quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Descoberta XV

Com sede ferrenha
De ver o mundo
Controlado como antigamente,
Com o saudosismo de
Que  tudo era bom
Quando era  antigamente
Os "pastores" com fome
Ferrenha de e por dinheiro
Se agarram a Bíblia
E berram  aos quatro ventos
De modos dierentes
Que a mulher deve
Voltar ao lar e o
Homem voltar
A ser o provedor.
Eles esquecem que hoje
O mundo é outro:
Não estamos no deserto,
O custo de vida não permite
Que só o homem cuide de tudo,
Existe teste de DNA,
Fertilização artifícial, etc.
                                                    29/12/03.
                                                    06/01/04.

Descoberta XIV

Hierarquização em demasia é
Uma praga
Naturalizada e
Enraizada
Nas existências humanas.
Atitudes e pensamentos
Entre outras tantas coisas.
Manifesta-se de tantos
Modos
Os quais estamos
Habituados e ver
Sem se espantar:
Machismo.
Racismo,
Xenofobismo
E tantos outros ismos.
Nos perdemos nos
Ismos?
                                29/12/03.
                                06/01/04.
                                09/09/05.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Hipocrisia X

A lei do mais forte
Não é só escrita,
Mas é ditada
Na mente
Pelas bocas
E pelos atos
Dos outros
Que tudo
Fazem para
Se colocar
No alto de
Um pedestal
E ditar as regras
Do jogo.
Quando acontece
O vira a casaca
Todos se espantam.
Mas é a lei de
Quem sonha
Ser o mais forte.
Se intoxica com
O gosto do poder
E faz como
Os que outrora
Criticava
Para ser
Manter no
 Poder.
                            29/12/03.
                            06/01/04. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

(Re)Voltas no caracol

Quando há interesses
(Egoístas)
Em jogo
Intelectuais se tornam
Ignorantes
(No  pior sentido)
Se fingindo de
Entendidos fomentam
O desentendimento.
Tramam a volta
Em círculos
Com a fala erudita
Que não-diz-tagarelando.
O  nada grande
Eloquente que
Impressiona
Complicando
O vazio.
                                                28/12/03.
                                                29/12/03.
                                                06/01/04.

(Re)Tecer o amanhã

"Domesticados" para ver
Apenas  Um
Como o salvador da Pátria,
Como o escolhido
Que salvará o mundo.
Jesus,Buda, nomes nomeados.
Aprendemos a
Não-ver que
Todos são escolhidos
Quando (se) escolhem
Fazer algo.
Um ser sozinho
Faz um pouco ou algo
Mas todos juntos ou muitos
Podem fazer mais.
Muito mais na pequenez
Por todos.
Mas o senso de coletividade
Foi e é cuidadosamente
"Destruido", distorcido politicamente.
Regra de Maquiavel
Cuidadosamente
Seguida.
                                                            28/12/03.
                                                            06/01/04.
                                                            09/09/05.
                                                           25/09/11.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Descoberta XIII

Matrix/
Metáfora
Sempre existiu.
Aquele mundo
Os mundos
Do aqui e do agora.
De um modo
Que não
Parece ser
Mas é.
Ficciones sobre
O real, sem o
 Quixotesco cômico
Que poucos acitam
Perceber?
                              12/11/03.
                              23/12/03.
                              25/12/03.
                              29/12/03.
                              05/01/04.  

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

De coração*

          Quando baseamos nossas vidas no que os outros esperam,raramente conseguimos ir muito longe.
                                                      Eddie Van Feu

Não diga nunca!
Nem diga não!
São a negação do começo:
Anulação. A morte em
Pensamento do entusiasmo.
Mesmo da gota de
Esperança.
O fim antes mesmo
De começar.
Tem gente além de
Dizer não e nunca
Para si também diz
Para os outros:
Frustrados frustradores
De sonhos alheios.
Não se abater diante
De tanto negativismo
É difícil porém não é
Impossível.
Vencer não é facíl
Mas quando acontece
É maravilhoso!
Fruto de luta, persistência,
Dedicação, paciência ,etc.
Já pensou se Daiane dos Santos
Desistisse se tivesse aceitado
O não e cada não que lhe
Disseram?
Pare de ser aquele
Estraga prazer que só
Sabe dizer:
"Não vai dar certo!"
Você se queima querendo
Queimar os outros.
Maestro do fracasso alheio,
Não se julgue superior por
Não ter feito nada.
Quem ousa ,mesmo sem
Conseguir, sabe até onde
Foi capaz de ir, e depois,
Tentará ir mais além.
Dizer sim é o primeiro
Passo para as  grandes e
Pequenas vitórias da vida.
Depois seja sim.Haja sim.
Para  fazer acontecer.
                                     30/12/03.
                                     31/12/03.
                                     02/01/04.
                                     04/01/04.

*Publicado na Antologia Palavras Para o Coração da Litteris Editora.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Hipocrisia IX

Neste mundo
O qual as aparências
São tudo que importa,
Se preocupar com
O que os outros vão
Dizer é lei:
Para não fugir
A regra geral da
"Normalidade".
O que é este ser normal ?
Ser vegetal!
Não falar.
Não pensar.
Não agir.
Não-ser.
                            19/10/03.
                            20/12/03.
                            23/12/03.

Censura XVI

       As palavras são apenas sombras das coisas; incapazes de dizer o sonho e o silêncio. Podem manifestar somente a ausência de vazio.
                              Bella Jozef

O silêncio esnobe
Esconde o sadismo
De quem se pensa
Superior?
Meramente
Mesquinharia.
Não se salva do
Silêncio eterno
Que sempre chega.
                                    28/09/03.
                                    22/11/03.
                                    23/12/03.

Descoberta XII

A lei do silêncio
É a que mais
Vigora
Em todo lugar.
Para as mais
Diversas situações.
Consagra e ratifica
A lei do mais "forte".
A lei do silêncio
Ajuda a "civilização"
A ter uma visão
Elevada de si
Mesma e a
Esquecer
Dos podres
Que semea.
                       07/10/03.
                       23/12/03.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Descoberta XI

Desde os tempos
De Cervantes
(Ou até antes?)
A realidade
É uma ilusão
Cuidadosamente
Construída
Para ser
O que não é.
A ilusão vira
Realidade
Para não mais
Se separar.
O não-ser
Vira ser de
Valores arcaicos.
                             06/10/03.
                             23/12/03.

Descoberta X

Imagens são
Construídas sobre
A realidade.
E a realidade
Cada vez mais
Virtual
Sem virtude.
                        05/10/03.
                       23/12/03.

Hipocrisia VIII

Quem muito se preocupa
Com o que os(as)  outros(as)
Vão dizer
Esquece de viver
A própria vida.
Como quem diz demais
Da vida alheia
Também esquece
Da própria vida
Para viver a vida alheia.
Todos acabam vegetando
Em função dos(as) outros(as)
Definhando dentro de
Si mesmos(as).
                                            01/10/03.
                                            23/12/03.
                                            09/09/05.

Censura XV

A gente cresce
Cercado(a) de verdades
Que nem sabe
De onde vêm.
E de tanto marteladas
Acaba
Acreditando sem
Questionar.
Depois de crescido(a)
Aprende que
As verdades passadas
Eram mentiras
Bem contadas.
Oficializadas.
Mas de tão marteladas
É difícil se livrar
Delas.
                                        01/10/03.
                                        23/12/03.

sábado, 17 de setembro de 2011

Quimeras V

Nos perdemos em ficções
E, ás vezes, não nos
Encontramos.
Pois os caminhos
Foram embaralhados
Para o não,o
Nada ou o caminho
Do caminho.
Que só leva a
Outro caminho.
Lábia.
Lábio labirinto.
                             01/10/03.
                             23/12/03.
                             09/09/05.

Quimeras IV

           É...verdade que muitas crenças falsas são úteis, no sentido de que conhecer a verdade pode ser nocivo.
                                                            Alain Boyer


A realidade
É também uma ficção
Perdida e encontrada
Entre ficções.
Tantas outras
Ficções
Que são e não são
Daqui.
São de alguns lugares
Pra lá
Que vem
Pra cá.
E se incorporaram
As ficções de cá
Como se  sempre
Fossem daqui.
                                01/10/03.
                                12/01/04.
                                09/09/05.

Hipocrisia VII

O silêncio esconde.
A fala revela e/ou não
Os segredos.
O segredo de família,
Da escola, do Estado, etc.
Tantos "segredos"!
Para que tanto
Segredos?
O isolamento
Faz perder
A noção do Real
(Outras realidades):
Herança de valores
Distorcidos,
Retorcidos ou
Contorcidos.
Mentiras que
Viram verdade
Depois de mil
Vezes repetidas?
                               27/09/03.
                               23/12/03.
                               09/09/05.

Descoberta IX

       A vida é uma comédia para os que pensam e uma tragédia para os que a sentem.
                                                         Horace Walpole


A violência
Das palavras
Marca a alma
Como ferro
Em brasa.
Para sempre
Marca
Invisível que
Fica para
Sempre
Feri(n)do.
                    22/09/03.
                    23/09/03.

Hipocrisia VI

        A verdade machuca; não quando a gente procura, mas quando se foge dela.
                                             Jhon Eylerg


Com brutas
Palavras de
"Incentivo"
O  adulto mata a
Alma da criança.
Esperando que
Nasça um
Gênio.
A violência
 Faz nascer
Uma vítima
Sem auto-estima
Que se auto-destroe
E deseja no fundo
Destruir os outros.

Descoberta VIII

Ideologia(s).
Não morreu.
É palavra viva
Que persiste e
Humanamente
Está bem  viva.
Camuflada ou não.
Ideologias-humanas
Em um mundo/mundos
Fragmentado/s.
A História não
Morreu, mas
Há quem queira
Enterrá-la viva.
Agora é melhor
Dizer Histórias.
Tudo nesses
Tempos é
Plural.
                              22/09/03.
                              23/12/03.
                 

Descoberta VII

Você se perde
Na boca
Da boca da
Noite (ou
Até do dia).
Acha que
Encontrará
Soluções e
Acaba encontrando
Problemas
E mais problemas.
Na boca de fumo
Não há amigos.
Só há escravidão
Por fumo ou injeção.
E lentamente
Se despede da vida
Destruindo a vida dos
Outros também
Nos círculos
Viciosos.
                       29/09/03.
                       23/12/03.

Esperança II

        A distância é como o vento.Ascende  os fogos grandes e apaga os pequenos.
                                                   D. Modugno


Apesar de seu
Coração marear
Cinzento
O sol sorri.
A lua também
Sorri.
Um  e o outro sorriso
Podem
Ser pra você.
Se olhar.
Se estiver disposto
A ver que
Apesar de tudo
Existe amanhã.
Depois de uma
Decepção
O melhor é
Pensar que
Existe amanhã
Para recomeçar.
                           19/09/03.
                           23/12/03.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Hipocrisia V

Falar
Sem conhecer
É um hábito/erro
Que se
Comete
Cotidianamente
E sem conhecer
Cometemos
Grandes e pequenos erros
Enquanto e como
Pessoas e
Como cidadãos.
Pre´-concebe
O que não quer
Conhecer ou
Não conhece.
Ouve outros
Dizerem e
Não verifica
Nem pensa sobre,
Simplesmente repete
Como papagaio.
                               20/09/03.
                               23/12/03.
                               09/09/05.
                         

Descoberta V

          A verdadeira obra de arte é a que nós faz experimentar sentimentos novos, antes desconhecidos.
                                                                      Leon Tosltoi


Numa corrente
Coletiva de
Desejo
De  mergulhar
No novo nirvana
Muitos (re)vão
Ao cinema
Ver o mito moderno.
Vivenciá-lo
Enquanto
Assistem
O filme
Que se torna ou é mais
Que um filme.
                                     18/09/03.
                                     23/12/03.
                                     09/09/05.





Descoberta VI

Todos vivemos
Entre-mitos.
Num mundo
Cercado de
Mitos:
Clássicos,
Religiosos,
Modernos,
Instantâneos ,
Perpétuos,
Escondidos,
Camuflados,
Contemporâneos  .
Conosco e
Parte de nós.
Com outros
E entre outros.
São eternos.(?)
                              15/09/03.
                              23/12/03.

Hipocrisia IV

           Os preconceitos são como pregos.Quanto mais batidos,mais se fixam.
                                           Alexandre Dumas


Um grande
Problema
Dos brasileiros
É falar demais
Dos outros países
Sem conhecer
A realidade
Dos outros países.
Assim aprendemos
A idolatrar
Sem conhecer
Os de lá.
E sem conhecer
Também se aprende
A odiar os povos
Que a direita do
Norte
Chama de seus
Inimigos.
                              08/09/03.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Esperança com ação

O que faz
De uma
Missão
Impossível
Ser impossível
É acreditar
Que ela é realmente
Impossível
Sem ao menos
Tentar para
Ver até onde
É capaz de
Ir.
                                08/09/03.
                                22/12/03.
                                09/09/05.

Censura XIV

A palavra
Domada
Vira reprise
Do que já
Foi dito/ditado:
Consagrado
Como o correto
Nem sempre
Tão certo assim.
                            07/09/03.
                            19/04/05.

Hipocrisia IV

A eloquência
Do intelectual
Esconde e revela
Num diz
Não dizendo
A sua opinião.
O eco das outras opiniões
Camufla
O próprio preconceito...
Que pode fazer
Eco ou não
Com o preconceito
Dos outros intelectuais.
                                          03/09/03.
                                          22/12/03.
                                          26/01/04.
                                          09/09/05.

Hipocrisia III

A palavra que
Cria barreiras:
Levanta mur(r)os,
Abre abismos.
Decora a torre
De marfim, revela
Torre de Babel
De uma língua
Só: discriminação.
Transforma
As diferenças
Em defeitos.
Transforma
Os outros em
Monstros.
E define quem
Perde e ganha.
                            07/09/03.
                            09/09/05.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Censura XIII

O senso comum
Tem a força
De limitar.
O pensamento.
Que limita
A ação e
Qualquer
Reação.
Molda
E também
É moldado
Em nome
Das formas
De controle.
                     09/09/05.

Censura XII

O controle.
Através
Do não ver
E  do não
Deixar que
Os outros vejam.
As mentes são
Tão facilmente
Influenciadas
Pela subversividade?
O não-vez
Estabelece o que
Deve ser visto,
Mas não "esquece"
Que no lado
Secreto de cada
Olho há um
Vulcão adormecido
Esperando o momento
Da explosão
Vendo ou não vendo
O que foi vedado.
                                01/09/03.

Censura XI

 A arte pela arte.
É a palavra
Pela palavra.
A palavra amassada!
A palavra que
Não menciona?
A mãe muçulmana
Que chora pelo
Filho perdido.
Nem a arrogância
Dos que se
Acham os donos
Do mundo.
Nem a falta
De comida
Para quem
Não pode
Comprar.
Nem a falta
De remédios
Para quem
Não tem grana
E morre num
Leito improvisado.
A palavra com
Nariz empinado
E não vê
Quem está por
Baixo.
Embala a cisma
De cima
Vazio e futilidades.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Censura X

A palavra
Criada
Cria o abismo
Entre o
Parecer e
O ser ?
A censura
Mata os
 Sentidos
Que não são
Permitidos.
Por poderem
Fazer despertar
As consciências
Adormecidas ?
                             01/07/03.
                             31/08/03.
                             22/12/03.

Censura IX

Virtual
Sem virtude
Um tudo
Visto sem ver ?
Ver ou não ver:
A questão.
Sem virtude
O virtual vira
Crime?
O crime do ignorar
O que está
Diante dos seus olhos,
Mas não quer ver.
Quando o virtual
Se virtua
Ainda não querendo
Ver
Se assusta e pergunta:
A realidade é assim
Mesmo?
                                   29/08/03.
                                   22/12/03.

Quimera

O mundo real
Construído
De palavras
Virtuais
Sem virtude.
O tirano diz
Que vai salvar
O mundo
Quando quer
É controlar.
Salvar é uma
Palavra nobre,
Bonita, virtuosa.
Porém carregada
De segundas e terceiras
Intenções
Vira outra
Palavra...

Censura VIII

Matrix existirá?
Como metáfora
Sempre existiu.
O velho/novo
Problema do
Controle com
Roupagem diferente.
O velho/novo
Problema para
O controlador
De como a
Rebeldia se
Manifesta e
Como deve ser
Eliminada...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quimeras III

A TV criou a ilusão
Que todo Mundo
Fala inglês (?)
Mas não é
Assim.
O soldado norte-americano
Grita em inglês
Para o arabé
Que deveria saber inglês.
O arabé não
Entende e foge.
O soldado atira
E mata quem
Ele não entende
E quem não entende
Sua língua.
                                    27/08/03.
                                    22/12/03.

Quimeras II

Nascemos
Mergulhados
No mundo das palavras:
Em ideologias,
Re-ideologias,
Contra-ideologias,etc.
Ficamos perdidos
No real
Que também
É chamado
De não-real.
Ou realidade em crise.
Quem entra
Em crise
No fim das contas,
São as pessoas.
                                   29/08/03.
                                   22/12/03.

Quimeras

O que mais
Conheço são
Socialista de direita.
O falar de socialismo
E agir sem-socialismo.
O que deu
Um nó na
Cabeça, pois
No falar é uma
Coisa
E no fazer é
Outra coisa
Bem diferente.
Máscaras cairam na  atualidade
E o socialismo
De direita revelou-se
Mais de direita do que
A direita: decepção, crise,
Mensalão, mensalinho, etc.
                                              27/08/__.
                                              22/12/03.
                                              09/09/05.

Emparedados II

A metalinguagem
Que fala da
Metalinguagem
Não se perde
Na metalinguagem?
Me faz perder
Na selva dos
Signos encaracolados.
E me pergunto
Se o sentido dos
Poemas é se perderem
Na volta do escorpião
Encalacrado?
A rebeldia contra
As massas se volta
Em si mesma
Perdendo sentido?
                                   27/08/03.
                                   22/12/03.

domingo, 11 de setembro de 2011

Virtual ?

Com a palavra
Realidades Artificiais
São construídas.
De tão
Naturalizadas
Encorporam
Ao real.
Com as  palavras
Edificam-se
Mitos e religiões,
Ciências e políticas,
Utopias e ideologias,
Contra-ideologias, etc
A palavra
Como a massa
Pode ser
Manipulada e
Moldada
Para diferentes
Fins que não justificam os meios.
Qualquer forma e fôrma.
                                                        27/08/03.
                                                        22/12/03.

Hipocrisia II

O que é  falado
Existe.
O que  não é
Falado
Existe,
Como se
Não existisse.
Como se
Uma borracha
Fosse passada
E apaga
Uma parte
Da realidade.
Real pela
Metade.
               26/08/03.
               22/12/03.

Censura VII

O silêncio
Esconde
O que deveria
Ser dito,
Mas não é.
O silêncio
Esconde
A mensagem
Cifrada,
Que poucos
Ousam
Decifrar.
O silêncio
Sela
Segredos.
Degredos.
                     26/08/03.
                     22/12/03.
                    09/09/05.

Censura VI

Vozes violadas
Pelas vozes
Violantes,
Vigilantes,
Violentas.
Violam
A comunicação.
De quê?
Ideias contra
A corrente
Geral.
Ver fatias de fatos.
Sem reflexão.

Hipocrisia

Diante dos
Padres pedófilos
Silêncio e cobertura.
Diante do
"Casamento"
Entre pessoas
Do mesmo sexo
Reprovação.
Quem pensam
Que são ?
                        __/__/__.
                        22/12/03.

Censura III

Creio em Deus.
Não mais
Nos homens
Que dizem
Dizer
Por Deus.
Nunca mais!
Embora não
Diga na cara.
Pois é falta de
Educação
Dizer o que
Pensa.
Para não acabar na  fogueira?
Mas a hipocrisia
Rege a palavra
E as atitudes
Escritas
Por homens.
                                           25/08/__.
                                           22/12/03.
                                           23/01/04.

Censura II

As vozes
Veladas
Revelam
O que não
Deveria
Ser revelado:
Desconstrução
Das fronteiras
Artificiais.
                            24/08/__.
                            22/12/03.

Sintonia

A chama
Que me
Chama
Também
Te chama.
É chama
Que chama
Amor.
Eu te chamo.
Você me chama.
E a chama
Inflama.
Pois somos
Como a chama...
Nova fé
Tão antiga
Redescoberta
Como nova.
                      12/08/03.
                      22/12/03.
                      09/09/05.

                   

Descoberta III

A voz do povo
Não é a voz
De Deus.
Mas é uma
Voz:
Levada e
Levando,
Dissonante ou
Uniformizada
Á força
Por quem
Se julga
Deus.
                             22/08/__.
                            22/12/03.

Modos metamorfoseados

Não é mais
Tão preciso
Ser virgem
Para ter
Lábio de mel.
Não é preciso
Mais  ter olhos
De cigana
Para ser um
Mistério.
Nem do dote
Para comprar
Um marido.
Nem se vestir
De homem
Para comandar
Exercitos.
                          12/08/03.
                          23/01/04.
                          09/09/05.      

sábado, 10 de setembro de 2011

Descoberta II

Com a palavra
Castelos de areia
São levantados
Solidificados.
O irreal
Transforma-se
Em real.
Virtualidades
Em fragmentos
De realidade.
                              22/12/03.
                              09/09/05.

Descoberta

Com a palavra
Constroe.
Com a palavra
Também destroe.
Alguém ou
Algo.
Pela palavra
Mata
Pela palavra
Se mata.
                       30/07/03.
                       22/12/03.

Vampirismo II

A boca que
Oferece
Uns beijos
Ás vezes,
Oferece
Também a alma?
Sugada como
Seiva.
A alma seca
Morre.
Se tanto
Dela for
Exigido.
                        24/07/03.
                        22/12/03.

Vampirismo

A boca que
Compra uns
Beijos
Alimenta
A própria
Ilusão de
Poder:
Amor que
Dinheiro
Compra...
Se tudo
Compra...
Por que não
Comprou
A felicidade ?
                           24/07/03.
                           22/12/03.
                           23/01/04.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Brincando de "bonecas"

A boca se fecha
Diante do ato
Consumado:
pego com travesti.
A vítima  que
Queria ser algoz
E brincar
Com a boneca
Agoniza de medo:
taras descobertas.
Se revelar o delito
(foi roubado)
Do/a outro/a
Também revela
O próprio segredo:
Lugar errado na hora errado.
De tão terrível
É melhor se calar ?
                                             18/07/03.
                                             22/12/03.
                                             09/09/05.

A(tad)to

A boca que
Morde a maçã
Mordeu a carne
Como um
Beijo de vampiro.
Será que a
Maçã mordida
No paraíso encontrado
Realmente
Foi mordida
No paraíso perdido.
                                       18/07/03.
                                       22/12/03.
                                       09/09/05.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mo(vi)mentos

Beijos
Elo.
Amor
Selado?
A ternura
Num ato:
Laço.
                  16/07/03.
                  22/12/03.
                  09/09/05.

Debate ?

O malabarismo verbal
É feito para derrubar
Quem falou.
O outro. O inimigo.
Quando quem
Faz a pergunta acha
Que saber mais.
Quem sabe mais?
Quem  recebe a
Pergunta e não responde
É considerado sinal
De não saber.
Ninguém tem todas
As respostas.
Mas há quem ache
Que deve ter.
                                                            15/07/03.
                                                            22/12/03.

Fantasia ou auto-amor

O beijo no
Espelho.
Outra boca
Que é a
Mesma
Não sendo.
Os lábios
Outros
Que são
Reflexo.
Um beijo
Narcisico?
                     13/07/03.
                     22/12/03.
                     09/09/05.

Censura

As bocas que
Clamam e
Reclamam
Por justiça
São silenciadas
Por balas
Nada perdidas.
E a fragilidade
Da própria
Justiça:
Injusta!
                          27/05/03.
                          22/12/03.
                          23/01/04.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Flashes

O país dos banguelas
Por causa das bocas
Sem dentes
Nos estádios de
Futebol.
Abertas mostram
A miséria e a
Alegria.
Cuidar dos dentes
Custa caro.
O salário
Mínimo
Não dá nem
Para as mínimas
Necessidades.
Então tratar
Os dentes vira
Luxo.
E o luxo
É coisa distante para
A maioria dos
Cidadãos.
                               
                                26/05/03.
                               22/12/03.
                               09/09/05.

Emparedados

Farpados
Arames eletrocutados
Abraçam o céu.
E as caveiras
Sorriem sinistras.
Como se fosse
Normal.
Normal dizer
Não se
Aproxime:
Te odeio sem
Ao menos
Te conhecer.
                          22/05/03.
                         25/05/03.

Nirvana

Minha
Boca
Na sua
Boca
Ou vice-
Versa...
                    26/05/03.
                    22/12/03.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Como faca afiada

Ás vezes bate
Aquela vontade
De arrancar
As línguas
Das bocas
Que só
Sabem
Envenenar
Contra quem
Nunca
Lhes fez
Nenhum mal.
                         15/07/03.
                         22/12/03.

Fofoqueiras

As bocas
Á toa
Falam
Demais
Por demais
Da vida
Alheia e
Esquecem
De viver
As próprias
Vidas.
Esporte favorito
Das que não
Tem o que fazer.
Além de fazer
Mal e mau.
                             21/05/03.
                             22/12/03.
                             09/09/05.

Vampiro ?

      (...)levou-me a uma constatação tão terrível: que o homem não é , na verdade um só; mas, de fato,dois.
       Essa criatura familiar, que eu fazia brotar de minha alma para viver o prazer, era visceralmente maligna e vil.
                                                                 Robert Louis Stevenson 




O gosto rubro e doce
Na boca...
O beijo profundo
No delírio apaixonado.
Uma noite apenas
Mas a grande noite
Do despertar ou do fim
De tudo?
Desejos explodem
Ao sabor
De cada toque...
Uma noite apenas,
Mas á noite!
Que visão
Mudou de ângulo?
                                    __/__/1997.
                                    15/02/2003.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cena insólita ?

Note á noite
Escura e fechada!
Algo parece
Que vai
Emergir
Do âmago
Das trevas...
Um vulto
Caminha
Tranquilamente
Como se caminhasse
Ao lado de uma
Amante (ou
Vítima?)
Seu sorriso
Aberto é a
Única coisa
Nitidamente
Visível...
Se é mesmo
Um sorriso...
                       1997.
       Essa é uma ideia ("sociedade do espetáculo") corrompida e corrompedora.É  algo em que somente uma pessoa que  vive amparada por todas as benesses  da vida moderna pode pensar.Mas nós que vivemos amparados por essas benesses,somos uma ínfima parcela da população mundial.Pessoas que não têm geladeira em casa não pensam que realidade é um espetáculo, e muito menos que a não existe.E a guerra, sobretudo, não é espetáculo.(...) Só pessoas que nunca ouviram um tiro, e que veem a guerra de sua  sala de visitas, podem criar uma teoria tão fátua.
                                        Susan Stong(entrevista:Veja,27/08/03).
     
     Palavras podem mudar bastante, ao contrário dos atos.
                                     J.W. Goethe
   
     Toda censura existe para impedir que alguém possa questionar os conceitos e as instituições do momento.
                                                                                Bernard Shaw

Falas e bocas: palavras

                                                                                           
                                                                                                                              __/__/__.
                                                                                                                               09/09/05.

sábado, 3 de setembro de 2011


Conflito II

Como Iago
Sendo ou não sendo
Bento Santiago
Ego de Otelo
É elo
Entre o seu real
E a sua neurose.
Que seu olhar
Nos guia
Sem volta.
Capitu é ou
Não é Desdemona?
É  e não é?
Cem anos
De mistério
Hoje e sempre?
                            11/11/02.

Enigma XV

Olhos do Minotauro:
Labirinto.
Segredos das
Perversidades
Que sacrífica
A inocência
Dos outros
Que não
Tem nada
Haver com
A história.
                      __/11/02.
                     07/11/02.
                     11/11/02.


Surreal IX

Sobrenatural.
Benção ou
Maldição?
Aquele que
Não tem
Olhos

Aquilo
Que os que
Tem olhos
Não sabem
Ver.
                        07/11/02.
                        11/11/02.

Enigma XVI

O olhar da Esfinge
Trans-finge ou
Restringe a dúvida?
Mistérios
Do dito sem dizer.
Nem por isso
Diante do olhar
Ou por isso
Diante do olhar?
                           01/11/02.
                           11/11/02.

Suicídio III

Medusa
Vista
Sem espelho.

Enigma XIII

A coruja
O mistério do dia
A sabedoria da noite
Em olhos
Que escondem
Segredos ?
                            01/11/02.

Complexo de inferioridade

Nos vemos
Com o olhos
Que os outros
Nos deram
Para nos
Ver.
E não sabemos
Mais nos ver
Com nossos
Próprios olhos.
Dizemos com
Olhos-outros,
Olhos-de-fora,
O que (não) pensamos
De nos mesmos
Com desprezo.
Sem sabermos mais
Nos ver por nós
Mesmos
(Des)Construímos
Nossa identidade
Sem entendimento
Interno.
                                01/11/02.
                                04/11/02.
                                13/02/11.

Surreal VIII

Vendo através
Dos olhos
Que desejam
Vingança
O cavaleiro
Sem cabeça
Age sem
Ver.
Se visse
Agiria
Também
Por gostar
Do que faz.
                        01/11/02.

Suícidio II

Olhos de Ícaro:
O mundo
Que cai.

As asas
Sem o condor:
Apenas sonho.

Desfolhadas
Penas como
Dentes-de-leão.
                                __/__/02.
                                11/11/02.
                                05/02/05.  

Suícidio *

Um mergulho
Nos olhos de
Narciso.
                 31/10/02.

*Poema classificado no concurso Talentos de Um Novo Tempo da Editora Litteris.

Ponte XII

Eros viu
Psique
Mas não
Quis ser
Visto.
Ela amou
Entre trevas
Sem saber
A quem
Amava.
E na luz
Perdeu-o
Para depois
Reencontrá-lo.
                            01/11/02.
                            11/11/02.

Imagem

Imã
Miragem.
Manipulação.
                        22/09/02.
                        24/09/03.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Na frente do tempo

Olhos que veem
Além do alcance
Do seu tempo
Sofrem
Com a cegueira
Dos outros que
Além de não saberem,
Não quererem saber
Zombam por se
Julgarem melhores
Quando na verdade
São piores
Perdidos em sua
Cegueira.

Surreal VII

Olhos abrem-se
No céu vermelho.
Uma bailarina
Dança no alto
Da torre.
De repente
Nuvens
Negras e rosas
Surgem
Cavalgando.
Vozes de cristal
Unem-se aos olhos.
Um mergulho
No abismo.

Mobilidade

Tem olheiros
Do grande irmão
Por aí.
Em busca
De novos personagens
Da "novela"
Da vida "real".

Surreal V

       Num tempo de trevas o olho começa a enxergar.
                                            Roethke


Em nome da
Segurança:
Olhos eletrônicos
Nas lojas, casas, bancos,ruas e
No céu.
Em nome do
Voyerismo e
Exibicionismo:
Olhos eletrônicos
Para bisbilhotar
Os anônimos e os famosos
Em caixas lacradas.
Em nome da lei:
Escutas eletrônicas
Para descobrir a
Superioridade
Bélico-militar
Dos bandidos.
Em nome da idiotização
Do povo:
Atenção dobrada e
Redobrada na vida
Dos artistas.

Sala de aula

Crianças matam
Outras crianças
Que não são
Inimigas,
Mas agem como
Fossem.
Vemos sem saber
O que dizer,
O que fazer
Para acabar.
O mito da bondade
Infantil
Arranhado.
O pacto civilizatório
Esfacelando,
Esfacelado.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Musas?

Mulheres
Sem carne e osso
Despertam
Paixões
Por serem
Belas não-reais.
O que está
Acontecendo:
Invasão virtual,
Nova/velha
Febre da moda?
Mulheres imagem.
Neo-musas.
Imagem.
Apenas imagens
Idealizadas.
                             10/10/02
                             11/02/11.

Bonecos(as) eletrônicos(as)

Os olhos do grande irmão
Mania nacional e
Internacional.
Closes em
Peitos e bundas.
O resto do corpo:
Mero enfeite.
Põe pimenta nas
Brigas e romances
Descobre segredos e
Manias
Lança moda e
Gírias.
                                  10/10/02.
                                  11/02/11.

Fetiche II

Que tem na TV
Depois da
Mulher-cerveja
Ou cerveja-mulher?
Apareceram
A mulher-desodorante,
A mulher-tinta,
A mulher-internet,etc.
Objetos de consumo
Masculino.
Mulheres-objeto
Ou objeto-mulheres,ou
Menos do que objetos?
Imagem-objeto?
Imagem de objeto?
                                     08/10/02.
                                     10/02/11.
                                     11/02/11.