quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Zênite

Não consegui livrar-me
Desta sensação de ter sido
Enterrada viva
Com asas quebradas.
Tantas outras asas quebradas,
Que não veem a si mesmas como são,
Me enterraram  viva.
Vivo sem saber exatamente
O motivo que motiva
As violências de cada dia.
Percebo o verbo violado,
Os valores virados,
A sutileza não tão sutil
Do ódio civilizado:
O gozo sádico.
Meus poucos sonhos
Assassinados por quem
Goza a ilusão de poder.
Poder de ser deus-destruidor(a)
Enquanto mata com o verbo
Com a pedagogia do medo e
Manutenção da hierarquia.
                                                   24/08/05.
                                                   25/08/05.



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