37.Fetiches femininos
Talvez seja preciso dizer que os tabus que se
aplicam á tatilidade interpessoal decorreram de um medo
intimamente vinculado á tradição cristã
em suas várias denominações,exatamente o medo dos prazeres corporais.Dois dos grandes feitos negativos
do cristianismo foram fazer dos prazeres
táteis um pecado e, ao reprimir tais sensações, fazer do sexo uma obsessão.
Ashey Montagu(Livro:Tocar _O Significado
Humano da Pele. Ed. :Summus,pg.297)
(...) Uma vertente crescente nós últimos anos é a abordagem da homossexualidade,pois a cultura japonesa considera romântico o amor proibido entre duas pessoas
do mesmo sexo.
PT.wikipedia./org/wiki/Josei
Fazendo um paralelo
entre homens e mulheres de forma genérica,e tentando não
entrar nos termos de “guerra dos
sexos”, os fetiches ficcionais sobre
relacionamentos de pessoas do
mesmo sexo são um pouco parecidos e
ao mesmo tempo que também são
diferentes na questão de ponto de foco.
No imaginário masculino hetero duas mulheres fazendo sexo num filme pornô é excitante.Há a ênfase na relação sexual sem vinculo afetivo.No imaginário feminino,desde
que as mulheres não sejam homofóbicas
,dois homens ou duas mulheres tendo um romance,na
ficção no sentido romântico , é excitante.E há os desdobramentos da relação românticas como sexo sem o perigo de filho acidental.
É irônico e até censurável
quando em novelas modernas de pós século XX ainda é usado como recurso na ficção o filho acidental como se fosse a coisa infalível para segurar o homem no caso da vilã que quer separar o galã da mocinha.Mas entendo que é
parte de uma poderosa tradição
ficcional que vai demorar de mudar e
ver que o mundo mudou,as
pessoas mudaram,pelo menos um pouquinho.E
ainda tem a situação de o casal principal da novela ter uma noite ou
mais de amor e acontece o filho
acidental, como se não existisse métodos contraceptivos
no mundo além do aborto (provocado,acidental ou espontâneo) ,e o amor
vira ódio rápido porque
vai modificar os planos de ambos para o futuro.Se for o clássico a
moça pobre com o rapaz rico ai
há também a desconfiança do golpe da barriga para dar o golpe do baú ,e em algumas
ficções quando é o rapaz pobre e moça
rica ele não quer o filho porque vai
frustrar os planos de se dedicar a um
carreira para ascender socialmente para merecê-la.
Tudo isso acontece ainda em ficções como se não existisse os métodos anticoncepcionais e nem as famosas clínicas de aborto clandestino da vida real.O que é um tipo de censura e
absurdo para uma novela
contemporânea no ponto de vista prático do que realmente acontece no mundo real.Neste caso a ficção nega a
realidade pela crueza de
como as coisas acontecem por
causa do mascaramento dos tabus sexuais.
No ponto de vista moral-religioso estas
situações não devem ser nem mencionadas
como nas situações das novelas ,como se não dizer
significasse que não existe,mas
na vida real acontecem abortos como muita freqüência ,porque também para muitos homens o uso da camisinha
ainda é visto como atestado de
infidelidade.Complicações da suposta
normalidade da heterossexualidade.As
opções escolhidas por alguns homens na
vida real é mandar matar ou ele
mesmo mata a mulher e/ou filho para não ter nenhuma responsabilidade de pai e não ter que pagar pensão alimentícia.São ambas opções brutais,mas
é o que realmente
acontece no mundo real e algumas
ficções não mostram por censura e/ou
tradição ou autocensura de autor.
Por essas e outras razões
que idealizar o amor homo é uma das
vertentes de histórias de
amor possíveis e impossíveis para
mulheres no ocidente.Satisfaz uma necessidade romântica em
alguns casos incondicional
ficcionalmente de uma parcela de mulheres, como nas histórias de amores
proibidos,histórias de príncipes encantados,pares românticos perfeitos
e os não tão perfeitos,etc.E dentro do
leque de opções há as histórias
de amor homo vão das de água com açúcar até as
com cenas de sexo explícito sem o problema de filho acidental depois.
Não é uma
incógnita tão grande quanto a
que supostos especialistas
colocam para entender esta preferência
de fetiche feminino de uma parcela
das mulheres,pois por mais que se
fale atualmente em liberdade sexual e acesso livre a pornografia
a educação sexual para homens e mulheres ainda tem verbalmente o foco no “antigamente era melhor desse
jeito”,como se antigamente fosse
o porto seguro, para quem não aceita e nem quer tentar
entender as mudanças nestas e outras
questões.
26/12/12.
27/12/12.
02/01/13.
28/06/14.
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