segunda-feira, 22 de abril de 2013

Crônica Gelada :


4.Relações humanas descartáveis
   (...)Desumanizar o semelhante,ainda que inimigo, torna mais fácil  aniquilá-lo ,sem compaixão.
   (...) Ainda não conseguimos nos estarrecer com tantos  atentados á dignidade humana,porque não os vemos como humanos. (...)
                                                              Henrique   Tibúrcio  (Opinião: Sobre homens e porcos. pg.9. O  Popular: 31/03/13).

     Tive uma  professora, se não me engano ,  de  Geografia  que fez uma  analise  sobre a descartabilidade dos objetos  e das pessoas, é como as tratamos como objetos, nos  os humanos fazemos com outros seres  humanos:tratamos  como objetos descartáveis.A relação de  descartar logo os objetos passará a ser comum também nas  relações humanas.Já é ou sempre foi assim,mas não se para pra pensar e perceber isto.Já é  assim desde  de que o mundo é mundo e há quem diga que é   sinal do final dos tempos.Compra-se uma peça  de roupa da marca do momento,usa um mês ou menos,deixa de usar  por ter  saído de moda e joga fora no lixo pelo simples motivo de ter saído de  moda.
     Foi o que  uma reportagem  sobre o problema do lixo  mostrou:  nos  Estados Unidos ocorre o lançamento de novas  coleções de roupas e  sapatos  nove vezes durante o ano, o que foi comprado sem usar é  jogado fora para  dar espaço para as famigeradas peças  “novas”.Moda é o eterno retorno do que era usado, numa nova  leitura .Ou só mudança de cor, forma ou estampa, ou mistura as  tendências que antes  andavam nazisticamente  separadas,etc.
      Como ela “avisou” que poderá acontecer , e já acontece(u), o mesmo  com as relações humanas a medida que as pessoas aderirem  aos  modismos sem pensar e/ou que estão sendo induzidas a aderir a determinados comportamentos e se  recusando a pensar no assunto. Lia Luft denominou este comportamento de espírito  de manada.A previsão  esta(va) correta, ou sempre esteve e nos  humanos não paramos para perceber, como é possível  ver nos crimes hediondos com ou sem foco de  repercussão midiática . A impressão de  alguns casos é que  os criminosos depois de presos  só tomam “consciência” do que fizeram  foi horrendo ,monstruoso,etc,diante  do assédio   da imprensa e da  fúria  de populares revoltados.
      Mas é um jogo de mão  dupla entre ficção e realidade, pois os filmes de ficção de determinados  gêneros( e alguns baseados em fatos reais) trazem subliminarmente  ou até escancaradamente a mensagem  de que  se os seres humanos  quando não são úteis para algum objetivo ou tipo de trabalho ou missão são descartáveis , devem ser mortos ou abandonados.Quais valores absorvemos  facilmente?Estes valores de descartabilidade  presente em muitas   ficções e na tal da realidade.
      Nos  programas jornalísticos  há a  tentativa de neutralidade(nenhuma notícia é 100 por cento neutra), o sensacionalismo e o julgamento moral antecipado em alguns momentos fundamentados em fatos,noutros não dependendo do tipo de caso. O público se divide: há os que aderem a opinião apresentada sem pensar, os que deixam as mídias pensarem por eles, os que param e pensam sobre o que está  acontecendo, os que criticam por criticar  em público.
     Há alguma  esperança de mudança com a propagação da consciência  ecológica  e a ecologia  do ser humano, mas é um processo que levará tempo e precisa de mudanças paradigmáticas  coletivas entre outras coisas.Não é da noite para o dia  que  valores mudam,mas pode acontece ao longo do tempo.
                                                                                    15/05/08.
                                                                                     31/10/11.
                                                                                     29/03/13. 
                                                                                     30/03/13.
                                                                                     13/04/13.
                                                                                     22/04/13.



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