39.A rebeldia nada rebelde do RBD
O grupo RBD nasceu dentro de uma
novela mexicana e foi um sucesso musical entre os jovens.Um modismo juvenil que passou e talvez volte.Por
curiosidade assisti um episódio da
primeira temporada.A primeira impressão para
mim ,pessoal e particularmente ,não foi
boa,pois é preconceito dentro de
preconceito social,financeiro,sexual,etc.
No episodio que
assisti estão eles organizando o grupo musical e
a única gordinha do elenco e personagem quer participar,mas é recusada pelas
outras garotas que querem dizer
não,mas ficam dando voltas em círculos até a
vítima do preconceito
perceber que não a querem e sai.
Parece que no México ficcional do RBD só tem brancos(no sentido politico da palavra) e magros na
escola,em especial as garotas,até mesmo as
bolsistas.É um colégio de elite
que paga mensalidade.As garotas
passam o tempo todo brigando
pelas coisas mais
banais entre elas e com os garotos.A falta de respeito mútuo está no
ar e nas
atitudes.
Vai ter uma festa e para impedir que uma das
garotas vá o vestido escolhido pela vítima para a tal festa é
rasgado pela algoz.Já vi muito
disso em novelas brasileiras
também. Na festa a
gordinha é rejeitada novamente e
sai pedindo para que não tenham pena dela.A mãe de uma das
garotas aparece para ver a festa e é
destratada pela filha,bem como no preconceito de filmes norte americanos de que
jovens e velhos não se misturam, devem viver em mundos completamente
separados.
Racionalizando só
o episódio assistido,os rebeldes
são esteriótipos juvenis
presentes em filmes americanos
e novelas brasileiras,fazem parte de um
padrão de falsa rebeldia,pois se fossem
rebeldes no sentido positivo da palavra aceitariam a gordinha
como parte do grupo de dança e
como pessoa.Talvez tenha acontecido ,mas não consegui assistir a sequência para ver o que acontece depois.
Muito pelo
contrário ,a gordinha é tratada como uma leprosa por
estar fora do padrão de
beleza magra estabelecido e por
isso não tem o direito
de interagir com as
magras,fazer parte do
grupo ou ter namorado que esteja
com ela se não for por pena.O
problema não era ela e
sim as colegas
que não a viam como
uma pessoa por causa
de um detalhe,preocupadas com
o que os
outros vão dizer e a tal
normalidade bem ao estilo do nazismo.
Não sei se
isto
muda nos próximos capítulos ,mas sei que
não vou assistir por vontade própria.Só se
quiser fazer uma análise da série
toda. Meu estômago revirou só
com um episódio que deu
tanta ênfase no
preconceito contra quem está fora do
padrão de beleza magra-até-o-osso.Não há
questionamento dos preconceitos ,eles são
aceitos como normais.São como as
regras a
serem seguidas.
10/01/08.
07/01/13.
12/07/14.
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