quinta-feira, 30 de junho de 2011

41.

ABRE-TE SÉSAMO II

                                "Poesia de viagem cuidado frágil".*

O verbo
          evoca
o visual
          e vê
no vácuo.


*Weder Soares -RETALHOS- poesias

40.

MISTÉRIO

Tentar decifrar
a dimensão
dos meus olhos.

39.

ESPERANÇA II

Onde não há caminho
construir
e ir ,quando não há saída,
fazer a salvação.
Salve-se.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

38.

REVELAÇÃO

Demônios
se escondem
sobre as áureas
dos anjos.

36.

LACUNAS

A. Plano imaginário:
O mundo perfeito
no que imagina-se
ser perfeito.

B. Plano ilusório:
Teorizar
as utopias.
Complicá-las
e utilizá-las
manipulando
inform
          ações.

C. Plano real:
Não ver a realidade
e sem percebê-la.
Como ela é...?

35.

PROMESSAS


Palavras soltas ao vento
Apenas presa
por um prendedor,
voador.

terça-feira, 28 de junho de 2011

34.

OUTRO SIGNIFICADO

O amor
deixou de ser
amor.
O amor
virou piada,
clichê.
O amor:
pieguice,
etecéteras.

Não deixou de ter valor
mas perdeu o sentido.

33.

REFLEXO

Uma lua
dourada
mais bela que
sorriso amarelo.

32.

MÉTRICA

Um dilema,
um tema,
um sistema,
apenas uma
rima em ma.

31.

SEM AVISO II

A Flora em folhas

         folhando

 desfolhada
          folhante    
   

segunda-feira, 27 de junho de 2011

30.

SEM AVISO I

As balas
abalam
o balanço,
a balança
da rotina
mesmo perdidas as balas
acabam com as vidas.
TEMPO TERCEIRO-AR
"(...) Foi pelo fato de termos,durante milhares de anos, olhando o mundo como exigências morais,estéticas, religiosas,com cega inclinação, paixão ou medo, eternos nos regalados,nos maus hábitos do pensamento ilógico, que este mundo gradualmente se tornou assim estranhamente variegado, terrível, profundo de significado,cheio de alma, adquirindo cores
-mas nós fomos os coloristas."

Nietzsche

domingo, 26 de junho de 2011

29.

PORTO

Inteligência da vontade.
Polêmica guerra
de cínica resposta.
Os lados das histórias
desencadeiam debates
no mundo sem rumo.

28.

PARADOXO II

                           Para o José Elio

Quanto mais
se preocupar
com que as outras
pessoas pensam,
você vegeta.
Você vive só.
(No sentido
negativo mesmo).

27.

 PARADOXO I

Quanto mais
a tecnologia evolui
mais os seres humanos
se perdem nos (aos)  preconceitos.

26.

FOLHA DE TRIGO

Também
flor:
germe,
gênese,
gêneros.

25.

NORMALIDADE

Se sentir
um estranho
no próprio mundo.
Estranho.

24.

SEM AVISO III

A loucura
e a sanidade
separadas
por uma frágil linha
que se rompe
a todo movimento.

23.

PARADOXO III

As feministas,
as radicais,
a maioria que conheci,
são mais machistas
do  que os machões.

22.

DOGMA

Beleza não é
fundamental,
é ter cara/ter
personalidade.

A beleza
é efêmera
como modelos
e modismos.

Permanece
a nazideia
de como a beleza deve ser.

21.

EDUCAÇÕES

Sinto
os sistemas
duelando
dentro de mim.

sábado, 25 de junho de 2011

20.

OUTRA VERSÃO

Os homens
são de Marte
e as mulheres
são de Vênus.

Há também
homens de Vênus
e mulheres de Marte.

Como também há homens e mulheres
que são de Marte e Vênus
ao mesmo tempo.

19.

SENTENÇA I

Idade das trevas todas elas
as que passaram
e as que virão.

Talvez um eterno de volta para o futuro.
Sem futuro. A barbárie

recebe outros nomes
mas continua em ação.
Tudo vale
fazer em nome de Deus.

18.

PARADOXO V

Em nome da paranóia
e da mania de perseguição:
A liberdade
no agora é impor
a ferro e tortura
a vontade do mais forte.

17.

MALUQUICE

Ser ou não ser
deixou de ser
importante,
ter ou não.

Ser tem certa relevância.

Aparentar
ter,ou não.
Ter é mais importante
no jogo social
do mundo anti-social.

16.

CALE-SE

O cálice
cala a alma
vazia cheia
de vícios.

15.

FRAGMENTOS

Entre
anjos e demônios,
mulheres
cortadas ao meio
vistas pelas metades.

A vida sem busca
é algo sem magia,
como o nunca
existir no não existir.

14.

E(m) MI(m)

Por isso
o paraíso
é aqui ou
ali!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

13.

SINA

A. A culpa
plantada
não desculpa
o inocente:
Bode Expiatório.

B. A culpa
semeada

cuidadosamente,
quer colher
um culpado,
mesmo que
não exista.

C. Transfere-se
para a...
            TEMPO SEGUNDO_ TERRA
(...) Assim também a apresentação incompleta,
como um relevo, de pensamento, de toda uma filosofia,
e que ás vezes é mais eficaz
que a apresentação exaustiva:...

                                            Nietzche

12.

SEM LUZ

Vinha.
          Vinho.
Venda.
          Veia.
Veio
veios,
vendavais.

11.

OFERENDA

Copos de leite
oferecidos
no leito.
A/braçada
de flor,
em flor
momentos de amor.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

10.

LU(N)A

El.
Meu mel
sem fel,
céu estrelado.

9.

AME

O  mar
         arma
               o amor.

Arme
       a me
            ame
      
o mar
       mel
           elo.

8.

ALQUIMIA

Água,
vinho,
sangue.
Não há vida
sem líquidos.

Símbolo
ou,
sobrevivência.

Vivencia
para evidenciar
a transformação...

7.

SOMBRA

Ver
o fel
sem mel.

Veneno
de sobra.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

6.

MEIA-LUZ VII

Duas,
solidões
se somam,
para depois...*
Se dividirem
como se nunca
estivessem se
tocado antes.

*"Amor,a gente soma ou somatiza." Yêda Schmaltz

5.

MEIA-LUZ VI

É, foi
afogado...
Afogada
em órfico
amor?

4.

MEIA-LUZ V

Diluído
no dilúvio
de copos,
Absurdo
Ab
     sinto.

3.

MEIA-LUZ IV

Absinto,
entre o cheiro
e o líquido
o abismo.
Abismado
vou,voo
com ou sem
pranto.

terça-feira, 21 de junho de 2011

2.

MEIA-LUZ II

Leito,
lento
deleite,
entre lençóis
de leite.
Lenta
ação
de câmera.

1.

APRESSADO

HÁ BEIJA-FLOR
QUE PREFERE FLOR EM BOTÃO
DESTROU AS PÉTALAS
QUE NEM NASCERAM
ANSIA PELO DOCE
QUE AINDA NÃO BROTOU.
TEMPO PRIMEIRO - ÁGUA
"(...) Assim como as figuras em relevo fazem muito efeito
sobre a imaginação por estarem como que a ponto de sair
da parede e subitamente se deterem, inibidora por algo:..."

                                                         Nietzsche
             " Oú ,rimant ou millieu des ombres fantastiques,
             Comme de lyres,je tirais des élastiques
             De mes souliers blessés, un pied prés de mon coeur!"

                                                       Tradução:


    " Quandocompondoemmeioasombrasfantásticas,comoumaliraeupuxavaoselásticos
                          de meus sapatos gastos, um pé junto ao meu peito!"

                                                                     Arthur Rimbaud                      

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Para a gente saber quem  a gente é
tem que por entre a gente e a gente mesmo
a pele de pelo menos uns três séculos."
                                                 
                                       Nietzsche

"Isso de querer ser aquilo que a gente é vai nos levar além."
   
                                                     Paulo Leminsk
                                                           

INDICE REMISSIVO

Os números se referem a secções , não páginas.


aeda,               07,12,25,32,37c,50,64,83.
abismo,            03,04,19,25,39,42,74,77.
amor,                05,06,30,35,46,55,64,83.
arte,                14,25,36,44,49,54,75,77.
Aspázias,         15, 23,35, 46,58,61,68,74.
ciências,           13,24, 27,41,49,54,65.
consciência,      15,40,51,56,63,71,76.
cultura,             01 ,04,11,16,19,21,56,70,71.
Eros,               20,23,35,38,50,68,72,81.
Deus,              09,19,33,37a,45,55,72,81.
diabo ,            07,15,28,37a,38,48,72,81,85.
ficar,               20,31,39,52,53,70,75,85.
filosofia,          02, 04,10,3645,55,73,80.
frutos,             01,26,31,4.,59,65,79,82.
individualização,       06,34,41,59,65,71.
literatura,        04,13,25,41,59,65,71.
metamorfose, 02,09,23,38,55,60,78.
metáforas ,     03,18,35b,61,63,77,78.
mídia,             01,14,22,16,17,22,37b,76,79.
mulher,           11,21,22,43,46,50,66,749.
mito,              05,13b,18,19,47,62,65,75,79.
pescar,           04,25,30,37a,42,65,66,82.
poesia,           01,12,32,36,37b,44,50.
poemas,          14,26,27,34,37c,56,69.
psique,           02,05,11,17,24,37c,51,68,73.
realidade,       06,20,30,31,52,55,68.
sabedoria,      13,34,36,43,54,62,69.
símbolos,        03,10,13a,15,38,41,47,48.
sol,                 14,28,33,39,36,53,55,60,80.    
  
É
em-
mim
o mi
ou
em
Ti.

domingo, 19 de junho de 2011

   A melodia vem da mulher aeda por assim dizer, mas a poetisa
sabe perfeitamente quando o coração do homem ainda não foi tomado,
domado.E as coisas mais simples, do que realmente são ,sã canto,
presente presença  de espírito, mito, ritual, factual, no mínimo a máxima
mais bonita.Tiro as minhas conclusões sobre esta  a partir deste poema:
"MEIA-LUZ VII-
Duas
solidões
se somam,
para depois...
Se dividirem
como se nunca
estivessem se
tocado antes."
 Pobre de mim! EU que particularmente busco
a ilusão que contém seu :
"E(m) MI(m)
Por isso
o paraíso
é aqui ou
ali!"
 Conquistou-me pela gula. Fome atroz, que vem a nós, feroz
fome de ler, através das estranhas  do espírito a
saciar poesia. Mordi a maçã!Agora não tem mais jeito.
 É des/necessário deixar bem claro, sem sombras
de dúvidas .Oh! Claridades!Oh! ,luzes!
Flávia freire é a tal: poesia.
É a tal filosofia, Flávia Freire.

                                                              João Arantes  Escritor
                                     

É A TAL FLÁVIA FREIRE : POESIA.

Amor tece, a língua/em derrete em salivas no
céu da boca a sensualidade, enaltece.EMI de
mulher, em-mi poesiando feminilidade Flavia
Freire.
  Amena noite de afoitos coitos e orvalhos.
Atarracada a lua no céu sem graça fica no escuro.
Seus poemetos sulcados, embebidos em vinho,água
e absinto, alguns pitachios e uvas passas: corpoema,
mãe da alma e castanhos olhos pô éticos me acalma
a visão, alusão,ilusão.
  O mito sentido antes de ser formulado forma poesia.
Como definir um mito? Jamais. Identificá-lo, sim.
Irracional, ilógico, o mito expressa o mundo e a realidade,
o homem e o mundo no cosmo. Serve-se a várias
interpretações o mito e o dito pelo não dito,oh, inaudito
canto.No seu papel aeda. a autora, veste uma pele
reveste, investe a atriz o papel e laços de um lápis,
os lapsos colapsos da fealdade estética? O belo:amor?
  Algo que não era, começou passou a ser, pois é tornou-se
primavera ! Criatura, caricatura, cara máscaras mais caras
do eu. Uma explicação do universo ao nível de uma linguagem
relâmpago:

"FACE NOTURNA"
Por um momento
o relâmpago
ilumina:
Quem não quer
ver
e nem se vê
sem máscara."

Dedicatória:

Dedico este livro aos amigos e poetas João Arantes ,por tê-lo preparado para que eu pudesse concorrer a bolsa de publicação  e Geraldo Pereira  que imprimiu e pelo incentivo.

POEMAXIMA

sábado, 18 de junho de 2011

Liberdade:*

É sentir-se
Fênix.

*Publicado no comunicado a Primeira Bienal do Livro de Goiânia: Lavouras de Palavras.

Hierarquia III

Algumas pessoas
Têm o incrível
Desejo de estar
Por cima
Para mandar
Em quem está
Por baixo.
Intoxicadas,
Pela mínima
Gota de poder,
Fazem grandes
Besteiras.
Julgam-se intocáveis
Mas não são tão
Intocáveis,
Quando alguém
Tem uma arma
Na mão...
                       01/05/03.

Morte IX

O ex-presidente
Sociólogo
Mostrou que
Na prática
A teoria é
Outra,
Pois vetou
O retorno da
Filosofia e da
Sociologia
No ensino
Médio.
Afinal, os jovens
Precisam
Ter mentes
Vazias
Para serem
Melhor controlados
Pela mídia
Que gosta de ver
Sangue jorrar.
                          01/05/03.

Peças de retórica

Camus estava certo
Quando disse
Que os sistemas ideológicos
Sacrificam o ser humano
Real em nome
Do ideal.
Câmara de gás,
Paredões de fuzilamento,
Armas biológicas,
Guerras pela paz.
E a paz jogada no lixo.
A esquerda vira direita
E a direita vira esquerda.
Os sacrifícios humanos
Continuam.
O controle é a lei
Do mais forte
Para exterminar
Inimigos invisíveis.
                              30/04/03.

Um túmulo de pedra

A mulher
Nasce
Para ter
As asas cortadas
Por outra mulher
Depois que
Nasce.
E outras enquanto
Vive.
Enquanto familiariza
Com um mundo
Que idolatra
O vazio das ilusões.
E lhe canta
Nos ouvidos
Que o melhor mesmo
É ficar quieta no seu
Canto.
                                 28/04/03.

Pré-conceito

Se homem
Que é homem
Não fala
Francês,
Como ficam
Os homens
Nascidos
Na França?
                      28/04/03.

Séculos

Os pais sonham
Em ter um
Gêniozinho
Em casa
Para serem invejados
Pelos vizinhos.
Só que se esquecem:
O gênio
Trilha uma longa
Jornada até a consagração.
O gênio que é gênio
Primeiro é chamado
De louco,
De subversivo,
De perturbador da ordem,
Etc, etc, etc
Na sua época.
Cem anos ou mais
Depois
É redescoberto
Aí se sua ideia
É boa,
Então é reconhecido
Como gênio:
Consagrado e idolatrado.
                                      27/04/03.
                                      28/04/03.  

Gênios da humanidade

"O que os outros
Vão dizer?"
Mantém
Todos no mesmo
Lugar.
No nível da
Mesma
Mediocridade?
Quem ousa
Ir além
É discriminado
Por ter a coragem
De dar o passo
Mais longo.
Pagar o preço
De ser maldito(a)
Justamente
Por fazer o além
Que muitos queriam
Mas não ousariam e
Dizem
Maldades, calúnias, fofocas
Contra quem ousa e
Por ter tempo a perder.
                                     27/04/03.
                                     28/04/03.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fênix II

Longe do Paraíso
O apanhador de sonhos
Vê as horas
Do lago encantado
Por um momento
Tempo de despertar
Entre sonâmbulos.
                               27/04/03.
                               28/04/03.

Notas privatizadas

O aluno não
Estudava
E consequentemente
Não tirava
Boas notas
Na escola.
Para resolver
O problema
O pai ofereceu
Aos professores
Uma boa recompensa
Para "melhorar"
As notas dele.
Num passe
De mágica
Todas as notas
Vermelhas
Ficaram
Azuis.
Ele passou de ano.

Família tercerizada

O papai-bom-pagador
Chega no colégio
Particular
Com o filhinho-dor-de-
Cabeça
Joga-o na frente
Da professora e diz:
"Eduque esse menino
Que estou te
Pagando pra isso."
"Não tenho tempo."
A professora argumenta
Que educação vem
De berço
E a obrigação dela
Tem limite.
O pai não aceita,
O bate-boca e repete
A frase,
Querendo mostrar
Quem manda
Na droga do colégio
Leva o caso
A diretória.
Reclamaria
E automaticamente
A professora
Será demitida.
Fez o que pôde,
Mas ela não
Foi demitida:
Era boa profissional,
Reconhecida
Pela instituição
A qual fazia parte.
                             26/04/03.
                             28/04/03.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Privatizações

O grande Irmão disse:
Privatizem tudo que é
Público
Enclusive  as mentes.
E assim foi feito.
Tudo que era público
Passou a rimar
Com ineficiência e
Prejuízo.
E tudo que é
Privado = (re)pago
Virou rima
De eficiente e
Lucrativo.
Quem paga acha
Que manda.
Só obedece.
Quem não
Pode pagar:
Que se dane.
                      26/04/03.
                      28/04/03.

Hierarquia

A mais "nova"
Modalidade
Para título
De mestre
E de doutor:
Utilizar
O senhor título
Para humilhar
Os outros.
De preferência
Quem não
Tem título,
Pois o que
Vale é a
Lei do mais
Forte.
                      25/04/03.
                      27/04/03.
                      28/04/03.

Ficcionalidade

Na prática
A teoria
É outra.
É a lei não escrita,
Porém válida.
A teoria
Deveria
Caminhar
Com a prática,
Mas não
Acontece.
Aprendi
A ser socialista
Na teoria
E ditadora
Direitista
Na prática.
E perdi tempo
Acreditando
Em belas mentiras.
Mas não tinha como
Escapar da doutrinação
De todo dia.
                                      25/04/03.

Auanny II

Se lá é
Tão melhor
Do que aqui,
Por que não
Deixaram a
Menina lá?
Se aqui não
Presta
E lá tudo
É o melhor?
                          23/04/03.
                          24/04/03.

Morte VIII

Passam
Atestados de óbito
Em tudo.
Por temer
O novo.
O desconhecido.
O que não se
Desvenda
Apavora
Principalmente
Quem quer ser
O (A) dono(a) da verdade.
Essa coisa tão
Desconhecida
Entre nós.
                        21/04/03.
                        24/04/03.

Alguéns

Tem gente que
Nasceu para o mal.
Tem prazer
De praticar o mal.
Na maldade
Encontra o seu prazer
De viver,
Destruindo os outros.
Sente prazer
De se sentir
Poderoso(a)
Sabotando os outros,
Fazendo desafetos.
Sente prazer
Achando que os outros
Sentem ciúmes.
Alimenta-se
Da "miséria "
Alheia,
Pois precisa crer
Que é superior
Aos demais.
                               20/04/03.
                               24/04/03.

Tentativa

Costuro
Asas de Ícaro
Para tentar
Saborear
O prazer do risco
Mesmo com medo
Da queda.
Sempre aparece
Alguéns
Para desmanchar
O ponto.
Recomeço a costura
E refaço o que
Foi desfeito.
E ainda ouço
Desses alguéns
O absurdo:
Por que  perder
Tempo com isso
Se não vai voar
Mesmo?
                        19/04/03.
                        24/04/03.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Além

Liberdade
É uma palavra
Que não
Consigo
Separar
Da ideia
Pássaro.
O pássaro está
Preso.
Liberdade tem limite.
Mas meu pássaro
Alcança as estrelas
Enquanto sonho.
E  enquanto sonho
Também alcança
O coração da Terra.
                               19/04/03.
                               24/04/03.
                               05/05/03.

Morte VI

A terra morre
Com o homem.
De repente
Tão árida
Sem a mão
Que cuida
Ama
E gera.
                       15/04/03.
                        24/04/03.
 

Morte V

Voo sem asas.
Arrasto
No chão
Mas sou
Livre por um
Momento.
Com um
Livro na
Mão.
No mundo de outro
Tento ser
Livre
Desamarrando
Os nós e tantos
Nãos de
Treinada para
Esperar que
Os outros pensem
Por mim.
                            __/__/__.
                           15/04/03.
                           23/04/03.
                          24/04/03.

Morte IV

 É natural
Num mundo
Sem coração
Aparecer gente
Para arrancar
Suas asas.
A brutalidade
De que julga
Saber tudo.
É assim
Crê que os outros
Nada sabem
E que não devem
Dizer nada.
Quando aparece
Alguém que oferece
Uma pena,
Uma gota de sangue
Ou do seu tempo
Causa o choque
Pois é tão raro
Como a mais
Preciosas das descobertas.
                                          __/__/03.
                                         23/04/03.
                                         24/04/03.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Oculto

Arejando
Tumbas de
Velhos castelos
Encontram-se
Joias.
No fundo
Do poço.
Soterradas
Vivas.
Para não
Ficarem
Ao alcance
De todas
As mãos.
Poucas mãos
Manipularam-nas
Para controlar
As mãos das enxadas.
                                   10/04/03
                                   24/04/03

Ame

O mel:
Ter
Elos.
Mente:
Leme
Tele(a).
Elos
Em
Nos.
               10/04/03
               24/04/03
               05/05/03
               30/12/09.

Competição

Muitas pessoas
Passaram
Pela minha
Existência.
A maioria
Como um
Rolo compressor
Pronto para
Me enterrar
Viva.
Quase me
Enterrei
Por causa delas.
Mas também
Passaram aquelas
Pouquíssimas
Pessoas
Que deixaram
uma mensagem
Positiva.
Como minha
Anja de fogo e
Duas anjas de carne e osso.
                                         10/04/03.
                                         24/04/03.

domingo, 12 de junho de 2011

Cinzas humanas

Ainda existe
Trabalho escravo
Neste país e nos
Outros também.
 Impregnados
Com a ilusão
Da modernidade
Como liberdade
Não cremos no
Que vemos.
Donos de fazenda
Acham normal
Trabalho escravo
Em troca apenas
De comida.
Afinal, o luxo
Destes fazendeiros
É sustentado
Com o lixo ao
Qual reduzem
A vida dos carvoeiros.
                                     07/04/03.  

Neo-inquisição ?

A Igreja
Persiste
E insiste
Em erros
Passados.
Joga pedras
Nos homossexuais
Enquanto
Tenta ocultar
Os padres-pedófilos.
Petrificada
Não aceita
O amor  que não se ousa
Dizer o nome.
Mas aceita
A dominação
Do adulto de batina
Sobre as crianças.
Vale tudo pelo poder?
Vive o paradoxo
De dois pesos para
Duas medidas?
                            07/04/03.

Auanny

O preço de ambição:
Uma filha perdida
Num outro país.
Se não fosse
Assim
Seria perdida
Na boca do coiote?
O risco de vida
Em nome do
Melhor para ela.
O melhor aqui
Não vale apena?
Mas vale apena
Pela "facilidades" de lá.
Outro mundo que
Precisa da nossa
Escravidão ,mas
Não admite
E nem quer aceitar
A presença de bons
Escravos.
                             03/04/03.
                             24/04/03.

Esperança VII

Mesmo entre pedras
Nasce uma flor,
Ás vezes ,um punhado.
Outras vezes
Apenas uma.
Delicadeza
No meio de
Tanta brutalidade
Que  de repente
Pode ser esmagada
Num único
Golpe.
Mesmo assim
(Re)Nasce.
                            31/03/03.
                            03/04/03.
                            22/04/03.

Morte III

Quebrar pedra
É atividade
Diária.
As pedras
Que mais
Teimam
Em permanecer
No mesmo
Lugar
São aquelas
Cravadas
Na cabeça.
Mas as que
Mais doem
São as crivadas
No coração.

Sina

De repente
Toda esperança
É roubada.
As penas do
Pássaro arrancadas.
De repente
O mundo
Sem luz.
As cinzas
Sopradas
Pelo vento.
Nada sobra
Só o sentimento
Cinza.
                        14/03/03.

Sina?II

Tem mulher
Que acredita
Que é.
Por ter vencido
Os homens,
Os conflitos,
Os amigos e
Os inimigos.
Paradoxalmente
Acredita que
As outras devem
Não-ser.
E ratifica a mensagem:
O mundo ainda
É,deve ser "voado"
Por homens.
                              31/03/03.
                              22/04/03.

Sina ?

Mesmo que
Tivesse asas (novas)
Voaria ?
Provavelmente não.
Por crescer
Com muitas
Pedras na cabeça?
Como sou mulher
Ensinam
Que o melhor
Para a mulher
É não-ser.
Ainda não.
Ainda nunca.
Sempre o "deixar
Pra depois".
"Não vale apena".
                             31/03/03.
                             22/04/03.

Cruzada moderna

O ser civilizado-ocidental (?)
Ama a selvageria
Tecnológica
De matar em
Nome de Deus.
Deus = preconceito+petróleo+
sangue+chumbo+controle.
A medusa nazipatriotismo
Petrificou
Os corações
Dos soldados
Comandados
Pelo louco senhor da guerra ?
                                              18/03/03.
                                               22/04/03.

sábado, 11 de junho de 2011

Desejo II

Preciso
De um pouco
De fogo de Prometeu
Para não deixar
Meu coração
Congelar.
Tudo está
Cada vez
Mais frio
Na gélida
Selva de pedra.
A canção do
Meu pássaro
Ajuda a aquecer
Mas ás vezes
Parece não
Ser suficiente.
É preciso sempre
Realimentar
O fogo.

Esperança VI

Meu anjo
É  fogo
De fogo
Que aquece,
Que alimenta
A vida e a esperança.
Anjo de fogo.
Que derrete
A inércia
Petrificada
Pelo aço.

Petrificações

A mulher chora
Por muitos motivos,
Por exemplo,
De alegria ou de tristeza.
É há mulher(es)
Que não admite(m)
Ver o homem chorar.
Pois cre(em) piamente
Que só a mulher
Tem direito aos
Momentos de fraqueza
E extremos extravasados.
Porque todos(as) apre(e)ndem
Que há dois pesos
Para duas medidas
Que não se misturam
E nunca podem
Pois é sinal que
Algo saiu do lugar.
                             __/__/__.
                             21/03/03.

Mais luz!

É preciso roubar
De novo o fogo
Como fez Prometeu.
Sem fazer
Grandes promessas
De um futuro
Grandioso.
Se nem agora
Há grandeza.
Apenas
A ficção de grandeza
Cada vez mais
Mesquinha.
Forçando a realidade
A se tornar
Uma ficção
Manipulável.
                       __/__/__.
                      12/03/03.
                      21/04/03.

Velocidade

Só tenho
Certeza
Que estou aqui.
O aqui e o agora.
O futuro
 Logo será passado.
É uma interrogação?
Tão depressa
Tudo vem,
Tudo vai.
E quando menos
Espera
Já passou.
Se foi.
E não
Volta mais.

Esperança V

Minhas asas
Foram
Arrancadas
Quando nasci
Para não
Ter visão
Das coisas do mundo.
Mas as asas
E o canto
Do meu pássaro
Me consolam.
Caminhando
Entre pedras
E com as pedras
Sigo em frente
Mesmo devagar.
Mesmo com gente
Dizendo que não
Vale a pena.
                       10/03/03.
                        21/04/03.

Racismo camuflado ?

Olhos de Medusa
No seu coração,
Querem petrificar
Qualquer ação.
Por julgar
Que os outros
São inferiores
Afia a língua
De veneno
Para soltar
As pérolas do preconceito:
"Não são iguais
A mim."
"Não tem título."
"Não tem amigos
Importantes."
Etc.
                         08/03/03.
                         21/04/03.

Laço

Aço
Passo
Passado.
Pássaro
Presente.
Sente
Resente.
Transcende.
Futuro.
Furo?
              __/__/__.
              05/05/03.

Um por cento

Ás vezes
Preciso
De asas
Do meu
Pássaro
Para fazer
Poema.
Noutras
Apenas
O seu
Canto.
E noutras
Viver
Os extremos
Do sentimentos.

Sem coração ?

Mesmo entre
As mulheres
Há aquelas
Que acreditam
Que homem
Não chora
E nem deve
Chorar.
Pois é sinal
De fraqueza/
Feminilidade.
Mesmo quando
A criança chora
Por um bom
Motivo...
É calada
Com violência.
E depois a culpa
É só da tv.
                           __/__/__.
                          21/04/03.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Concretados

Quem disse que
O mundo é
Uma selva de pedra
Estava certo.
Mesmo sem
O olhar da Medusa
Os corações cada vez
Mais petrificados
Em corpos em
Movimento.
Corações frios e duros
Numa selva
Cada vez mais
Fria e dura.
Mulheres dão
Soco na cara
Dos filhos no
Meio da rua
Sem saber
Por qual motivo
A criança chora.
E o choro é
Engolido com sangue.
                                 06/03/03.

Morte II

Depois da batalha
Perdida
Recolho minhas
Cinzas
E penso no
Que de errado.
Por que errado?
O que aconteceu ?
Um raio de ódio
Fulminou
Minha ação.
A reação
De desdém
De quem acha
Que pode tudo
E não liga
Pra nada e
Pra ninguém?
Recompor com
As cinzas o passo
A frente.
                     05/03/03.

Dúvida ?

Cortar a
Esperança.
Vira
Espera.
Ança.
Pode virar
Alcança?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Esperança IV

Com esperança
Lançar
O laço
Para alcançar
O que parece
Inalcançavel.
A espera
Tem sentido.
Embora
Não pareça,
Pois o ritmo
É um rito
Pessoal.

Esperança III

O dia de cinza
Chuva
Não é triste
Para quem

O dia seguinte.
O abrir
Do sorriso
Verde-bebê
O novo verde
Que desdobra
Em outras
Muitas cores.
                      __/__/__.
                     21/04/03.

Abre-te Sesámo

Fazer poema
Também é
Fazer filosofia,
Mitologia.
Rimar o fundo
Com o profundo.
Para poucos
Iniciados
Na arte de
Decifrar
Enigmas.
                     __/__/__.
                    21/03/03.

Esperança II

A vida
É nadar
Contra
A corrente
De nãos
E sair
Ferido(a)
Por um sim.
                  04/03/03.
                  30/12/09.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Múltiplo

O pássaro
Visto de
Muitos
 Modos.
Às vezes
Como ele,
Noutras
Como ela.
Depende
De quem
Vê.
De como
Quer ver
E interpretar.
Por que não
Ele e ela
Ao mesmo
Tempo?

Ninho

Meu pássaro
Nasceu
Na água
Que é fogo
Numa terra
Distante
Onde o ar
É flama.
Ele é fogo
E escala
O ar
Com a leveza
Das plumas
Crescidas.
                      01/03/03.
                      21/03/03.

Ecosistema

Minha terra
É chama
E me cham.
Eu chamo
Por seu
Bem -estar
Que é meu
Também.

Esperança

Um dia de
Cada vez:
Renascer.
Um pouco
A cada
Amanhecer:
Renascer.
Morrer
Um pouco
Em cada
Pôr-do-sol
Para depois
Renascer
Ao nascer
Do sol.
              04/03/03.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Fornalha

O ar é fogo
De efeito.
O efeito
Do efeito
Estufa.
Afeta.
Respirando
Fogo
Sem se
Aguentar
Em pé.
Fogo que
Mata
Lentamente.

Real-idade

Mentiras
De tão repetidas
Viraram
Verdade
Dada.
Verdade
Gaga.
                __/03/03.
               21/04/03.
             

Realidade

Estou cansada
Das mentiras!
Mas o que é
A civilização?
Uma grande
Mentira.
Além disso
A mentira
Que tece e
Retece
Outras pequenas
Mentiras
Que virão
 Verdades.
                      27/03/03.
                      21/04/03.

Pessimismo

O que mais encontrei
Na vida?
É gente que se acha
Grande.
E por ser "grande"
Quis me enterrar
Viva.
Afinal, o mundo
É dos covardes
Que se dizem
Fortes.
Um louco á solta
Na Casa Branca,
Outro na Inglaterra,
Uma tempestade
Virótica a vista,
Efeito estufa,
Crimes urbanos.
Quem se importa?
É a lei do individualismo
Ao extremo
Que manda
Mesmo no socialismo
De fachada.
                     26/02/03.
                     04/03/03.
                     21/04/03.

Oração do desepero

Ave!
Dai-me forças,
Paciência e coragem
Para enfrentar
Os desafios da vida.

Ave!
Que eu amo
Me conceda
Um pouco do poder
Que tem.

Ave!
Para que o poder?
Para me manter
Em pé e não
Enlouquecer.
Para acima de tudo
Não desistir.
                              24/02/03.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Corporativismo ?

        Vivemos num mundo onde as pessoas afastam cada vez mais umas das outras .Hoje a lei é eliminar,por todos os meios,os outros, que por serem outros, são necessariamente os inimigos_ os concorrentes _ a abater sem qualquer dó e nenhuma piedade.
                                 Brecht


Os coronéis  das ciências
Rezam a bíblia do "Socialismo"
E pregam
Repregando
Da boca pra fora.
Da boca pra dentro
Vale a velha frase
Tão atual:
"Faça o que digo,
Não faça o que faço."
No belo congresso
Os convidados dizem
Para "ensinar o aluno
a pensar por conta
própria",
No palco principal.
Nos bastidores
Vale a regra :
Graduando não pensa.
Só mestre e doutor
Tem cérebro .
Trabalho de gradua(n)do
É adestrar  o gado
Para votar em
Determinado
Partido Político.

Jogo ao inverso

Ele consola
Com o seu
Canto
Deslumbrante
Quando a
Morte chega.
Sem aviso.
Um golpe
De surpresa
Dado de frente
De quem se
Diz defensora
Das mulheres
E homossexuais .
Por trás das luzes
Uma machona
De dar inveja
A cultura dos machistas.
Golpes da vida?

Mascote

Meu pássaro
Renova
O amanhã.
Sol
No meio da
 Tormenta
Que atormenta.
É o amanhã.
Pequeno?
Meu pássaro
Brilha
O brilho
Do sol.
Solenemente.
                     __/__/__.
                     27/02/03.
                     21/04/03.

domingo, 5 de junho de 2011

Contorcionismo

Amor virou
Peça de retórica
No novelo
Da novela.
Coleira de posse
E propriedade?
Nova forma
De escravidão?
Escravidão
De sentidos
Distorcidos.
Machismo
Camuflado
De feminilidade.
Mulheres acorrentadas
E acorrentantes.

Gestação

De repente tudo
Cinza.
Cinza o dia.
Cinza a vida
Mesmo em flor.
A cinza
Misturada
Na terra:
O ninho
Que gera
O pássaro
Na água
De fogo.
               __/__/__.
               27/02/03.

Réquiem de casal

O mundo regido
Por Tânatos
Esqueceu de Eros,
Porém não
Totalmente.
Mas de repente
Tudo é morte.
Até o mais simples
Ato que
Deveria ser de
Amor.
A violência é
Institucionalizada
Escrita
E não escrita;
Escreve a posse,
A morte,
O ódio.
Mesmo sabendo
Que não existe
Crime perfeito.

Morte

Os túmulos de pedra
Enterrados
Na mente
São tão difíceis
De desenterrar
Quando os jogados
No meio do caminho.
E ainda há os túmulos
Das mentes alheias
Tão preocupados
Em controlar
Os outros e esquecendo
De si mesmos.
Mentes perversas
Amam os túmulos
De pedra
Que cavam
Para enterrar os outros
E esquecem-se do quanto
Enterrados estão,
Fingindo-se de vivos.

sábado, 4 de junho de 2011

Desejo

Quem me dera
Poder voar
Além das nuvens
Como um pássaro.
Poder voar
Sobre os caminhos
Fechados pelos
Túmulos de pedra
Jogados no caminho.
Voar é som.
E sonho?
Um consolo.
Seu canto.

E

E nasce.
Renasce.
Transnasce.
Multinasce.
                02/05/03.
           

F

Fera de fogo ?
Anjo de fogo?
O fogo
Uma certeza.
De múltiplos
Sentidos.
                  __/__/__.
                 04/03/03.
                 21/03/03.

X

Sem xenofobia
Som o "x"
De versus
Que separa
Um lado
E o outro lado
Como opostos.
Opostos de tão
Iguais não
 Sabem se enxergar
De tão distorcidos.
                            04/03/03.

N *

Do nado
Do nada
Nasce ?
Do lago
Profundo:
Nasce.

   *Publicado na antologia Primeira Colheita de Palavras da Lavourartes.

I

Todos ?
Muitos
Vários
Cantam
O pássaro.
E ele recanta
O canto
Que cativa.
O próprio
Canto das
Eras.
Entre as
Linhas
Das partituras
Dura.
Entre histórias
A lenda e os
Temas.
                      24/02/03.
                      21/03/02.

Fênix

Um pássaro
Nascendo
De águas
Profundas.
Difusas.
Escuras.
Onde o ar
Vira fogo.
O fogo
Vira àgua.
E a água
Vira terra
Dança
Da fusão.
Tensão.
Nascimento.
                    24/02/03.
                    04/03/03.
                    21/04/03.

Aviso:

 Tomo posse
De um pássaro
Fênix
Por alguns
Momentos.
Pois preciso
Dele
Embora
Ele  não
Precise
De mim.
Ele é de
Todos.
Impossível
Ser de uma
Só pessoa
Em todos
Os momentos.
Pássaros são
Mais belos
Voando.

Epígrafe geral:

            A verdade é que nunca conheceremos a verdade.
                                    Helena Parente Cunha

Elementos

quinta-feira, 2 de junho de 2011

   
      A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.
                                                                                   Soren Kierkegaard

Multifaces

Como nascem os Anjos
Nascem o homem das Sombras
O Segredo de um segredo
O entardecer de uma Estrela
Retratos de uma vida
Sem destino...
                                   __/__/98.

Renovação VI

Será que
Encontrei
Um anjo?
Um homem
Que diz
Acreditar
Em mim
Sem me
Conhecer
E disse para
Jamais desistir
Dos meus
Sonhos.
Sem dúvida
Um homem
Com uma
Postura diferente.
                          30/04/02.

Sem DNA

Virgindade
Santificada,
Sacralizada,
Feminilizada.
Para ter
Certeza
Se o filho
Era mesmo
Do pai/marido.
Isso antes
De existir
O teste de DNA.        
                          30/04/02.

Pedaços ou Quebra-cabeça

As mulheres
Seres marcados,
Carregam culpas
Colocadas
Nas suas costas
Antes mesmo
De nascer.
Chamadas de
Filhas de Eva
Para  ficarem com
Todas as culpas
Do mundo.
Aclamadas
Pela Igreja
Como seres
Sem alma
No passado
Não muito
Distante:
Queimadas
Como bruxas,
Satanizadas
Como se não
 Fossem seres
Humanos.
Discriminadas
Quando feministas.
Vaiadas quando
Lutadoras.
Algumas aceitaram
As regras do jogo
E calaram,
Outras lutam
Por mudanças
E recebem pedras.
Violentadas
Física e/ou
Moralmente
Há as que
Julgam
Natural
O que não é
Natural:um
Mundo sem amor ao próximo.
                                              30/04/02.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Terrível engano

O santo milagroso
Entre o amor e o
Pecado.
Turbulência e
Tensão.
Aterrisagem
De alto risco.

Revelação XII

Sete minutos
No paraíso
A marca
Da rosa
Mensagem
Para você:
Teu nome é
Mulher.
                   30/04/02.

Renovação V

Anjos das trevas
Guerreiros da
Virtude?
Anjos do ataque,
Depois do choque
Na hora da
Vingança.
Anjos da lei.
                     30/04/02.

Fragmentos de História ou pedaços

A mulher
Foi cortada
Ao meio
Já faz
Muito tempo:
A mulher-anjo
É para casar.
E a mulher-
Demônio
Só para transar.
E por mais
Que se busque
A unidade
Há quem julgue
Que ainda deve
Ser assim.
                  30/04/02.

Revelação XI

O guerreiro
Foi sepultado
No meu
Coração.
Desenterrá-lo
Busco modos.
Foi-me ensinado
O negar
E não o aceitar.
Ser boa
Sem ser
Guerreira
É negar
Uma parte
Da vida.
                   26/04/02.
                   27/04/02.

Renovação IV

Quero ser
Como minhas
Arcanjas.
Ter a capacidade
De fazer
O bem pelos
Outros
Por mais
Desesperadora
Que seja a
Situação.
                    27/04/02.