domingo, 30 de agosto de 2015

Aviso: blog parado por tempo indeterminado, por muitos  afazeres  de trabalho e estudo.
Pensando  se volto ou não.
 Publicando  no Wattpad: www.wattpad.com  como  flaviadeaz7


sábado, 4 de abril de 2015

O sentido político da povo: algo para manter sob(re) controle


A  culpa é  do povo? Pode ser,mas  que é  povo? Em análise  política  não  se trabalha  com  o ator  genético _a   categoria  povo expressa diversos segmentos sociais.Veja, setores da  sociedade civil, de  origem popular, foram responsáveis pela  Lei da Ficha  Limpa que  resultaria em  mudanças, todavia políticos  com  apoio de juízes  tornaram-na inócua! Isso pode ser  um exemplo de como os  aparelhos de  Estado no Brasil foram  moldados para  atender  a interesses  particulares,com elementos infiltrados na burocracia, em  acessórias, em  governos, no Poder Legislativo e mesmo no Judiciário .A  “lei  do terço”, que não tem nada de  religiosidade, é  mais obedecida em contratos e licitações do que  outros  regulamentos.E pelos ralos da  República  escoam riquezas nacionais e recursos  públicos!
Itami Campos,O Popular: pg 9,4/12/11.

Não há  qualquer conexão entre duas  coisas.Ricos  não são  necessariamente  sábios, tampouco pobres são obrigatoriamente tolos.Os pobres  podem estar na  base da  pirâmide econômica.Podem estar no topo da pirâmide ética, de  valores, assim como do  conhecimento e  das  inovações.
Anil Gupta

    Diante  de  qualquer  crise  “moral” ,energética ,econômica, de corrupção ,etc a  primeira  coisa que os  governantes  da ocasião fazem é  culpar a  oposição(mesmo que fictícia)  e/ou o povo.Nunca  a própria  atuação, a  culpa é sempre  de um  outro ou dos outros.Ironicamente  tudo em termos  de  política e manutenção de poder ou privilégios  é  (ou era)feito  inventando mecanismos  para  afastar o povo das  grandes  decisões políticas, como as próprias  definições de povo: a plebe, a massa, os oprimidos, os cidadãos  comuns, as minorias, o gado( sentido de  metáfora  social  político-econômica ), a  manada(idem), etc.O  mundo “do de cima  que  olha  para  baixo” . O povo também  é  visto como uma  abstração ou incógnita   por quem se  considera  superior por  qualquer  motivo   como por exemplo partidário ,intelectual e/ou financeiro; no melhor estilo Odete  Roitman, personagem da  novela  Vale Tudo.
     Ao longo da  História  do  Brasil as decisões políticas  sempre foram feitas em  gabinetes fechados  assim  como as  constituições. A única  exceção  é a  Constituição de  1988 na qual realmente teve participação  popular na elaboração das leis,por isso ela é também conhecida  como  constituição cidadã.
    As leis são lindas em sua  maioria,mas o fato de estarem  escritas no papel não quer  dizer que  serão cumpridas se  não  houver  interesse  político  e/ou pressão  popular.Um entre os  problemas políticos  no Brasil é que  tem lei que  sai  do papel e as  que ficam só  no papel.Leis que beneficiam a  população nem sempre são acompanhadas de  infraestrutura  e verbas para que sejam  cumpridas  efetivamente.
     O povo não tinha  vez ou voz,pois  o mundo  antes da popularização da  internet era  dividido entre comandantes e  comandados que  obedecem ou são  forçados a  obedecer.Em  muitas partes do  mundo  ainda  é assim.A lei do mais forte.Mas com os avanços da  comunicação  isso mudou um pouco em termos  de participação  popular, mobilização por causas globais.O que diminui um  pouco o sentimento de impotência  diante do caos  político.O povo tem voz  via  internet.
     Através das redes sociais movimentos pró ou contra alguma causa podem surgir espontaneamente  para  o  bem ou  para o mal.Nem tudo são rosas,tem os espinhos.Abaixo-assinados  podem pipocar criando regras novas  para  um  “mundo novo”, para protestar, derrubar leis abusivas, mostrar insatisfação,etc.Culpar  o povo  sempre  foi  fácil ,fugir da  causa-raiz  dos  problemas é  sempre  fácil,mas no agora aguentar a opinião das   diferentes  vozes  dentro do povo, o povo mobilizado virtualmente  é outra história.O povo  indo para  as ruas protestar é uma  nova  história.
     Infelizmente  tem os  vândalos  e bagunceiros,etc, e é  inevitável  não  surgirem  em determinados tipos de  manifestações.
      O que vai acontecer ? Se valeu apena ou não?Só os  historiadores  do futuro definirão.



                                                                                                            16/01/08.
                                                                                                            29/01/08.
                                                                                                            31/01/08.
                                                                                                            05/02/08.
                                                                                                            06/02/08.
                                                                                                            12/02/08.
                                                                                                            16/02/08.
                                                                                                            21/09/14.
                                                                                                            25/10/14.
                                                                                                            30/10/14.
                                                                                                            23/11/14.
                                                                                                            01/03/15.
                                                                                                            14/03/15.
                                                                                                            04/04/15.

                                                                               

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Versões da mesma história



 Se o problema não tem solução,não esquente a  cabeça,porque não tem solução.

Provérbio chinês


     Livro versus filme: o velho problema de o  filme ser  uma adaptação  não muito  boa do   livro que originou o filme.É outra versão da história contada.
     As adaptações cinematográficas  de livros e quadrinhos  raramente satisfazem os fãs do produto escrito e seus  respectivos autores.Os  comentários  de críticos  só põe  mais lenha na fogueira.Cria-se tempestades de  copo de  água que  fomentam o marketing.Alimenta a expectativa e curiosidade para  assistir tal  filme. Por isso, quando vou assistir um  filme que é adaptação  de um livro que  li  sempre penso que outra  versão da mesma história, porque é; senão é possível  sentir a  frustração de fã  e achar que foi perda de tempo assistir o filme.
    Filme é (quase) sempre uma releitura e reinterpretação  ou outra leitura e interpretação da obra escrita.Para o diretor, um  trabalho.Para os fãs ,uma ‘religião’.Aí que  mora o conflito:o filme tem que,no ponto de vista dos fãs,ser  fiel a obra que o originou e muitas vezes não o é,por ser o recorte de algumas ideias da obra.Todas as ideias  de um livro não cabem num filme de pouco tempo de duração.A grande “heresia” para os fãs.Além disso a  frustração do público que  se espalha rápido via redes sociais sempre  com o comentário “eu esperava mais do filme”.
     Quando o diretor é fã da  obra  em  questão que será  filmada, aí ele se preocupa com  a lealdade na medida do possível  a obra, como foi o caso de Peter Jackson  apesar   dos filmes serem o  resumo do resumo dos livros que compõe  a trilogia  O Senhor dos Anéis  os quais  foram bem sucedidos em agradar  a maioria dos fãs  e leitores de  J. R. R. Tolken .Outra adaptação   que  recebeu  elogios pelo grau de fidelidade as ideias da obra   foi Entrevista com  o vampiro.
     O filme é um resumo do livro (quase) sempre porque  uma  imagem  é a representação de descrição de uma  paisagem ou um  ambiente .As partes mais adequadas par  a composição  da filmagem.No livro a riqueza de detalhes podem ser muito maiores do que nas cenas de um  filme.
       Dependendo do tipo  de conteúdo de  algumas obras  é lógico  que vai ter censura  oficial  ou não de ideias  autorais , de cenas eróticas  pois sexo  ainda é tabu ou muito  violentas.Tudo  depende de um  conjunto de escolhas feitas entre outros  fatores como  cultura, querer  alcançar o  grande  público, etc.
     Se o livro é narrado em primeira pessoa  e o filme vai ser narrado em terceira pessoa  é um pequeno detalhe que muda toda  a percepção dos expectadores.De um  modo ou de outro alguma diferença vai ser  sentida.Por isso, a  frase “ baseada na obra de” torna a experiência  de assistir um  filme baseado em livro ou quadrinho em  algo menos frustrante,porque é  outra versão da historia.Mas  para fãs fiel e/ou fanático  é uma experiência  frustrante  de um modo ou de outro.
    Além de que um  filme é um tipo de  produto cultural  diferente do produto livro.

                                                                                     03/01/15.
                                                                                     04/01/15.
                                                                                     15/02/15.

                                                                                     17/02/15.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Cultura de massa e para a massa




       Um  termo que  não   concordava  nos meus  estudos  de  cultura  de massa  era  o termo  cultura “de” massa e sempre  colocava  cultura “para a” massa, porque  as pessoas que  compõe o grande público não  tinham  ,até  pouco tempo atrás, tanto  poder de  escolha antes  como tem hoje apesar  de determinadas  limitações.
      A  cultura  “de” massa não  era  uma  escolha  do grande público, embora o termo sugira  isso,  e  sim uma imposição cultural que  vinha de cima para  baixo.Era um monopólio   como ,por exemplo  o tipo de protagonista , comentado no texto: O teste de Bechdel:essa coisa “sem  importância “ chamada  mulher.O  protagonista  padronizado tem que ser homem, branco, heterossexual: uma  imposição  cultural predeterminada  que virou regra.Como diz o ditado popular: água mole  em pedra dura  ,tanto bate até que fura.Tanto que  depois  de consumir   o mesmo tipo de produto cultura  constantemente  pensar algo fora desde  padrão estabelecido  se torna algo difícil  e inconveniente.
     Com a  popularização da internet  e a  evolução da   comunicação via redes  sociais foi-se  percebendo diferentes nichos de mercado,criando-se  a cultura para as  massas com  divisões e  subdivisões para gostos  específicos  de públicos  específicos  além disso as pessoas  podem  produzir  cultura para  nicho  específico   através de  blogs, canal no youtube,redes  sociais, etc. Um pouco do grande  monopólio  cultural para a  massa foi  quebrado e fragmentado,mas não acabou,pois  procura se adaptar as mudanças ,mas  continua  impondo determinadas  regras.Porém  dando valor aos  nichos   de  mercado em termos de  cultura  de e  para as massas porque  agora tem que incluir aqueles  que antes  excluía  por imposição de  preconceitos: mulheres, homossexuais, negros, indígenas,nerds, etc.
     Antigamente  ,um  sucesso do momento dependia  primeiramente e principalmente  da  aprovação de  algum executivo de determinado  seguimento  cultural ,como por  exemplo  música, filmes,etc, depois de pronto o produto  era  jogado de cima para  baixo.Por isso,  as anedotas  como   J.K. Rowling  autora de Harry  Potter  ter  enviado  seus textos para  diversas editoras  e a décima terceira,se não me  engano o número,  ter aceitado publicar  a  saga, são  contadas e de certo modo são  romantizadas  depois que a  obra fez sucesso.Muitas  vezes  quem tem o poder de decisão  na mão não tinha a “visão” para  saber  se  o(s) público(s) vai (vão) gostar  ou não; não sabe se  vai ser um  sucesso  ou não, por isso não arisca  acreditar  nos  ilustres  desconhecidos. As Histórias das  Artes  em geral estão  recheadas  desse tipo de situação.  Caso  também do primeiro  filme da  triologia  Matrix,depois   com a certeza de sucesso garantido houve mais  investimento na  produção dos dois  filmes  seguintes.Agora dependendo do público de um vídeo  mais  visto  no youtube ,este vídeo  pode  lançar um cantor desconhecido  para o estrelato. Foi o que aconteceu com  Justin Bieber.
      Outro exemplo de  inteiração com o público são as novelas  televisivas que  atualmente  não são só escritas  pelo(a) autor(a),pois os  comentários  do público  via redes  sociais  agora  importa  tanto quanto a pesquisa  ibope.O rumo da  história da novela pode mudar dependendo das reações e pedidos do  público ou por  campanhas   em favor de  determinado  personagem.Assim ,de repente, um vilão carismático  pode  virar  anti-herói e depois herói  é ter o final feliz. O público  virou co-autor  da novela. O assunto  do momento mais  comentado  nas redes sociais pode  virar  reportagem ou  documentário.
     Os  públicos tem uma  parcela  considerável  de poder de  decisão  sobre  os produtos que consome  atualmente.O que a  poucas décadas atrás  era  impensável. Alguns fenômenos   culturais  ou  sucesso   do momento podem surgir   agora de “baixo para  cima”   e  depois serem incorporados  por  cima.Outros  continuam vindo de cima para  baixo.A diversidade  cultural dentro da cultura e das  culturas  é o  caminho do presente e do futuro. Diversidade  a  qual outrora  foi negada  sem sucesso  gerando revolta e criticas  pertinentes contra os preconceitos culturais.
     Há  o chamado grande público,mas  agora   deve-se levar em  consideração a  segmentação ,os nichos de  mercado ou  as culturas dentro da  cultura os   quais  podem convergir, divergir e se  degladiarem de vez  em quando.Nada mais artificial  do que a unanimidade cultural  seja com c maiúsculo  e/ou minúsculo.
      Unanimidade raramente  haverá.Seja  cultura de massa ou para  a massa.

                                                                                                        03/01/15.
                                                                                                        04/01/15.
                                                                                                        24/01/15.