43.Auto desprezo intelectual nacional
A manipulação da opinião pública é uma
espécie de preocupação.Mas a
alteração da estrutura da sociedade é
algo muito diferente.
Melvin Tumin
Aprendemos desde
cedo a desprezar o próprio
país que vivemos não só através
dos filmes estrangeiros entre
outros fatores ,mas também através das
pessoas ao nosso redor
como alguns pais e professores.O
preconceito que tudo que vem de fora e
bom e o que é daqui
é ruim ou não presta está entranhado na cultura brasileira
em geral faz muito tempo e
este preconceito também esta entranhado
no meio que se diz intelectual
devido aos desdobramentos do
complexo de inferioridade e complexo de
vira-lata ,pois os grandes
gênios europeus são da Europa ou estadunidenses dos
Estados Unidos.
Há a
vertente nacionalista que
defende o país em suas coisas boas ,mas
a vertente que
auto despreza ao próprio país
é mais forte e numerosa como um efeito
papagaio em e de larga escala,como
se a maioria fosse como o
Antón Ego do filme Ratatouille. Mas também antes tinha a crise
econômica galopante,a Guerra Fria caminhando para o
fim oficial(pois não morreu como em quanto ideologia ) e não tínhamos
o acesso as informações via
internet como temos hoje.Sou de antes da popularização da internet.Neste contexto
pessimista tive um professor no Segundo Grau,atual Ensino Médio
,que destilava todo o seu
pessimismo dizendo que não vale apena lutar pelo país,o melhor nos alunos fazermos um curso de datilografia e ir
embora para os Estados Unidos onde
trabalhando fica-se rico da noite para o dia.Na época os Estados
Unidos era a
terra prometida economicamente falando e
os filmes convenciam
a pensar assim facilmente.
Na
faculdade a mesma coisa ,mas de
outro modo: alguns professores que
faziam mestrado em outro país,
especialmente nos europeus, idolatravam os países
que foram estudar idealizando e exagerando um pouco ou até demais o lugar onde foram como
muito melhor do que aqui em termos intelectuais e
de povo pensante
que não se submete
a governo corrupto ,pois antigamente era mais
difícil viajar para o
exterior e o acesso a pós- graduação era
mais complicado fortalecendo o conceito de
elite intelectual . Se tal
país era tão melhor assim, por que voltar
para o país de origem?Nessas situações é a pergunta que paira
no ar.Resposta : o prazer de se
colocar superior aos
outros,mostrar que foi
onde nenhum compatriota
jamais esteve , em especial,os alunos .Uma
parcela era assim ,outros professores
eram mais pé no chão e as vezes só contavam algumas particularidade cultural
para exemplificar um assunto. O acesso a informação era escasso,não havia
como comprovar certas coisas.Hoje há e nem
precisa viajar para saber que não era
bem assim e alguns detalhes
eram exagero.
Havia
um “que” de
guerra fria na idolatria
aos europeus e também a dominação
ideológica socialista com
um pouco de ressentimento político devido a ditadura
militar.Por isso ,entre outros
fatores , os autores de best-seller brasileiros e
estrangeiros são desprezados
pelo meio intelectual brasileiro.É uma
moda valorizar os autores
consagrados do passado ,alguns
europeus vivos e os que
escrevem difícil para
serem lidos por
esta minoria.Nessa moda intelectual os autores
de best-seller são
desprezados justamente por escrevem
para o grande público
ou a “ massa alienada”.
Embora
não pareça o
meio acadêmico segue
modas e modismos que
vão e vem no meio
acadêmico ,mas como não
inventou-se nada novo o socialismo utópico
enquanto teoria e eixo de
orientação é a ideologia
que predomina, embora atualmente
sabemos que o socialismo
real é um desastre político ditatorial. Tema para
outros textos.
19/07/14.
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