sábado, 28 de junho de 2014

Crônica Gelada:


37.Fetiches femininos

Talvez seja preciso dizer que os  tabus que se  aplicam á  tatilidade  interpessoal decorreram de um medo intimamente  vinculado á tradição cristã em suas várias denominações,exatamente o medo dos prazeres  corporais.Dois dos grandes feitos negativos do  cristianismo foram fazer dos prazeres táteis um pecado e, ao reprimir tais sensações, fazer  do sexo uma obsessão.

Ashey Montagu(Livro:Tocar _O Significado Humano da Pele. Ed. :Summus,pg.297)

(...) Uma  vertente crescente nós últimos  anos é a abordagem da  homossexualidade,pois a  cultura japonesa considera romântico  o amor proibido entre duas  pessoas  do mesmo sexo.


PT.wikipedia./org/wiki/Josei

      Fazendo um paralelo entre  homens e mulheres de forma genérica,e  tentando não  entrar nos termos de “guerra dos  sexos”, os  fetiches ficcionais  sobre  relacionamentos de pessoas  do mesmo  sexo são um pouco parecidos e ao  mesmo tempo que  também são  diferentes na  questão de  ponto  de  foco.
     No imaginário  masculino hetero duas  mulheres fazendo sexo num filme pornô  é excitante.Há a ênfase na relação  sexual sem vinculo afetivo.No imaginário  feminino,desde  que as mulheres não sejam  homofóbicas ,dois homens ou  duas  mulheres tendo um  romance,na  ficção no sentido romântico , é excitante.E há os  desdobramentos da  relação românticas como sexo sem o  perigo  de filho acidental.
            É irônico  e  até censurável  quando em  novelas modernas de pós  século XX ainda é usado como recurso na  ficção o filho acidental como se fosse a  coisa infalível  para segurar o homem no caso da  vilã que quer separar o galã da  mocinha.Mas entendo  que  é parte  de uma poderosa  tradição  ficcional que  vai demorar de  mudar e  ver  que o mundo mudou,as pessoas  mudaram,pelo menos um pouquinho.E ainda  tem a situação de o casal  principal da novela ter uma noite ou mais  de amor e acontece o filho acidental, como se não existisse métodos  contraceptivos  no mundo além do aborto (provocado,acidental ou espontâneo) ,e o amor vira  ódio  rápido  porque  vai modificar os planos de ambos para o futuro.Se for  o clássico a  moça pobre com o rapaz rico ai    também  a desconfiança do  golpe da barriga para  dar o golpe do baú ,e em  algumas  ficções  quando é o rapaz pobre  e  moça rica ele não quer o  filho porque vai frustrar os planos de se  dedicar a um carreira para  ascender  socialmente para  merecê-la.
    Tudo isso acontece  ainda em ficções  como se não existisse os  métodos anticoncepcionais  e nem as famosas clínicas  de aborto clandestino da  vida real.O que é um tipo de  censura e  absurdo para  uma  novela  contemporânea  no ponto de  vista prático do que realmente acontece  no mundo real.Neste caso a ficção nega a realidade pela  crueza  de  como as coisas  acontecem por causa do mascaramento  dos tabus  sexuais.
         No ponto de vista moral-religioso estas situações  não devem ser nem mencionadas como nas situações das  novelas ,como se  não dizer  significasse  que não  existe,mas  na  vida  real acontecem abortos como muita freqüência ,porque também  para muitos  homens o uso da camisinha ainda é visto como atestado de  infidelidade.Complicações  da  suposta  normalidade da  heterossexualidade.As opções escolhidas por  alguns  homens na  vida  real é  mandar matar ou  ele  mesmo mata a mulher e/ou filho para não ter  nenhuma  responsabilidade de pai e não ter  que pagar pensão  alimentícia.São ambas  opções  brutais,mas  é o  que  realmente  acontece  no mundo real e  algumas  ficções não  mostram por  censura e/ou  tradição  ou autocensura  de autor.
     Por essas e outras  razões  que  idealizar o amor homo é  uma das  vertentes de  histórias  de  amor possíveis e  impossíveis  para  mulheres no ocidente.Satisfaz uma necessidade romântica  em  alguns casos  incondicional ficcionalmente de uma parcela de mulheres, como nas  histórias   de  amores  proibidos,histórias de príncipes  encantados,pares românticos  perfeitos  e os não tão perfeitos,etc.E dentro do  leque de opções há as  histórias de  amor homo vão das de  água  com açúcar  até as  com cenas de sexo explícito sem o problema de  filho acidental depois.
     Não é uma  incógnita tão  grande quanto a que  supostos  especialistas  colocam para  entender esta preferência  de fetiche feminino de uma  parcela  das mulheres,pois  por  mais que se  fale atualmente  em  liberdade sexual e acesso livre a pornografia  a educação sexual para  homens e mulheres ainda  tem verbalmente o  foco no “antigamente era  melhor desse  jeito”,como se  antigamente  fosse  o porto seguro, para quem não aceita e nem  quer tentar  entender as mudanças nestas e outras  questões.
                                                                                                        26/12/12.
                                                                                                        27/12/12.
                                                                                                        02/01/13.
                                                                                                        28/06/14.   




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