Aviso: blog parado por tempo indeterminado, por muitos afazeres de trabalho e estudo.
Pensando se volto ou não.
Publicando no Wattpad: www.wattpad.com como flaviadeaz7
Coisas de Gaveta da Flávia
Coisas de gaveta é um blog de textos de minha autoria.Tem de tudo um pouco:contos,crônicas,artigos acadêmicos,etc;principalmente poemas por ter escrito mais do que outros textos.Escrevo porque penso e logo reflito.Existo?Creio que sim.Há quem duvide,mas ter dúvidas é bom para a saúde intelectual.Certezas demais detona(ra)m o mundo.Vivo entre as fronteiras das ficções e das realidades e pensados sobre elas.
domingo, 30 de agosto de 2015
sábado, 4 de abril de 2015
O sentido político da povo: algo para manter sob(re) controle
A
culpa é do povo? Pode
ser,mas que é povo? Em análise política
não se trabalha com o
ator genético _a categoria
povo expressa diversos segmentos sociais.Veja, setores da sociedade civil, de origem popular, foram responsáveis pela Lei da Ficha
Limpa que resultaria em mudanças, todavia políticos com
apoio de juízes tornaram-na
inócua! Isso pode ser um exemplo de como
os aparelhos de Estado no Brasil foram moldados para
atender a interesses particulares,com elementos infiltrados na
burocracia, em acessórias, em governos, no Poder Legislativo e mesmo no
Judiciário .A “lei do terço”, que não tem nada de religiosidade, é mais obedecida em contratos e licitações do
que outros regulamentos.E pelos ralos da República escoam riquezas nacionais e recursos públicos!
Itami Campos,O Popular: pg 9,4/12/11.
Não há
qualquer conexão entre duas
coisas.Ricos não são necessariamente sábios, tampouco pobres são obrigatoriamente
tolos.Os pobres podem estar na base da
pirâmide econômica.Podem estar no topo da pirâmide ética, de valores, assim como do conhecimento e das
inovações.
Anil Gupta
Diante de
qualquer crise “moral” ,energética ,econômica, de corrupção
,etc a primeira coisa que os
governantes da ocasião fazem
é culpar a oposição(mesmo que fictícia) e/ou o povo.Nunca a própria
atuação, a culpa é sempre de um
outro ou dos outros.Ironicamente
tudo em termos de política e manutenção de poder ou
privilégios é (ou era)feito
inventando mecanismos para afastar o povo das grandes
decisões políticas, como as próprias
definições de povo: a plebe, a massa, os oprimidos, os cidadãos comuns, as minorias, o gado( sentido de metáfora
social político-econômica ),
a manada(idem), etc.O mundo “do de cima que
olha para baixo” . O povo também é
visto como uma abstração ou
incógnita por quem se considera
superior por qualquer motivo
como por exemplo partidário ,intelectual e/ou financeiro; no melhor
estilo Odete Roitman, personagem da novela
Vale Tudo.
Ao longo da História
do Brasil as decisões políticas sempre foram feitas em gabinetes fechados assim
como as constituições. A
única exceção é a
Constituição de 1988 na qual
realmente teve participação popular na
elaboração das leis,por isso ela é também conhecida como
constituição cidadã.
As leis são lindas em sua maioria,mas o fato de estarem escritas no papel não quer dizer que
serão cumpridas se não houver
interesse político e/ou pressão
popular.Um entre os problemas políticos
no Brasil é que tem lei que
sai do papel e as que ficam só
no papel.Leis que beneficiam a
população nem sempre são acompanhadas de
infraestrutura e verbas para que
sejam cumpridas efetivamente.
O povo não tinha vez ou voz,pois o mundo
antes da popularização da
internet era dividido entre
comandantes e comandados que obedecem ou são forçados a
obedecer.Em muitas partes do mundo
ainda é assim.A lei do mais
forte.Mas com os avanços da
comunicação isso mudou um pouco
em termos de participação popular, mobilização por causas globais.O que
diminui um pouco o sentimento de impotência
diante do caos político.O povo tem voz via
internet.
Através das redes sociais movimentos pró
ou contra alguma causa podem surgir espontaneamente para
o bem ou para o mal.Nem tudo são rosas,tem os
espinhos.Abaixo-assinados podem pipocar
criando regras novas para um “mundo
novo”, para protestar, derrubar leis abusivas, mostrar insatisfação,etc.Culpar o povo
sempre foi fácil ,fugir da causa-raiz
dos problemas é sempre
fácil,mas no agora aguentar a opinião das diferentes
vozes dentro do povo, o povo
mobilizado virtualmente é outra história.O
povo indo para as ruas protestar é uma nova
história.
Infelizmente tem os
vândalos e bagunceiros,etc, e
é inevitável não
surgirem em determinados tipos
de manifestações.
O que vai acontecer ? Se valeu apena ou
não?Só os historiadores do futuro definirão.
16/01/08.
29/01/08.
31/01/08.
05/02/08.
06/02/08.
12/02/08.
16/02/08.
21/09/14.
25/10/14.
30/10/14.
23/11/14.
01/03/15.
14/03/15.
04/04/15.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Versões da mesma história
Se o problema não tem solução,não esquente
a cabeça,porque não tem solução.
Provérbio
chinês
Livro versus filme: o velho problema de
o filme ser uma adaptação
não muito boa do livro que originou o filme.É outra versão da
história contada.
As adaptações cinematográficas de livros e quadrinhos raramente satisfazem os fãs do produto
escrito e seus respectivos
autores.Os comentários de críticos só põe
mais lenha na fogueira.Cria-se tempestades de copo de
água que fomentam o marketing.Alimenta
a expectativa e curiosidade para
assistir tal filme. Por isso,
quando vou assistir um filme que é adaptação de um livro que li
sempre penso que outra versão da
mesma história, porque é; senão é possível sentir a
frustração de fã e achar que foi
perda de tempo assistir o filme.
Filme
é (quase) sempre uma releitura e reinterpretação ou outra leitura e interpretação da obra
escrita.Para o diretor, um trabalho.Para
os fãs ,uma ‘religião’.Aí que mora o
conflito:o filme tem que,no ponto de vista dos fãs,ser fiel a obra que o originou e muitas vezes não
o é,por ser o recorte de algumas ideias da obra.Todas as ideias de um livro não cabem num filme de pouco
tempo de duração.A grande “heresia” para os fãs.Além disso a frustração do público que se espalha rápido via redes sociais
sempre com o comentário “eu esperava
mais do filme”.
Quando o diretor é fã da obra
em questão que será filmada, aí ele se preocupa com a lealdade na medida do possível a obra, como foi o caso de Peter Jackson apesar dos
filmes serem o resumo do resumo dos
livros que compõe a trilogia O Senhor
dos Anéis os quais foram bem sucedidos em agradar a maioria dos fãs e leitores de
J. R. R. Tolken .Outra adaptação que
recebeu elogios pelo grau de
fidelidade as ideias da obra foi Entrevista com o vampiro.
O filme é um resumo do livro (quase)
sempre porque uma imagem
é a representação de descrição de uma
paisagem ou um ambiente .As
partes mais adequadas par a
composição da filmagem.No livro a
riqueza de detalhes podem ser muito maiores do que nas cenas de um filme.
Dependendo do tipo de conteúdo de algumas obras é lógico que vai ter censura oficial
ou não de ideias autorais , de
cenas eróticas pois sexo ainda é tabu ou muito violentas.Tudo depende de um
conjunto de escolhas feitas entre outros
fatores como cultura, querer alcançar o
grande público, etc.
Se o livro é narrado em primeira
pessoa e o filme vai ser narrado em
terceira pessoa é um pequeno detalhe que
muda toda a percepção dos expectadores.De
um modo ou de outro alguma diferença vai
ser sentida.Por isso, a frase “ baseada na obra de” torna a experiência
de assistir um filme baseado em livro ou quadrinho em algo menos frustrante,porque é outra versão da historia.Mas para fãs fiel e/ou fanático é uma experiência frustrante
de um modo ou de outro.
Além de que um filme é um tipo de produto cultural diferente do produto livro.
03/01/15.
04/01/15.
15/02/15.
17/02/15.
sábado, 24 de janeiro de 2015
Cultura de massa e para a massa
Um termo que
não concordava nos meus
estudos de cultura
de massa era o termo
cultura “de” massa e sempre
colocava cultura “para a” massa,
porque as pessoas que compõe o grande público não tinham
,até pouco tempo atrás,
tanto poder de escolha antes como tem hoje apesar de determinadas limitações.
A
cultura “de” massa não era
uma escolha do grande público, embora o termo sugira isso, e sim
uma imposição cultural que vinha de cima
para baixo.Era um monopólio como ,por exemplo o tipo de protagonista , comentado no texto:
O teste de Bechdel:essa coisa “sem importância
“ chamada mulher.O protagonista
padronizado tem que ser homem, branco, heterossexual: uma imposição
cultural predeterminada que virou
regra.Como diz o ditado popular: água mole
em pedra dura ,tanto bate até que
fura.Tanto que depois de consumir
o mesmo tipo de produto cultura
constantemente pensar algo fora
desde padrão estabelecido se torna algo difícil e inconveniente.
Com a
popularização da internet e
a evolução da comunicação
via redes sociais foi-se percebendo diferentes nichos de
mercado,criando-se a cultura para
as massas com divisões e
subdivisões para gostos específicos
de públicos específicos além disso as pessoas podem
produzir cultura para nicho
específico através de blogs, canal no youtube,redes sociais, etc. Um pouco do grande monopólio
cultural para a massa foi quebrado e fragmentado,mas não
acabou,pois procura se adaptar as mudanças
,mas continua impondo determinadas regras.Porém
dando valor aos nichos de
mercado em termos de cultura de e
para as massas porque agora tem
que incluir aqueles que antes excluía por imposição de preconceitos: mulheres, homossexuais, negros,
indígenas,nerds, etc.
Antigamente ,um
sucesso do momento dependia
primeiramente e principalmente da
aprovação de algum executivo de
determinado seguimento cultural ,como por exemplo
música, filmes,etc, depois de pronto o produto era
jogado de cima para baixo.Por
isso, as anedotas como
J.K. Rowling autora de Harry Potter
ter enviado seus textos para diversas editoras e a décima terceira,se não me engano o número, ter aceitado publicar a saga,
são contadas e de certo modo são romantizadas
depois que a obra fez
sucesso.Muitas vezes quem tem o poder de decisão na mão não tinha a “visão” para saber
se o(s) público(s) vai (vão) gostar ou não; não sabe se vai ser um
sucesso ou não, por isso não
arisca acreditar nos
ilustres desconhecidos. As Histórias
das Artes em geral estão recheadas
desse tipo de situação. Caso também do primeiro filme da
triologia Matrix,depois com a certeza de sucesso garantido houve
mais investimento na produção dos dois filmes
seguintes.Agora dependendo do público de um vídeo mais
visto no youtube ,este vídeo pode
lançar um cantor desconhecido para o estrelato. Foi o que aconteceu com Justin Bieber.
Outro exemplo de inteiração com o público são as novelas televisivas que atualmente
não são só escritas pelo(a)
autor(a),pois os comentários do público
via redes sociais agora
importa tanto quanto a pesquisa ibope.O rumo da história da novela pode mudar dependendo das
reações e pedidos do público ou por campanhas
em favor de determinado personagem.Assim ,de repente, um vilão carismático
pode
virar anti-herói e depois
herói é ter o final feliz. O
público virou co-autor da novela. O assunto do momento mais comentado
nas redes sociais pode virar reportagem ou
documentário.
Os
públicos tem uma parcela considerável de poder de
decisão sobre os produtos que consome atualmente.O que a poucas décadas atrás era impensável.
Alguns fenômenos culturais ou
sucesso do momento podem surgir agora de “baixo para cima” e
depois serem incorporados
por cima.Outros continuam vindo de cima para baixo.A diversidade cultural dentro da cultura e das culturas é o
caminho do presente e do futuro. Diversidade a qual
outrora foi negada sem sucesso
gerando revolta e criticas
pertinentes contra os preconceitos culturais.
Há
o chamado grande público,mas
agora deve-se levar em consideração a segmentação ,os nichos de mercado ou as culturas dentro da cultura os
quais podem convergir, divergir e
se degladiarem de vez em quando.Nada mais artificial do que a unanimidade cultural seja com c maiúsculo e/ou minúsculo.
Unanimidade raramente haverá.Seja cultura de massa ou para a massa.
03/01/15.
04/01/15.
24/01/15.
sábado, 20 de dezembro de 2014
O teste de Bechdel : essa coisa “sem importância” chamada mulher
(...) Não adianta
dar razões ou mesmo provas científicas irrefutáveis que
demonstrem,até o cansaço, que
brancos,negros ,índios, mulheres
e homens somos intelectualmente
iguais.Os preconceitos raciais e de gênero, que se arrastam ao longo dos séculos, resistem porque fazem parte da argamassa que
permite manter unida a aparência
uma sociedade baseada na desigualdade, na opressão e na desunião
que favorece uma minoria
em prejuízo da maioria.
Gonzalo Armijos( Racismo nos “ilustrados” pg.7,O popular: 09/11/14)
O teste de Bechdel pergunta/questiona se
uma obra de ficção possui pelo menos duas mulheres ,com ou sem nome,que conversam
entre si
algo que não seja um homem.Quando falha no teste é um indicativo de preconceito de gênero. Poucos filmes passam no teste aparentemente bobo,
que revela uma linha de raciocínio sexista como aparece no texto do Wikipédia : “uma estudante de roteiro da Universidade da Califórnia ,em Los Angeles,escreveu em 2008 que
seus professores disseram a ela
que o público “queria apenas protagonistas homens,brancos e
heterossexuais” e não “ um bando de mulheres conversando sobre o que quer que seja que
mulheres conversam”.(pt.wikipedia.org/wiki/teste_de_Berchdel).
Ou seja, um padrão que é imposto de cima para
baixo,pois para estes professores
muito
machistas, mulheres são
apenas chocadeiras ou reprodutoras preocupadas em conquistar
o macho alfa ou nem isso.A função biológica é um
fator colocado como pejorativo de
estereótipo e limitador de atuação.E se a personagem
sai das regras do estereótipo estabelecido é vista como uma violadora de
padrões,uma ameaça a
normalidade(limitada,limitadora e limitante) estabelecida de como a
naturezas das coisas como devem ser.
Duas mulheres disputando
um homem ou o macho
alfa é uma visão
muito presente em comédias
românticas norte americanas de
triângulos amorosos ou disputa
para ver quem ganha a preferência do
homem cobiçado .As ficções não
são recorte da realidade de
todas as mulheres, cada cultura
tem suas diferenças, particularidades e semelhanças, porém há sim a manipulação de elementos culturais
os quais servem para
direcionar e aprisionar a mentalidade das mulheres e homens nos estereótipos
criados para representá-las(os) generalizando como se fosse a realidade para
e de
todas as mulheres.Aos homens , idem,pois
um padrão de protagonista é
estabelecido e imposto a ponto de
virar regra que não pode ser quebrada: homens brancos e heterossexuais o
que também subentendesse que sejam jovens ou jovens adultos. E os homens
que não se encaixam nesse perfil
estabelecido como o “gosto do público”?
Atualmente o grande público
é uma abstração dividida em nichos específicos
,por isso as produções japonesas fizeram e
fazem sucesso:para cada
público específico há produções
específicas.Muitas passariam pelo teste de Berchel por ter duas mulheres
com nome e falando de coisas além
de homens.Mas há histórias
interessantes nas quais duas garotas podem ser ao mesmo tempo amigas de
infância e rivais pelo amor do mesmo
rapaz entre outros desdobramentos. Gerando situações
de comédias pastelão a dramas psicológicos complexos.
Cada cultura tem os seus padrões ou estilo de machismo
entre outros preconceitos.
Em
alguns filmes e seriados de ação norte-americanos que
assisti , sempre no começo quando
uma equipe militar ou civil
e militar é formada
só tem uma
mulher e ela nunca é bem recebido
por todos,havia sempre um
personagem da equipe
que diz ou insinua que ela
vai atrapalhar, terá que ser salva ou ser cuidada pelo parceiro de combate ,pois é do sexo
frágil e por isso não apta para ação.Terá
que provar que merece fazer parte da equipe(ex.:Até o limite da
honra, Stargate:série, Terror no Lago).
Por
que não duas?Porque dentro desta
visão ficcional machista e
militar os relacionamentos amorosos
atrapalham o trabalho.Neste tipo de ficção elas poderiam se interessar pelo colega mais
atraente e brigarem entre si esquecendo de trabalhar ou vão disputar a
atenção dos colegas assim todos
vão esquecer de focar no trabalho como se fossem seres irracionais.Infelizmente existe este tipo de
mulher,mas não são todas as
mulheres que são assim. Como
se não
existisse mistura de gêneros fílmicos também .A única exceção que me vem a
mente é
Jornada nas Estrelas em matéria de produção americana. Nas as
produções japonesas há
mistura de gêneros fílmicos e as coisas podem se misturar e render piadas
e momentos cômicos
dentro de séries sérias. Independente do teste de Bechdel
há muitas nuances de
machismo e formas de discriminar nas estruturas de roteiros norte-americanos ou de qualquer outro país
com uma,duas ou mais mulheres, pois
são padrões culturalmente estabelecidos como verdade inquestionável que
não vão mudar da noite
para o dia e vão muito além do que
o teste propõe.Quando os padrões são questionados, o questionamento é
visto como uma
ameaça a “ordem
natural das coisas”.Vai
levar tempo,na contagem de
alguns ou muitos séculos para
mudar, mas questionar é importante para que
alguma mudança aconteça.Para que o apagamento vire visibilidade o qual é o foco do teste.
Pensando além do teste de Bechdel , nas comédias
românticas predomina a
situação de duas mulheres
disputando o mesmo homem , por causa
da mudança de
foco de público e recorte
de tipo de público, direcionamento e padrão. Querendo ou não a questão
biológica fica evidente e em
evidência como um outro padrão de poder através da
“posse” do homem ou ser possuída pelo macho.Disso não tem como
fugir , o problema é que não é
dado o devido valor a reprodução,pois mesmo em países
que se dizem desenvolvidos mulheres não vistas como meras
chocadeiras ou nem são vistas
como seres humanos dignas de
serem protagonistas. Até a atual conjuntura da situação sem
as mulheres não tem como os
homens nascerem,mas “quem se
importa?” A condição biologia
é um entre os fatores de
discriminação de gênero.
Mas há
algumas produções americanas interessantes nas quais duas
mulheres podem estar a disputar
poder e/ou vingança, entre outras
coisas,mas são poucas
produções diante da maioria que
tem o foco no que os professores de roteiro colocaram como cultura para a massa.
Ironicamente, depois do 11
de setembro o presidente da
ocasião na ocasião num discurso
de politicagem condenou o terrorismo e
as formas como as mulheres e as
crianças eram “oprimidas”
pelos homens mulçumanos, como se mulçumano fosse
sinônimo de terrorista e machista, e
convenientemente esqueceu que
a cultura norte-
americana tem seus meios e métodos
de discriminar e diminuir
as mulheres.Uma delas citada na
fala dos professores de roteiro.Cada
cultura é sexista ao seu modo e
tem suas nuances e focos de
machismo. O foco do teste
é o apagamento visual e
de personalidade.
Sobre isso e outros assuntos
relacionados a ONU fez um relatório que posso chamar
de mais apurado de leitura de entrelinhas(jargão de estudos literários) ,o documento titulado: Preconceito de gênero
sem fronteiras: Uma pesquisa
sobre personagens femininas em filmes populares em 11 países*.E é muito mais
amplo do que os estudos literários
em filmes que fiz.
Afinal, a
ficção interfere na realidade, ou
melhor , nas formas de “racionalizar” e “ver” a realidade. Mudar as “ formulas” de roteiro é
necessário ,mas vai gerar estranhamento ao grande público a quem está acostumado a
mais do mesmo e talvez
baixos rendimentos em alguns
momentos. Mas há os nichos que podem ser
lucrativos se os produtos específicos forem bons para os públicos específicos.
*www.onu.org.br/industria-cinematografica-global-perpetua-a-discriminacao-contra-a-mulher-diz-novo-relatorio-da-onu
07/09/2014.
14/09/2014.
20/09/2014.
09/11/2014.
18/10/2014.
19/10/2014.
20/10/2014 .
. 13/12/2014.
14/12/2014.
20/12/2014.
21/12/2014.
sábado, 15 de novembro de 2014
O Prazer de fazer o mal normal(enra)izado
A intenção de quem pratica o bullying ou
o ciberbullying é
maltratar.Ainda que diga que não fez por mal e que só queria
se exibir para os amigos,a pessoa não pode se promover a custa do sofrimento do outro.Está errado
de todo jeito.
Luciana Barros de Almeida
(...)Tais atos são
promovidos por pessoas,que
muitas vezes utilizam a tecnologia se valendo do anonimato
e,consequentemente, da impunidade.
Rafael Marciel(Internet,anonimato e
impunidade.O Popular:07/09/14, pg.7)
A natureza do mal nas ficções
juvenis é apenas um recorte
filtrado da capacidade dos seres humanos
tem de fazer o mal na realidade,
porque a
natureza do mal é uma parte entre as partes que compõe a natureza humana ou as
naturezas humanas, embora as
religiões e mitos negem colocando sempre como uma força externa ao ser
humano.Todas as pessoas
são influenciáveis em algum
grau e quanto mais jovem mais
influenciavel.Apesar de haver pessoas
que independente da idade possam
ser completamente infuenciaveis.Há o mal que
vem de dentro para fora como
psicopatia,sadismo, certeza de impunidade.
O agravante das ficções juvenis era e talvez ainda seja, a normatização e normalização do bullying.Tal
comportamento solidificou na
minha cabeça no estilo uma
mentira contada mil
vezes vira verdade e na
cabeça de milhares de pessoas que fazer
bullying na juventude é normal como respirar,porque o padrão limitado,limitador e limitante
estabelecido “declarava” que ser
jovem era ser ser o(a)
idiota e ultrapreocupado(a) em ser normal que não liga para
nada importante além de se
divertir,pois é normal se
divertir,mesmo que esta diversão
fosse fazer bullying contra todos(as) que não
são parte da manada normal, exemplos:episodos de Anjos da
Lei(episodios com todo tipo de
preconceito), X-men,Heróis;filmes como
Karatê kid e A garota de rosa
choque, (preconceito
financeiro),Hacker(preconceito
contra novatos),História sem fim, etc, entre outros
filmes e seriados.E do modo como era
apresentado mais estimulo e
convite a cometer do que aviso
para inibir tal prática .Ironico é que
quem prática o bullying não
gosta de sofrê-lo.
O bullying é uma face
do mal que em vez de ser
inibida foi estimulada via midias ,como
por exemplo os filmes, como um gatilho de metralhadora sempre disparando
para todos os lados.Aguá mole em pedra
dura tanto bate até que fura.E
quando o bullying acontece na vida
real é sempre ignorado assim como
uma de suas consequencias, a
revanche.Mas quando acontece suicidio ou
massacre colegio acontece hipocritamente os meios de
comunicação aladeiam como se
fosse algo absurdamente novo e
não é .É cultural, pertubadoramente cultural, pertubadoramente normal.E o
alarde midiatico funciona como
um estimulo para criar mais
celebridades morbidas em vez de
inibir.Até que grau de influencia?Cada caso
é um caso, além
dos outros fatores no
conjunto de cada situação.Existem
parcelas de culpa e nenhuma
inocência .
O
choque acontece por serem jovens
cometendo brutalidades de psicopatas adultos pelos mais diversos
motivos ou falta de motivos, por anonimato ou por
popularidade,etc.Quando cometido por bullying é teoricamente algo que poderia
ter sido evitado.O choque também acontece porque quebra por alguns momentos o esteriótipo de jovens
bobos que só se preocupam em
ser popular,se divertir e sofrerem por causa de estudos
porque nestes produtos culturais estudar
é coisa chata de nerd(no sentido
negativo construido para a
palavra).Sendo assim o legal é ser o(a) idiota normal da manada(nos sentidos negativos das
palavras),passar de ano sem estudar, viver nas festas, zoar
com os outros,etc,em niveis exagerados.Era assim,no agora sei,mas
não deve ter mudado
muito.Possivelmente não mudou muito já
que no Brasil quando acontece de uma
adolescente ser agredida e jogada escada a baixo
por seus colegas de escola, a diretora quando questionada sobre
o motivo de não cumprir o seu
papel de diretora diz apenas que
é normal os jovens fazerem
brincadeiras inconsequentes
,pois os hormonios estão a flor da pele.Ou seja
ela lavou as mãos em vez de dizer
que no Brasil a lei proteje
mais agressores do que os
agredidos.O famoso ECA impede qualquer
punição embora cite as tais medidas socio-educativas,mesmo se ela quisesse ou pensasse em fazer algo, a interpretação equivocada
da lei não permite .E por terem
certeza da impunidade estes garotos filmaram a
agressão para se gabar
do que fizeram depois:produziram
provas contra eles mesmos
que não servem
para nada na
pratica ,além de apuração dos
fatos e comprovar a negligencia da escola.
Outro fator que é ignorado pelos supostos
adultos quando se trata de jovens
é que a
capacidade de sentir prazer fazendo pequenas e grandes
maldades indepente de psicopatia.Como
os trotes nos números de emergencia de bombeiros
e policiais, por exemplo.Afinal o tal mito da
inocência infantil e juvenil
é extremamente forte
nas sociedades humanas, apesar da evolução dos
meios de comunicação e o acesso cada vez mais facil a
informação, mesmo com os avanços
os jovens são vistos
como incapazes de tomar decisões por
conta própria.E aqui ainda há
o agravante de ser uma
cultura totalmente paternalista com infratores.Por isso, em situações
de massacre de colegio ou assassinatos de familiares o primeiro grande bode
expiatorio são os
videojogos(culpa da influencia
externa) e também é um
modo de isentar o agressor da
sua parcela de culpa pois
é alguém “facilmente
influenciavel” preservando os mitos
sociais dos esteiótipos de
juventude “inocente, ignorante e
boba”.
O
apego aos mitos sociais criados pelas mídias in-conscientemente faz o fato de
encarar a realidade como ela se apresenta
como mais insuportavel e absurda.E mais dificil ainda
tentar criar formas de prever e
evitar tais acontecimentos,pois teoricamente tais coisas não
deveriam acontecer ,mas na
pratica a teoria é outra.Exista uma
luz no fim do
túnel?
Em Los
Angeles a polícia criou um programa que
tenta identificar e tratar
estudantes com potencial para cometer
agressões contra professores e
alunos o qual tem obtido sucesso com a prevenção,chama-se School Treat Assessment
Response Team( Equipe de Avalição de
Ameaças em Escolas, em tradução livre, ou START)*, um exemplo bem
sucedido de prevenção que deveria
ser copiado e replicado por todo o país
e outros respeitando as legislações
e diferenças culturais).
Conter ou
inibir o mal vai
depender de mudanças de habito,
visão de mundo e interpretação
dos fatos na ficção e
na realidade;investimento em infraestrutura, material humano e
tecnologico, criar uma cultura de
prevenção e cuidados,
rigidez no cumprimento das leis,etc.Vontade politica?
Esperança,há,porém é
preciso fazer muita coisa para
acontecer.
*www.bbc.uk/portuguese/noticias/2014/08/0818_eleicao_educacao_programa__la_violencia_escolas_alessandra_rw_html
14/09/14
20/09/14
21/09/14
18/10/14.
19/10/14
25/10/14
30/10/14
domingo, 19 de outubro de 2014
Resenha:
Nos altos e
baixos de Degraus
Não há
espelho que melhor reflita a
imagem do homem que suas
palavras.
Luís Vives
Um livro de poemas não precisa ser hermético para
fazer o leitor pensar, fazer o
leitor refletir.Não só em tempos de
crises visíveis ou não que
o livro deve fazer pensar
abandonando bons sentimentos.Mas as tradições já estão fixadas em ambos os lados.
Embora o senso comum tenha elegido apenas os temas do romantismo como o amor e a paixão
para poemar, não é só disto que
se faz poemas. A denominada grande literatura ou
intelectualmente elitizada prefere
outros assuntos voltados para as tristezas e tragédias consideradas pouco poéticas para o senso
comum.
Com o olhar eclético e sem-venda-no-olhar
Geraldo Pereira em Degraus poetiza
voltado para o social, a miséria humana
sem esquecer do sentimental ,o regional/universal, as belezas
naturais.Os opostos tem lugar nos seus poemas
sem excluir nada.O olhar (per)passa
pelos caminhos que a vida oferece(u)
para os seres humanos no passado, no
presente( um passado tão presente e
sem futuro) e expressa a esperança no futuro, como disse Antônio Torres: brasileiro profissão : esperança.Mas é
a esperança com espírito
de
luta,ás vezes alquebrado pelas
adversidades que aparecem como
cinismo, preconceito,má vontade política ,etc.
Olhar que não descarta a realidade(De onde tiro minha poesia.pg 72) que as pessoas não querem ver ou ignoram por muitos motivos como conformismo, conveniência
, egoísmo, etc, pois vivemos no mundo no qual os bons são punidos e os maus
recompensados.Valores invertidos para
camuflar as leis “do mais forte”, “do mais esperto”, “do mais cínico” (
As palavras e o povo pg. 84,Abolição pg. 108, Nebulosidade pg.109).
O poeta
dialoga com outros poetas Castro Alves,Drummond,Bandeira,Gullar revelando o quanto o passado está presente e
pouco mudou, conta um pouco da
História recente do país nada
gentil com seus habitantes
esquecidos que só são lembrados pelos
governantes no momento de serem novamente explorados e humilhados quando recusão a exploração(Saia do meu caminho pg.161).
O amor é expresso com consciência (Um porto seguro pg.163) e sem
idealismo exagerado que tornou o
tema amor piegas e pouco digno de atenção
literária.E também o amor pela humanidade cada vez mais desumana e
desumanizada presente em bem
traçadas linhas.
Os
dois grandes sentidos da arte são
despertar a consciência humana para os
aspectos ignorados do mundo e noutros momentos divertir.Porém um divertir que
envolve educar( sem
doutrinar ou adestrar) e
despertar.Que ao seu modo o poeta
consegue fazer.
07/05/05.
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21/05/05.
19/10/14.
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