sábado, 31 de dezembro de 2011

Gaiola sem grades

Não me surpreendo mais
Com mulheres que
Cavam a própria cova
Investindo em sonhos
Que viraram pesadelo.
A eterna espera
Do príncipe  encantado
Que nunca vem.
A própria morte
Anunciada para quem
Não quer ver.
Por  sua vez o Governo
Faz corpo mole diante
Do extermínio de mulheres.
Acuadas por todos os lados
As poucas que tem forças
Para fugir enfrentam
O descaso das autoridades,
O descrédito da comunidade,
A violência velada da coletividade,
 Falta de apoio moral e falta de tudo.
Num mundo,este mundo
Onde as aparências
Valem mais do que
Tudo.
Os carrascos e assassinos
Só precisam fazer cara
De santo ofendido em
Sua pseudo-honra até o
Momento de consumar
O crime. E depois.
Todos só acreditam
No fato de fato
Depois que o crime
Acontece e é comprovado.
                                             21/08/05.

Nenhum comentário:

Postar um comentário