caso dos
alunos mais exaltados.
O professor da aula seguinte pôs um ponto final no assunto dizendo que “ a natureza busca estabilidade” e nos estávamos neste momento
de busca de um
tipo de estabilidade: a material.
Somos
seres humanos vivendo no mundo
material e temos necessidades de ordem
material,espiritual, social,etc, o
problema é a teimosia na
confusão entre bem estar físico ou
conforto material com o conceito
de bem
estar abstrato ou felicidade.Podem caminhar
juntos,mas não são necessariamente a mesma
coisa.Mas depende do ponto de vista de cada
pessoa,pois muitas gente
confunde ou une os dois conceitos por
vários motivos.
Mas ao
que parece, esse problema de
confundir os conceitos tende a
piorar segundo o
documentário Crianças do Consumo. No documentário o
consumo de produtos é
colocado como sinônimo
de felicidade, o fazer parte da
sociedade,ser alguém digno de
ser respeitado,etc,sendo levado ao extremo do extremo por algumas empresas
americanas.Para piorar o que já
está ruim, tiram a autoridade dos
pais e depois culpam-nos pelo
descontrole emocional dos
filhos.
Segundo o
documentário ,o governo norte-americano não interfere para ajudar os pais, é negligente com o bem estar das crianças ,pois até a
escola virou um lugar de doutrinação para o consumo de marcas de terminados
produtos.Os produtos em si ficaram em
segundo plano.
Em
qualquer idade os seres humanos
são receptivos a
influências externas ,aos estímulos
externos os quais pode-se
recusar quando tem opinião
pessoal formada,mas na
infância e adolescência são fases
em formação de opinião,ou seja,
são as fases mais vulneráveis as influências externas sejam elas boas ou más, por isso um controle
externo além do dos pais é necessário , quer queira ou não.
De um jeito ou de outro a confusão de conceitos, intencional ou não,vai continuar.Talvez até piorar
dependendo do que acontecer.Ai
vai ser trabalho dos psicólogos e psiquiatras sérios tentar
amenizar os problemas que
as confusões de conceitos
pode trazer as pessoas.Os
não muito sérios apenas
passaram remédios para
as pessoas se
acalmarem quimicamente, gostando
ou não isso já acontece
com frequência, fato que já virou tema de outros
documentários e notícias jornalísticas sobre a
medicalização de todos os problemas
humanos .
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