3.Toda criança deve ter direito ao teste de DNA
Antigamente, não tão antigamente assim, a
virgindade era importante no ponto de vista prático familiar,no sentido
de que não existia o teste de DNA, então
para ter certeza que o filho era do marido era o requisito básico para a esposa ter de casar virgem e se não fosse fingia.Era obrigação
social fingir tal condição.Igrejas, religiões e seitas
religiosas trataram de santificar a virgindade feminina ao longo da História da
humanidade e condenar as não-virgens ratificando a divisão psicológica das mulheres
em duas categorias: a mulher para casar é diferente da mulher para
transar.
Graças a revolução de costumes na segunda
metade do século vinte e aos avanços das ciências e das tecnologias houve umas melhoradinhas na vida das
mulheres: pílula anticoncepcional , o
teste de DNA,camisinha, tratamentos contra a infertilidade,etc.Assim a
virgindade que era virtude virou defeito entre as mulheres que se julgam
libertas,liberadas ou modernas,mas seitas e religiões ainda colocam a
virgindade como virtude de mulher
séria,cristã,etc.Os dois discursos coexistem em seu eterno conflito.
Apesar
dos avanços científicos ,o psicológico dos gêneros evoluiu pouco.O
parâmetro “santas” e “putas” com muitos
eufemismos ainda são usados quando
julgam-se mulheres e elas julgam-se
entre si.Principalmente dentro das relações familiares.As crianças são quem
ficam no meio do fogo cruzado familiar
dos adultos, principalmente quando há desconfiança de traição, que o filho não
é dele ou dela,etc.O teste de DNA tira qualquer dúvida e lava a honra sem sangue ou só com uma gota de quem é inocente na história em questão.
O teste de DNA foi popularizado graças aos
programas de auditório nos quais
mulheres ultrajadas por desconfiança de marido,nora ou sogra pelo fato do
filho/a,a criança em questão, ter
nascido com características físicas diferentes das esperadas, cor de
pele,cabelo,olhos,etc, diferentes das do casal o que alimenta a desconfiança de
traição ou de troca de bebês na maternidade.A mulher se trai e é descoberta
é execrada pela família do marido
ou companheiro que não gostava da “intrusa”.
Em noventa e nove por cento dos casos que assisti,depois
enjoei de mais do mesmo, o teste de DNA salvou a honra das mulheres, tirou a
dúvida de quem são o pai e a mãe da
criança dos casos em questão, além de deixar os homens com cara de idiota-desconfiado-á-toa ou que aceitou a desconfiança dos outros.Alguns
pedem perdão em público, outros ficavam
furiosos por estarem errados a respeito da mulher.Por essas e outras situações
que o teste de DNA deve tornar-se um
direito das crianças para evitar sofrimentos e constrangimentos desnecessários para a
mãe e principalmente para a criança a qual não tem culpa se não nasceu
com a cara ,cor ou os traços do pai, seja de casal casado ou não.Evita também a
troca de bebês e talvez solucionará
rápido o problema de sequestros
em maternidades.
O teste de DNA quando surgiu era caríssimo , hoje custa um pouco
menos de um salário mínimo.Porém deve tornar-se gratuito e emitido como anexo da certidão
de nascimento das crianças evitando dores de cabeça como desconfianças, brigas familiares desnecessárias , exposição pública
vexatória e crises de identidade
parentais.Já que é um documento de resolução em caso de partilha de herança
e/ou pedido de pensão alimentícia.
E há
outra questão de ordem familiar: as crianças tem direito de saber quem são seus pais
biológicos , mesmo que estes não queiram ter vinculo afetivo com os mesmos;
para não correr o risco de casar com meio-irmão(ã) sem saber e descobrir depois
das núpcias quando adultos.Algo que acontece com alguma
frequência pelo que se ouve falar. A novela
Pantanal mencionou o assunto quando
foi exibida pela primeira vez, um casal de meio-irmãos se conheceu por acaso e quase passaram a noite
juntos,mas como é um tema tabu ocorreu um recuo no drama e
descobre-se que o rapaz era filho de outro homem e o casal fica junto no
final.Na vida real não tem como ter este tipo de arranjo ficcional.
31/04/08.
28/11/11.
20/03/13.
24/03/13.
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