terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ab-ismos

Entre o pensamento
E a ação
Abismos.
Grandes e pequenos
Abismos.
Geradores de
Eixos paradoxais.
Entre abismos
De segredos
Desnecessários.
O a , b dos
Ismos.
                           __/__/09.
                           10/10/09.
                           11/10/09.
         
              Acredito que somente uma pessoa que nada aprendeu não  modifica suas opiniões.
                                                                    Emil Zatopec 

Abismos


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Lara

Garota virtual
Fera e bela.
Aventureira.
Os homens
Sonham
Com ela.
A pedem
Casamento.
Mas se ela
Fosse real,
Teriam
Coragem?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sem caminho ?

Odeio as línguas das mulheres
Que acham que  o único problema
De mulher é só falta
De homem.Qual tipo:
Real ou fantasia(do) ?
A vida reduzida aos
Desejos das outras  que
Gostam de ser escravas
De relações falidas(?).
Odeio ser dependente...
Embora seja.
Afinal, ser mulher
Ainda é não-ser
Dona de si mesma.
Odeio as prisões
Com e sem muros.
As sem muros são as mais
Difíceis de superar
Pois é plantada dentro
Das cabeças das gentes.
                                         28/08/05.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Corporativismo nem sempre sutil

Os medidores dos filmes
De ação são dois pesos
Para duas medidas:
Os filmes variam entre
Ótimos a bons quando
O protagonista é ele,
De bons a pessímos
Quando é protagonista
Mulher. Os críticos por
Sua vez massacram
Pelo prazer de massacrar.
As belas curvas são
Elogiadas e só.
Se a heroína é coadjuvante
Tão ou mais ativa do que
O herói, este é massacrado
E ela é elogiada com
Um certo resentimento
Ou há  a tentativa de minimizar
A importância  da personagem
Dentro da trama desviando a
Atenção para outro
Aspecto pouco percebido
Na trama  ou o corpo dela ou
Simplesmente despejam
A raiva raramente
Sem máscara pelos
Que acham que mulher
De verdade é Amélia.
A desgraça do fantasma
Da Amélia se faz
Presente de muitos
Modos.
                             28/08/05.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ignorâncialienada

Paradoxo mais do que
Contratório : o medo
Dos clones!
O medo do ser humano
Criado em laboratório
Muitos com a mesma
Cara e o mesmo corpo:
Escravos,repositores de orgãos,
Assassinos programados,etc.
A ficção científica já os apresentou
Nos diferentes tipos e funções.
Mas não causa medo
As tentativas de colocar
Todas as pessoas na
Mesma forma , seja
Física ou mental.
Na mesma burca ao
Avesso, a aceita ditadura da beleza,
Clones das super-modelos.
Clones do último regime
Milagroso da semana passada.
E  a cada passo
Um passo para ser
A cópia da (a)normalidade
De cima para baixo.
Sempre de cima para
Baixo
E os de baixo dizem
Amém: todos da pirâmide.
Da ponta até a base.
A ponta afiada fia
As regras.(Quem?)
Uma entre as
Formas de uniformidade
De tudo e todos.
                                          28/08/05.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Provocações padronizadas

As mulheres clamam
E reclamam que todos
Os homens são iguais
Sem ao menos
Conhecer todos os homens.
É os homens também
Conhecem poucas mulheres
E por causa de atos das
Poucas mulheres também
Clamam e reclamam
Que todas as mulheres
São iguais.
Sempre no momento
Da decepção , da raiva,
De tantas coisas que
Aconteceram
A frase é citada como
Um mantra.
Mantra que amplia
O abismo e impossibilita
O diálogo.Cada pessoa é
Uma pessoa diferente
Das outras ou deveria ser.
                                            27/08/05

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ecos das resistências

O mundo são mundos
Plurais,dinâmicos e
Complexos,macro ,micros,
Que uns espertalhões (Quem?)
Querem que seja apenas
Binário e paralisado.
Multicosmos na pérola azul -
Transparente.
Alguns mundos lutando
Para sobreviver,
Outros enterrados lutando
Para renascer.
Aprende-se a simplificar
O complicado e a
Complicar o que é simples:
Plena falta de sintonia,
Sinfônia do caos.
Violência, distorção do poder,
Distorcidas atuações de poder.

                                                    25/08/05.
                                                    26/08/05.
                                                    27/08/05.




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Re-presentação da re-visão-vista(s)

       A convicção de que há só  uma verdade, e que a si  mesmo está em posse dela, é a  raiz de todo o mal no mundo.
         Max Born 


Chamar uma mulher
De bruxa era um elogio
Que os cristãos transformaram
Em ofensa.
Aos poucos o sentido positivo
Esta sendo recuperado,
Por ser facíl , até certo ponto,
Destruir.
Difícil mesmo é reconstruir.
A suprema arrogância
Dos que querem que uma só
Religião seja a única religião
No mundo-plural-das-religiões.
Cometeram o erro da visão
Estreita demais.
A chama da religião adormecida
Desperta e chama adeptos, filhas(os),
Simpatizantes , estudiosos,etc
Que buscam encontrar
Oque foi perdido.
Distorcida a imagem da bruxa
Virou  a parceira do Diabo,
Arquétipo da mulher má
Das histórias fantasticas, lendas,
Dos contos de fadas.
Lados de mesma moeda:
A bruxa poderosamente má
E a fada poderosamente boa.
As prisões sem muros
Das imagens
Tão presas aos maniqueismos
Simplistas: as predem em dois
Extremos.
Chamar de bruxa
Ainda é  ofensa,mas
Que pode ser encarado
Como elogio.
Depende do referencial.
                                             25/08/05.
                                             26/08/05.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Zênite

Não consegui livrar-me
Desta sensação de ter sido
Enterrada viva
Com asas quebradas.
Tantas outras asas quebradas,
Que não veem a si mesmas como são,
Me enterraram  viva.
Vivo sem saber exatamente
O motivo que motiva
As violências de cada dia.
Percebo o verbo violado,
Os valores virados,
A sutileza não tão sutil
Do ódio civilizado:
O gozo sádico.
Meus poucos sonhos
Assassinados por quem
Goza a ilusão de poder.
Poder de ser deus-destruidor(a)
Enquanto mata com o verbo
Com a pedagogia do medo e
Manutenção da hierarquia.
                                                   24/08/05.
                                                   25/08/05.



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Quem tem medo das "amazonas"?

Na prisão sem muros,
A mente,
Aves com as asas cortadas
Que fazem questão
De cortar as asas
Das aves recém-nascidas .
Nada mais irritante
Do que saber que
Outras podem ir além
Do limite estabelecido.
Anjas sem asas
Afiam as garras
Para seguir em frente.
Assustadoramente
Rompendo a prisão
E pagando o preço.
As que cortam as asas
Não perdoam  e
Difamam quem quer
Ir além.
O além mete medo
Por ser o desconhecido
Que nunca ousariam enfrentar.
                                                 24/08/05.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Atingir o ego

Assédio moral
É a violência que faz
A alma sangrar.
Como não sai
Sangue do corpo
Há quem ache que
Não é violência.
Encobre-se o crime
Chamando de
Psicologia reversa:
Ofender esperando que
A ofensa  faça o(a) ofendido(a)
Reagir de maneira
Corajosa.
Matar as almas dos outros:
Para sentir-se superior.
Quanto menos oponentes
Melhor para abocanhar
Qualquer prêmio
Sozinho(a).
Assédio moral
É cuidadosamente
Utilizado por mulher
Que gosta de destruir
Outras mulheres e
Ás vezes, escancaradamente
Utilizado.
Um prazer mórbido
De violentar
Usando as palavras.
Palavras que matam
Almas desprotegidas,
Despreparadas e/ou desavisadas.
Os homens usam-o
O tempo todo
Aleatoriamente  aos berros
Como auto-afirmação,
Prova de masculinidade.
E esquisita-controversa forma de
Carinho com aqueles que
Chama de amigos,
Principalmente para
Detonar os inimigos,
Quem elege como inimigo,
Quem não gosta, etc.
                                              24/08/05.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Fatos en-capados

            Casar não é fundamental; Amar é fundamental.
                             Mariana Holitz


Felicidade no casamento(?)
Uma frase paradoxal,
Contraditória , virtual
No mundo real tão
Infeliz. Tão agressivo.
O ódio parece parente-
Sentimento
Que une mais forte
Do que o moribundo
Amor. Cadê o amor?
Casais unem para
Se matarem do
Lentamente ao rapidamente.
Violência doméstica
Não aumentou
Apenas saiu do espaço
Privado
Para o domínio público.
Aterrorizante por mostrar
Que as sagradas famílias
Não são tão sagradas e
Nem tão famílias assim.
Quanto a antigamente?
Silêncio de chumbo sobre
Tudo que não convinha.
Imagem arranhada
Que perturba
Quem deveria pensar
Que a felicidade suprema
É o casamento.
                                  23/08/05.
                                  24/08/05.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Tenta(n)do passar a borracha

08 de março.
Dia Internacional da Mulher.
Aniversário de assassinatos.
"Caça as bruxas" na
Era  industrial.
Demonstrou-se que a violência
Ainda é  a arma usada
Por quens se sentem
Ameaçados. Ameaçados?
O silêncio  das mortas
Conta a História
Que ainda tentam silenciar.
Todos e todas tão presos
No jogo da hierarquia e morte
Que não aceitaram novas regras.
Regras que não sufocam todos
Os lados da moeda.
                                         22/08/05.
                                         23/08/05.
                                         24/08/05.