sábado, 26 de julho de 2014

Crônica Gelada:


41.Quando a  lei incentiva  os  crimes

  Quanto mais  barulho fazemos mais        poderosos  parecemos aos  outros.
 Bernie Krauser

     Estava  eu na  fila de  triagem para  fazer a  checagem  de pós-confirmação  de  dengue e  conversando  com a senhora a  minha frente que  acompanhava um  rapaz  que  passava  mal,mas  não era seu  parente soube que era  assistente  social.Como ele  não tinha  parentes ela  foi solicitada para  acompanhá-lo ao  posto de  saúde.
     Contou que tenta  tirar meninos de  rua da  marginalidade e  muitas vezes eles acabam na rua por  abandono, negligência da  família  entre  outros  problemas  e  o  que  piorar o que  já está ruim é a  lei a qual os  protege  demais: o ECA, Estatuto da Criança e  do Adolescente.Eles  se sentem  totalmente  livres  para  cometer  todo tipo de  crime.
     Os  meninos  contam para  ela com a  maior  naturalidade  que vão roubar e  matar porque  não  consideram a  medida sócio-educativa  de reclusão de  3 a 4  anos uma  punição,além disso os guardas  não  podem pegar e nem  bater porque eles  são  os  “de menor”.
     A lei criada com a  boa intenção de proteger  crianças e jovens de maus  tratos  a  vida   cometidos  por  parentes na  teoria se revelou na  prática um problema social maior  na realidade  da violência  urbana:o desrespeito a  vida vítima de latrocínio ,assassinato  por  motivo fútil,sequestro, estupro, etc.A  vida  das  vítimas ,adultas ou não,  não  é   contemplada pela lei a  qual os  protege de  modo tão  abrangente e sem precedentes como faz com a  vida  do  “de menor”.Por isto,eles  contam para  ela na  maior  alegria  o que fazem ou deixam de  fazer com as  suas  vítimas por  causa  da certeza de  impunidade que  o Estado  oferece.
     O ECA pode ter  sido criado com a melhor das  intenções, proteger crianças e  jovens  da  violência   domestica ,mas  criou outro problema  igualmente  grande por proteger  demais jovens  criminosos: o agravamento da   violência  urbana.Neste  ponto  peca pelo extremo de  ver  todos  os  jovens de  modo igual, como se  todos  fossem as  inocentes  vítimas do  sistema  malvado.O  fato de  ser  vítima  não  tem nada  haver   com  o  fato de ser  inocente  nos  dias de  hoje.A mais  acesso a  informação, crianças  e  jovens tem  discernimento  para  saber  o que é certo e  o que é  errado.E como  a  assistente  social  disse  eles  fazem  tudo que é  errado,pois  depois de  adultos , pela  idade  legal, não  vai ter  mais  mamata.Sabem  que  poderão ser  punidos.
    A lei como está transforma  criminosos em  vítimas e  permite que  roubem,matem,etc  por  prazer e  pela certeza   que não serão  punidos.
    Deprimente.
                                                                                                  02/02/10.
                                                                                                  08/01/13.
                                                                                                  26/07/14.


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