14. Para ser crime depende de um conjunto de intenções
O ignorante afirma, o sábio duvida, o
sensato reflete.
Aristóteles
Postura,atitude ,tom de voz,intenção de
comunicação.A lei antirracismo causou
confusão na cabeça das pessoas na
questão se podia chamar ou não a pessoa
de negro(a) e quando pode ser ou não
considerado crime.
Não deveria ter causado confusão, pois
todos sabem ou deveriam saber quando
uma pessoa comunica-se discriminando
e/ou desprezando a outra.São atitudes do tipo olhar alguém de cima para baixo com ar de desprezo e como se refere a pessoa quando fala com ela:
_Seu negro!_ quem discrimina se
coloca na posição de ser superior as
outras pessoas.A mentalidade escravocrata ainda é forte no imaginário popular e no sofisticado no Brasil apesar de se dizer que não tem
racismo no Brasil.
_Meu negim(neguinho)_ dito no estilo bem
goianes , denota proximidade, carinho
e/ou amizade. Intenção totalmente
diferente da de quem discrimina.Como
meu nego,minha nega, etc são falas populares que na maioria das vezes estão ligadas a afetividade entre as pessoas.
A mesma palavra dependendo do contexto no
qual os interlocutores encontram-se, como um atua com relação ao outro, a
intenção de diminuir no ato da fala, definem se tal situação é discriminatória ou não.O modo de falar revela e muito a intenção de comunicação ou por trás
da comunicação.
O problema das brincadeiras-sem-graça que as pessoas
folgadas gostam de fazer com outras por
ter ou achar que tem liberdade e ser
“amigo(a)” transita entre estas duas
fronteiras , entre afeição ou fingimento
de afeição e o desprezo.Aí quem é a vítima
tem de se manifestar sobre como
se sente para definir se tal
“brincadeira” ofendeu ou não. Para o(a) ofensor(a) é só uma brincadeirinha inofensiva, inconsequente ,mas
para o(a) ofendido(a) não é bem assim:
pode ter sido inconsequente ,mas não inofensiva.
A inconsequência de uma
brincadeira-sem-graça pode ser pior do
que a brincadeira em si, dependendo do
temperamento das pessoas envolvidas, como por exemplo, a alguns anos atrás ,um
homem o qual foi chamado de gay por um
amigo desencadeou um surto de
raiva a tal ponto que ele foi em casa,pegou sua arma,matou a tiros o amigo só
por tê-lo chamado de gay e atingiu
outras pessoas que estavam perto naquele
momento.E é uma brincadeira-sem-graça frequente entre os homens de os
amigos chamarem uns aos outros de gay, especialmente entre os machões em público .Quando embriagados é pior
ainda ,pois alguns acham o máximo
da masculinidade ser sem educação, dizer palavrões, contar suas aventuras sexuais entre outras besteiras.
Depois que beberam muito muitos deles perdem todos os freios e salve-se quem
puder!
É como o racismo á brasileira é um jogo
de mostra e
esconde.Existe ,mas não é admitido que existe.A brincadeira de mau gosto esconde e revela o crime,mas subjetivamente não parece ser
crime.
Nos filmes americanos o preconceito de brancos contra negros, negros contra brancos , entre
outras etnias é escancarado, direto e
destrutivo verbal e/ou fisicamente. As intenções discursivas são
diretas e transparentes sem
deixar dúvidas de quem pensa o quê sobre os outros e existe a
cumplicidade social e oficial, como disse Michel Moore no seu documentário Tiros em Columbine :se um
homem branco mata sua esposa é só culpar
um homem negro que a polícia nem
investiga, só prende o homem negro e o apresenta como o culpado.
A grande pergunta sobre isto e muitas outras coisas é o que os americanos,principalmente os republicanos, não
discriminam? Os preconceitos
estão em todo lugar ,de tudo,para tudo e por tudo seja na ficção ou na
realidade.Qual quer coisa, do assunto mais serio ao mais bobo, é motivo
para ter um ou um leque de preconceitos.
Justamente
por causa dessas diferenças culturais, há um reforço nacional no mito da
igualdade racial no Brasil e há quem diga que não existe racismo no Brasil por
não ser escancarado como o da outra cultura.Porém o racismo , entre outros preconceitos ,está presente em grandes e pequenas atitudes
e até no tom de voz ,o qual muita gente não percebe ou não quer perceber ou
finge não perceber o crime da e na
violência verbal.
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