segunda-feira, 27 de maio de 2013

Crônica Gelada:

                                                                 
9.O medo do erro e o constrangimento do mesmo
          Só os que não fazem nada nunca  erram.
                  Teilhard de Chardin
Agora  compreendo a necessidade  que eu tinha de me armar com toda aquela falsa rigidez e solenidade sempre buscando alguém para menosprezar e oprimir.Tudo porque  sou insignificante demais.[Farnese].
                       Kentaro Miura(Berserk, n.46,Cap.Como Recém-Nascida,Panini Comics/Planet Mangá)


     Nos filmes  que já assisti, em geral colocam os professores,a maioria, como seres chatos,presos a regras e normas rígidas, tem o conhecimento sobre qualquer assunto na ponta da língua e respondem a qualquer pergunta para os alunos   na  linguagem jargão.Seres que muitas  vezes  perguntam sobre assuntos  que não tem nada a ver com a aula.
     O que é um grande equivoco  , pois não é todo(a) professor(a) que têm respostas para todas a perguntas  e nem tem esta  obrigação por dois motivos: primeiro, por ser impossível,mesmo antes da  popularização da internet já  existia um acumulo grandioso de informações nos livros, revistas, jornais, almanaques,etc; e  segundo, os alunos precisão desenvolver uma habilidade  chamada autonomia  de estudo .Se tem curiosidade por um assunto procurar pesquisar por conta  própria em livros, dicionários ou mesmo na internet.São Google  ajuda.
     Alunos, como as pessoas em geral, preferem o que consideram o caminho mais fácil : perguntar para  alguém especialmente se for professor(a) e não se preocupam em  procurar outras fontes de informação.Quando descobre que tal informação pode estar ou está errada fica com  raiva de quem deu a informação e não de si mesmo(a) que não pesquisou por preguiça  mental.E tem  quem não satisfeito(a) briga com a  fonte. Afinal,através de filmes juvenis  carregados  de preconceitos e seus  esteriótipos solidificou-se a ideia de  estudar é uma  tortura, aprender é coisa de  nerd ,ser idiota  de beleza padrão é o legal,etc.E por incrível  que  pareça tem gente  que “pensa” nos moldes dados  por estes filmes.
    É constrangedor não ter resposta para uma pergunta,mas  acontece.Também há situações nas quais mesmo com preparação  determinadas perguntas  são feitas para testar, humilhar, constranger,ver se vai ou não responder, se não  satisfeito(a) faz a celebre pergunta: você não é professor(a)? (com o sentido de “ você devia saber de tudo”).
     As situações são várias e se não  sabe mesmo é preferível  responder que não saber  do que dar uma  resposta errada.É melhora ser  sincero(a) com si mesmo(a), com quem pergunta e a pergunta.Mas muitas pessoas consideram ser  sincero(a) admitir não saber   é  como  admitir um erro: fraqueza, crime e/ou pecado.Não deveria  ter este peso,mas tem.Em especial dos ignorantes de plantão e os metidos a sabe-tudo  o erro do(a) outro(a) é sempre um prazer para se deliciar.O medo de errar,por causa  do constrangimento que pode gerar  e leva ao erro de qualquer modo.
     Talvez ,por isto,algumas muitas pessoas preferem a postura esnobe,a de  não  falo com meros mortais,ou o  você deveria saber pra não  fazer perguntas tão idiotas, etc, ou pior, você deveria nascer sabendo.
     O medo alimenta a insegurança que alimenta a falta de iniciativa e de autonomia  de alunos e depois das pessoas na fase  adulta, até  de professores.O medo até certo ponto é benéfico  por  ensinar a ter  prudência ,mas em excesso o medo é  amigo da ignorância, da intolerância.
                                                                                       08/01/08.
                                                                                       07/01/12.
                                                                                       16/05/13. 

                                                                                       27/05/13.      

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